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“III Seminário Agosto Indígena” promove diálogo entre educadores
Apresentações culturais, palestras e debates marcaram o evento
Publicado em: 04/09/2018 16h09 | Atualizado em: 30/11/2020
No dia 24 de agosto, aconteceu no auditório da Uninove Barra Funda, campus Memorial, o “III Seminário Agosto Indígena” para os profissionais da Rede Municipal de Ensino (RME), evento organizado pelo Núcleo Étnico-Racial da Secretaria Municipal de Educação (SME), sob coordenação da Coordenadora do Núcleo Étnico-Racial, Vera Lúcia Benedito.
Estiveram presentes cerca de 450 educadores de diferentes áreas de atuação na RME para participar das discussões sobre o protagonismo indígena nos mais diversos campos de atuação histórica, política e social.
Houve apresentações de projetos existentes na rede, palestras, relatos de experiência, debates e apresentações culturais.A Coordenadora da Coordenadoria Pedagógica da Secretaria Municipal de Educação (SME), Leila Barbosa Oliva, abriu o evento abordando o surgimento da data de comemoração da temática indígena. Segundo ela, “de acordo com a resolução 49.214 de 23 de dezembro de 1994, na Assembleia Geral da ONU, foi instituída a data 9 de agosto como dia internacional dos povos indígenas. Mediante esta data, a Secretaria Municipal de Educação dedica o mês de agosto para estudo, conhecimento e reflexão sobre estes povos.
O objetivo é propiciar momentos de reflexão em toda a cidade para que nossos educadores e estudantes tenham mais conhecimento e participem de práticas educativas que valorizem a diversidade cultural e étnica-racial”.
Dando continuidade ao encontro, foi exibido um vídeo chamado “Memorial Pankararu”, premiado na edição de 2016 do 17º Prêmio Arte na Escola Cidadã, na categoria Educação de Jovens e Adultos (EJA), um projeto de autoria de Lenon Vidal, professor de Artes da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) José de Alcântara Machado Filho, da Diretoria Regional de Educação (DRE) Butantã. Após a exibição do vídeo, o professor fez uma apresentação do projeto para o público e comentou sobre a importância de ouvir e compartilhar. “Precisamos aprender cada vez mais a escutar tanto as comunidades afrodescendentes quanto as indígenas para poder, então, transmitir esse conhecimento para as nossas crianças e para os nossos jovens e adultos dentro do contexto escolar”, disse Lenon.
A professora e coordenadora geral do Centro de Educação e Cultura Indígena (CECI) Jaraguá, Chirley Maria de Souza Almeida Santos, abordou a lei nº 11.645/08, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”, e discursou sobre a educação diferenciada. Uma de suas falas principais foi sobre o pré-conceito cultural das pessoas em relação ao canto e à dança indígena. “Quero tirar da cabeça das pessoas que os povos indígenas vivem só de canto e de danças. O canto e a dança nos fortalecem. A gente canta e dança como parte inicial dos nossos trabalhos e apresentações”, disse Chirley.
Para falar sobre “História e Literatura indígena: o encontro com a ancestralidade” foi convidado o escritor e palestrante Cristino Pereira Wapichana. Ele expôs suas ideias sobre o poder da história na vida das pessoas. “História é pra encantar, história é para emocionar. Elas têm essa força mágica, vêm do tempo da magia, estão carregadas de milagres, seja de onde forem. Tudo que se transforma é um milagre”, declarou Cristino.
Após a apresentação dos convidados, a plateia pôde interagir por meio de perguntas no debate realizado com mediação do professor Leno Vidal sobre os temas propostos pelos palestrantes.
Para encerrar o período da manhã, o público assistiu à apresentação cultural “Dança, contos e tradições do povo Pankararé”.
Na parte da tarde, os trabalhos tiveram início com a apresentação cultural “Coral Guarani Mbyá, do CECI Jaraguá”. Em seguida, Tupã de Oliveira, do CECI Krukutu, foi convidado para falar sobre educação escolar infantil indígena Guarani Mbyá.
Na sequencia, o convidado para contar a sua experiência sobre educação escolar indígena foi Isaqui, do CECI Tenondé Porã. Para encerrar o ciclo de palestras, a antropóloga e palestrante Adriana Queiroz Testa fez as suas contribuições ao evento sobre a temática indígena com olhar da antropologia.
Os convidados compuseram uma mesa para debaterem sobre os temas apresentados com a mediação da antropóloga Adriana. Ao final do debate, as pessoas puderam enviar perguntas aos palestrantes.
O término do III Seminário Agosto Indígena aconteceu no palco com a apresentação cultural de Kunumi MC-Guarani Mbyá.
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