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Professora da EMEF Professor Nelson Pimentel Queiroz se destaca por práticas antirracistas
Professora de Inglês, Ana Gilda Leocádio, atua incisivamente contra o racismo e se torna referência no assunto
Publicado em: 27/06/2023 13h53 | Atualizado em: 27/06/2023Ativista pelos direitos das mulheres e dos negros, co-autora do livro “Linebeiju: Literatura Negro-Brasileira do Encantamento Infantil e Juvenil” ao escrever o capítulo “Abdemi e seu vestido amarelo”, contadora de histórias e professora de Inglês. Essa é Ana Gilda Leocádio, educadora da EMEF Professor Nelson Pimentel Queiroz e que tem se destacado nos últimos anos por elaborar uma série de projetos sobre Educação Antirracista.

Ana Gilda Leocádio, professora da EMEF Professor Nelson Pimentel Queiroz
Através de materiais afrorreferenciados, a ativista se apropria de bonecas, livros, vídeos, filmes, músicas e quadros relevantes para a cultura negra para elaborar projetos e trabalhos que abordem pautas sociais relevantes, como questões de gênero, equidade e racismo.
“A naturalização do racismo é muito perigosa na Educação, porque ele é um impeditivo do ir e vir dos negros. Por isso é tão importante combater atitudes racistas desde o começo, ainda na Educação Infantil, para que a criança cresça entendendo sobre a importância desse tema”, afirmou.

Ana Gilda apresentando suas bonecas negras, que usa na contação de histórias
Usando a Língua Inglesa para realizar discussões pertinentes a esses temas com os estudantes, o objetivo dela é sempre ressaltar e salientar a riqueza da cultura negra no mundo.

Boneca negro usado para as crianças aprenderem os nomes das partes do corpo em Inglês
Em suas aulas, ela introduz tanto personagens negros históricos (como Nelson Mandela) quanto personalidades menos conhecidas pelo público em geral (como a escritora nigeriana Chimamanda Adichie e a cientista brasileira Jaqueline Goes), mas que também possuem extrema relevância.

Crianças lendo livros afrorreferenciados
Além disso, Ana sempre acompanha os noticiários para discutir sobre o racismo estrutural que permeia até hoje a nossa sociedade. O caso de Vinícius Júnior, jogador de futebol brasileiro que recentemente sofreu ataques racistas na Espanha, é um exemplo.
Apesar de dar mais destaque a assuntos relacionados aos povos africanos e afro-brasileiros, a contadora de histórias também contribui com a Educação Antirracista ao tratar dos refugiados e dos povos indígenas.

Ana Gilda (à esquerda) discursando sobre a Educação Antirracista ao lado da escritora Kiusam de Oliveira
Em entrevistada à Folha de S. Paulo, a ativista lembrou que sua motivação para começar a realizar esses projetos antirracistas em sala de aula foi quando percebeu que muitos estudantes realizavam seus trabalhos de TCA (Trabalho de Conclusão do Autoral) sobre o racismo e pediam para ela ser tutora:
“Quando os alunos faziam esses trabalhos, eles percebiam que tinham liberdade para falar comigo. Eles notavam quem eu era e contavam o quanto o racismo era presente na vida delas, principalmente na escola”.
“E ouvir esses relatos me entristeceu de tal forma que eu decidi abordar isso com mais frequência nas aulas para amenizar o racismo e a escola ser um espaço seguro, para que as crianças saíssem de lá com grandes sonhos, e não sem esperança apenas pelo fato de serem negros”, finalizou.

Ana Gilda na sala de aula abordando temas da Educação Antirracista com seus estudantes
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