Notícias
‘Carolina foi minha primeira aluna e isso me levou a ser professora também’, diz Vera Eunice de Jesus, que leciona na RME
Na segunda, a escritora Carolina Maria de Jesus faria 108 anos; ela se tornou símbolo de resistência feminina é homenageada de diversas formas na Rede
Publicado em: 15/03/2022 12h23 | Atualizado em: 15/03/2022A escritora Carolina Maria de Jesus completaria 108 anos de vida nesta segunda-feira (14). A poeta e ensaísta faleceu em 1977 e ficou conhecida por livros como “Quarto de Despejo”, “Casa de Alvenaria” e “Diário de Bitita”, que já foram traduzidos para 13 idiomas. Os títulos contam suas experiências de vida, de catadora de papel no bairro do Canindé à escritora consagrada. Carolina se tornou um símbolo de resistência para as mulheres do Brasil e muitas são as homenagens em seu nome.
Sua filha Vera Eunice de Jesus é professora da Rede Municipal de São Paulo, e leciona na EMEI Maria Aparecida Coelho Alves Teixeira. Ela conta que a mãe é símbolo de representatividade de força às “mulheres negras, mães solo”, e às “mulheres que lutam, trabalham, sustentam os filhos, trabalham para que os filhos estudem e lutam muito para sobreviver”.
A relação de mãe e filha é retratada logo no início de Quarto de Despejo, enquanto Carolina trabalhava para garantir o estudo da filha.
“Aniversário de minha filha Vera Eunice. Eu pretendia comprar um par de sapatos para ela. Mas o custo dos gêneros alimentícios impede a realização dos nossos desejos. Atualmente somos escravos do custo de vida. Eu achei um par de sapatos no lixo, lavei e remendei para ela calçar.” (Quarto de Despejo – Carolina Maria de Jesus)
A professora e filha de Carolina relembra de quando ensinava a sua mãe as regras gramaticais que aprendia na escola. “Eu sempre digo, Carolina foi minha primeira aluna e isso me levou a ser professora também. Vera recorda do gosto de sua mãe pela leitura e o quanto a antiga professora da escritora fez com que ela tomasse gosto por ler. (Carolina estudou por apenas um ano e meio) “Lia de tudo, lia jornal, lia panfleto, bula de remédio, livros e ela adora ler dicionários, o que a deixou com um vocabulário rico”, esse gosto pela leitura herdado de sua professora fez com que Carolina admirasse muito a profissão de professora. Vera Eunice conta que “ao falecer ela deixou uma carta com muitos pedidos e dentre eles tinha que ela gostaria muito que eu fosse professora”.
Homenagens
Na Rede Municipal há 6 unidades educacionais que carregam o nome da escritora, quatro CEIs e uma EMEI têm Carolina Maria de Jesus nos nomes da unidade. No bairro do Canindé, onde a escritora morou, a EMEF Infante Dom Henrique é chamada pelo apelido da escritora, Espaço de Bitita. A construção da unidade é citada em um de seus livros.
Há seis anos, a comunidade escolar da EMEF Infante Dom Henrique, no bairro do Canindé, reivindicam à Câmara dos Vereadores de São Paulo a mudança de denominação da instituição para o nome da escritora. O pedido leva em consideração proximidade com a escritora e tenta fazer uma correção histórica para a população negra – Infante Dom Henrique foi um dos navegadores portugueses que iniciou o tráfico negreiro de africanos para regiões da Europa.
Além de nome nas unidades escolares, o Centro Educacional Unificado (CEU) Carrão também carrega o nome de Carolina. Em 2021 a escritora foi homenageada em um grafite no muro do CEU Três Pontes e na 4ª feira literária Flipenha.
Outras iniciativas que homenageiam a escritora são: Seis Academias Estudantis de Letras (AEL); a Biblioteca do CEU Parelheiros; a HQ “Carolina” (Ed. Veneta, 2016), a obra em que a professora Sirlene Barbosa é coautora já foi indicada aos prêmios HQ-MIX, Jabuti e premiada no Festival de Quadrinhos de Angoulême.
Notícias Mais Recentes
Diretoria Regional de Educação Freguesia/Brasilândia
Podcast infantil transforma escuta, expressão e imaginação em projeto pedagógico do CEI Boaventura
Diretoria Regional de Educação Campo Limpo
DRE Campo Limpo realiza 4° Encontro dos Grêmios Estudantis
Secretaria Municipal de Educação
Grêmios Estudantis organizam encontros na capital paulista
Secretaria Municipal de Educação
Alimentação escolar de São Paulo deve alcançar mais de 430 mil quilos de arroz orgânico da agricultura familiar
Secretaria Municipal de Educação
CEUs da capital paulista recebem programação para todas as idades no Agosto Indígena
Secretaria Municipal de Educação
FLI Sampa recebe formação que alia literatura, diversidade étnico-racial e práticas pedagógicas inclusivas
Relacionadas

DRE Butantã debate o combate às doenças dentro da escola
Publicado em: 04/03/2016 10h16 - em Diretoria Regional de Educação Butantã

DRE Guaianases promove encontro sobre os Direitos de Aprendizagem dos Ciclos Interdisciplinar e Autoral
Publicado em: 03/03/2016 4h20 - em CEU e COCEU

Colóquio pedagógico para professores de Língua Francesa
Publicado em: 03/03/2016 10h43 - em Diretoria Regional de Educação Butantã

SME promove seminário sobre a Base Nacional Comum Curricular
Publicado em: 03/03/2016 10h42 - em Diretoria Regional de Educação Butantã

Combate ao Aedes aegypti mobiliza unidades educacionais
Publicado em: 03/03/2016 10h41 - em Diretoria Regional de Educação Campo Limpo