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Diversidade é tema de projeto na CEU EMEI Professor Paulo Freire

Iniciativa aborda diversidade nas relações étnico-raciais e de gênero na Educação Infantil

Publicado em: 16/11/2017 13h57 | Atualizado em: 30/11/2020
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No sábado, 21 de outubro, as crianças do CEU EMEI Professor Paulo Freire, localizado na Vila Moreira, zona leste da capital, Diretoria Regional de Educação (DRE) Penha, promoveram uma Mostra Cultural para expor à comunidade os trabalhos realizados no projeto “Diversidade na Educação Infantil”.

A proposta do projeto, discutida com os professores em horários coletivos, proporcionou o trabalho com as crianças sobre temas como as relações étnico-raciais e de gênero por meio do uso de diversas experiências e linguagens. “Desde o começo do ano, durante os horários coletivos, os professores discutiram e analisaram as concepções e práticas pertinentes ao tema do projeto para, posteriormente, aplicar com as turmas”, explicou Maite Rios, diretora da unidade.

O tema permeou todas as ações pedagógicas realizadas pelos professores. Eles pesquisaram e trouxeram o referencial teórico estudado para as práticas. “Foram diversas atividades que incluíram, por exemplo, visita ao Museu Afro Brasil, localizado no Parque do Ibirapuera. O recorte étnico-racial foi de extrema importância já que, entre os alunos que atendemos, aproximadamente 50% são afrodescendentes e 15% são bolivianos”, disse o Coordenador Pedagógico Fábio Fernandes.

No trabalho com as diferenças étnicas, o corpo docente optou por trabalhar com o autorretrato, serigrafia e máscaras confeccionadas com gaze gessada, cujos moldes foram os rostos das crianças. Elas puderam utilizar a cor da tinta que acreditavam representar melhor seu tom de pele. “A partir das observações do trabalho realizado e das discussões nas rodas de conversa, as crianças trouxeram a multiplicidade de tons de pele e enalteceram, assim, a diversidade vivida todos os dias”, observou Fábio.

Foi com a parceria firmada com a Biblioteca do CEU Tiquatira que os alunos puderam ter contanto com roupas, objetos, histórias e contos africanos. O baobá – um dos símbolos fundamentais das culturas africanas tradicionais – foi o tema das formas executadas em massinha e argila. Ainda sobre a diversidade étnico-racial, os alunos bolivianos também puderam trazer um pouco da cultura de seu país de origem para a escola.

As crianças também discutiram sobre a constituição óssea do corpo humano e montaram esqueletos de papel com a participação dos pais. “Este trabalho quis destacar que, para além das nossas diferenças exteriores, todos somos iguais”, afirmou Fernandes.

“A equipe avaliou o trabalho positivamente, pois ampliou não só as possibilidades de exploração e uso do espaço, como trouxe a discussão sobre o desafio de debater a diversidade num pais tão plural e numa região que abriga tantas pessoas advindas de diferentes lugares de São Paulo e do mundo”, concluiu o Coordenador Pedagógico.

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