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Projeto de teatro OUVIVER na EMEF Carlos Pasquale
Texto do folclore equatoriano vira peça e filme nas mãos dos estudantes e professores
Publicado em: 05/04/2017 18h52 | Atualizado em: 30/11/2020Matéria produzida pela equipe de Imprensa Jovem da EMEF Prof. Carlos Pasquale (Matheus Bruno Masiero Novais, Guilherme Freitas, Agatha Marjorie, Leticia Silva, Yasmin Azevedo, Pedro Peixoto, Artur Coutinho, Rafael Delanhesi, Bianca Lana, Beatriz Martins e Betania Batista).
O teatro na escola tem uma importância fundamental na educação. Ele pode colaborar para que a criança tenha oportunidade de atuar efetivamente no mundo, opinando, criticando e sugerindo. Também permite ajudar o aluno a desenvolver alguns aspectos, como a criatividade, coordenação, memorização e vocabulário.
Pensando nisso, alguns professores da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Prof. Carlos Pasquale (DRE São Miguel) criaram em 1994 um Projeto de Teatro que, a princípio, tinha o objetivo de possibilitar um trabalho diferente para os professores em sala de aula. Não deu muito certo naquela época, porém em 1998 o Projeto voltou envolvendo os alunos e em 2000 foi criado o Grupo OUVIVER (ouvir, ver e viver), a partir deste grupo de 1998. Esse nome foi baseado numa frase de J.J. de Morais, que escreveu um livro para a Editora Brasiliense, em sua Coleção Primeiros Passos, chamado “O que é música?”. Nele, o autor dizia que, para entender uma música, a pessoa deveria ouvir, ver e vive-la, portanto, OUVIVER. A partir daí, o projeto tomou força e o envolvimento dos alunos foi muito grande.
À frente do projeto estava, e está até hoje, o professor UIisses Sanches, que teve oportunidade de trabalhar, com muitos alunos, diversas peças teatrais. A de maior sucesso foi “O Auto da Compadecida”. A partir dessa peça, o professor viu a possibilidade de trabalhar com um grupo mais fixo. Por isso, alguns ex-alunos continuaram no grupo, mesmo após já terem se formado na EMEF Prof. Carlos Pasquale, inclusive com alunos ainda acompanhando o grupo depois de entrar num curso universitário. O grupo OUVIVER começou a ter grande procura de participantes, incluindo alunos de outras unidades da prefeitura, como a EMEF Ezequiel Ramos Júnior e também particulares, como a Objetivo do Itaim Paulista e de Ermelino Matarazzo. Desde então, o grupo ficou muito conhecido na região.
Hoje em dia, o professor Ulisses coordena o Projeto, explicando às professoras que trabalham efetivamente com os alunos como se ministra as aulas de teatro e quais exercícios devem ser usados. A professora Maria Cecília dá as aulas junto aos alunos, principalmente daqueles que participaram da filmagem de “Maria Angula”, texto do folclore equatoriano que a professora Maria Cecília trabalhou com seus alunos de reforço em 2015. Ambos estão disseminando a cultura do teatro e incentivando os alunos a participarem. A procura é cada vez maior.
Como a peça “Maria Angula” fez muito sucesso na escola, durante o IX Festival Interno de Teatro Estudantil do Grupo OUVIVER 2016, sendo apresentada várias vezes e caído no gosto dos alunos, a professora Maria Cecília teve a ideia de transformá-la em filme.
As filmagens foram feitas nos espaços da escola e as despesas foram custeadas por professores, alunos e funcionários da Unidade. Houve um grande envolvimento por parte de todos. O sucesso foi tanto que já se pensa em filmar “Maria Angula” parte 2.
A aluna Queren Raysa, que fez a protagonista Maria Angula (tanto na peça, reapresentada neste ano para o X Festival de Teatro quanto no filme), está no 8º ano e confessa que ficou muito apreensiva com a ideia de fazer o filme. Segundo ela, atuar com uma câmera filmando é mais difícil do que atuar no palco.
Ela diz que já tinha se acostumado com as peças, que já conseguia se soltar mais e até fazia improvisos em alguns momentos, porém, nas filmagens, isso não foi possível. Quando errava alguma fala, tinha que gravar de novo. Acrescenta que está feliz com a possibilidade das filmagens de “Maria Angula – parte 2”, que agora está mais experiente e tem a certeza de que se sairá melhor. O único problema que a está preocupando, no momento, é a falta de verba para realizar o novo projeto.
Assim como na realização das filmagens do primeiro filme, haverá a necessidade de arrecadação de dinheiro por parte de toda a comunidade escolar. Mas como o professor Ulisses e a professora Maria Cecília sempre se empenham e mobilizam todos para trabalhar em prol do Teatro, com certeza essa verba será arrecadada e o “Maria Angula – parte 2” será realizado e com sucesso.
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ATORES / PERSONAGEM
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