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Projeto “Nhandecy – A Terra é Nossa Mãe” valoriza povos indígenas e sustentabilidade na EMEF Maria Aparecida Rodrigues Cintra
Projeto promoveu diálogo e debates com base em reportagens, documentários, músicas e outros materiais
Publicado em: 08/12/2025 16h37 | Atualizado em: 08/12/2025 
A EMEF Maria Aparecida Rodrigues Cintra desenvolveu o projeto “Nhandecy – A Terra é Nossa Mãe”, uma proposta de educação ambiental que busca valorizar a cultura originária do Brasil para desconstruir estereótipos discriminatórios e conscientizar os estudantes sobre a preservação do meio ambiente a partir da visão dos povos indígenas.
Idealizado e conduzido pela professora Clara Possebon, o projeto foi realizado com os estudantes dos 4ºs e 5ºs anos da unidade escolar. “O projeto visa valorizar a ancestralidade e a identidade do Brasil, diante do grande apagamento histórico a partir da invasão portuguesa. Abordei a cosmovisão indígena para que os estudantes se aproximassem de nossas raízes culturais. A partir dessa imersão, apresentamos questionamentos sobre as questões climáticas e debatemos com esse novo olhar”, explicou a professora Clara.
O projeto será concluído com uma mostra fotográfica elaborada pelos estudantes, reunindo imagens de elementos e espaços da escola onde seja possível identificar Nhandecy viva ou sendo desrespeitada. A exposição representará a síntese da trajetória pedagógica e das reflexões desenvolvidas ao longo do projeto.
Conheça todas as etapas do projeto:
– Primeira etapa:
Apresentação da cosmovisão indígena por meio da animação “Tupã, a Criação dos Mundos e do Primeiro Homem”, do autor indígena Kaká Werá. A atividade teve como objetivo valorizar e divulgar a cultura dos povos indígenas, além de promover debates sobre a aculturação imposta pela colonização.
– Segunda etapa:
Estudo sobre Yanderu, o Criador, e as divindades que atuam na proteção e no desenvolvimento da Terra – Nhandecy, Tupã, Ñanderyquéy, Tyvry, Iara e Caipora.
A turma aprofundou o conhecimento sobre Nhandecy, a Deusa Mãe criada por Nhanderu, responsável pela criação do mundo e dos seres. O objetivo foi estabelecer um paralelo entre Nhandecy e o conceito de Mãe Natureza, destacando sua importância para a vida.
A etapa contou ainda com uma gamificação do percurso pedagógico por meio de um jogo na plataforma Kahoot, promovendo uma avaliação lúdica e interativa.
– Terceira etapa:
Exploração do saber indígena com base em uma apresentação de Kaká Werá, que destacou a visão da Terra como um ser vivo, do qual somos filhos e responsáveis por cuidar.
Foi exibido um vídeo sobre o uso do “correntão” no desmatamento, evidenciando essa prática como uma forma de violência contra o corpo da Terra e seus impactos negativos no ecossistema.
– Quarta etapa:
Análise da canção “Aiyra Ibi Abá”, de Fábio Brazza, que inspirou o projeto. A partir da letra, os estudantes debateram temas como a romantização da colonização e o uso de termos preconceituosos contra os povos indígenas.
Também foi abordada a importância da demarcação das terras indígenas e o papel do líder ambientalista Ailton Krenak na Constituinte de 1987, luta que resultou no reconhecimento dos direitos indígenas na Constituição Federal de 1988.
– Quinta etapa:
Análise da reportagem “Cadê a floresta que estava aqui?”, que discute o desmatamento e a degradação ambiental.
O material apresentou imagens comparativas do Parque do Xingu entre 1990 e 2020, evidenciando os impactos da exploração ambiental.
Os estudantes utilizaram o Google Earth para observar as transformações no território do Xingu e compreender que, mesmo com a demarcação garantida por lei, os povos indígenas ainda enfrentam ataques às suas culturas e terras.
A etapa incluiu o debate sobre o documentário “Xingu Envenenado – Ameaça aos Povos Indígenas”, que aborda o desrespeito às terras demarcadas, efeitos do agronegócio, desmatamento e a contaminação por agrotóxicos.
– Sexta etapa:
Estudo sobre a Amazônia, sua geografia, divisão legal e importância para o equilíbrio climático.
Os estudantes compreenderam que a Floresta Amazônica é uma agrofloresta manejada pelos povos originários há mais de 7 mil anos, e que reconhecer essa sabedoria ancestral é essencial para o cuidado com o meio ambiente.
A etapa promoveu uma reflexão crítica sobre o fato de que o Brasil começou muito antes de 1500, com sociedades organizadas social, política e culturalmente, que já praticavam formas avançadas de sustentabilidade. Como apoio, foi exibido o documentário “O Brasil Antes de 1500”.
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