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Viagem ao Senegal – Impressões, Experiências e Memórias
Com apoio do PMA, ganhadoras do Prêmio Educação Além do Prato conhecem o país africano
Publicado em: 04/07/2016 13h00 | Atualizado em: 30/11/2020Entre 8 e 12 de junho, a professora Sonia Maria Maruso Ribeiro e a merendeira Maria Aparecida Gomes Martins, que atuam na EMEI Recanto Campo Belo – Profª Dirce Zilles G. Borges dos Santos (Diretoria Regional de Educação Capela do Socorro) e a coordenadora pedagógica Vivian Brandão Polli e a merendeira Claudia de Jesus Silva, que trabalham no CEI Conveniado Penha Bom Jesus (Diretoria Regional de Educação Penha). visitaram Dacar, capital do Senegal. Elas acompanharam uma missão técnica do Centro de Excelência contra a Fome do Programa Mundial de Alimentos da ONU (PMA)/ (WFP) – Centre of Excellence against Hunger.
A viagem foi resultado do prêmio recebido pelo primeiro lugar no concurso “Educação Além do Prato”. Durante a viagem, elas tiveram a oportunidade de trocar experiências com representantes de Ministérios da Educação de 27 países africanos sobre o Programa de Alimentação Escolar desenvolvido na cidade de São Paulo.
Impressões – “Achamos Senegal bem diferente da nossa cultura. Os lugares que passamos apresentam fortes contrastes sociais e as pessoas são bem receptivas”, conta a coordenadora pedagógica Vivian Brandão Polli. “Notamos que o país carece de infraestrutura básica e que quase tudo é comprado de outros países”, observa a professora Sonia Maria Maruso Ribeiro.
A diretora do Departamento de Alimentação Escolar, Erika Fischer, acompanhou as vencedoras na viagem. “O país vive em situação de relativa paz, diferente das nações vizinhas. É uma região onde é possível desenvolver políticas públicas sem interrupções”, observa Erika.
Troca de Conhecimentos – “Tivemos a oportunidade de compartilhar nossos conhecimentos em alimentação saudável e de produção de horta escolar como ferramenta pedagógica”, conta Sonia Maria. “Aprendemos que o nosso país é rico e que oferecemos uma alimentação altamente nutritiva e balanceada às crianças. Lá não há variedade de alimentos como temos aqui no Brasil”, diz a merendeira Maria Aparecida Gomes Martins.
Erika Fischer destaca a troca afetiva entre as educadoras e merendeiras com as mães senegalesas e o primor da apresentação dos projetos por parte das profissionais de educação da Rede Municipal de Ensino. “Elas fizeram um treinamento prévio, contaram com o apoio da Secretaria Municipal de Relações Internacionais e Federativas na tradução do material para o francês, assim como do Programa Mundial de Alimentos, que contratou tradutores para facilitar o diálogo. Expuseram o trabalho realizado em suas unidades de forma irretocável”, conta Erika.
“A troca de experiências foi muito rica. Quando fomos anunciadas às outras delegações que éramos do Brasil, percebemos o entusiasmo nas expressões das pessoas. É bom quando você percebe que é um bom exemplo, uma inspiração para outros grupos”, relata a merendeira Claudia de Jesus Silva. “Conhecemos o incrível e dedicado trabalho do Centro de Excelência contra a Fome e aprendemos que é necessário enxergar o lado positivo, a partir das dificuldades, para evoluirmos”, expõe Vivian Polli.
Memórias – “Cada dia era uma programação diferente. Recordo-me muito da história contada por um guia na ilha de Gorée na casa dos escravos, sobre o modo como os africanos eram levados nos navios negreiros que partiam daquela ilha. Foi de arrepiar, não sei se por estar na África, onde tudo começou. Foi emocionante”, relata Vivian, que ainda destaca a atenção dispensada pela equipe do Centro de Excelência contra a Fome durante toda a viagem.
Para Claudia de Jesus Silva, valeu muito a pena conhecer as novas colegas, que também foram as vencedoras do prêmio. “Levamos na lembrança os olhares de esperança e a união de todas as pessoas que estavam lá e que lutam por um futuro melhor para as crianças”, conta.
A diretora do Departamento de Alimentação Escolar ressalta que, com a viagem, se reafirma a visão de que o Brasil está no caminho certo em relação aos programas de Alimentação Escolar. “Quando vemos uma realidade como a deles, retomamos a consciência de como a nossa é avançada. Os países africanos estão sedentos em conhecer e obter novas tecnologias. Ganhamos muito ao mostrar como estamos trilhando o nosso caminho”, diz Erika.
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