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EMEF Padre Batista promove sarau com participação de rapper e DJ

Evento recebeu o nome de “As 13 Estações” por conta da estações de metrô de São Paulo, já que o início do movimento hip hop na país se originou em uma das delas

Publicado em: 30/11/2023 12h57 | Atualizado em: 30/11/2023
Imagem traz a composição com 4 fotografias que mostram cartazes com informações sobre a cultura hip-hop. Uma das imagens mostra um menino fazem escritas em coloridas de nomes.

Na próxima segunda-feira (4), a EMEF Benedito de Jesus Batista Laurindo – Padre Batista, da DRE São Mateus, realiza o Sarau “As 13 Estações”, a partir das 8h. Haverá a participação do rapper Ronne Cruz, do Monarckas, de Billy Jackson, artista da dança e hip-hop, e de integrantes da Cooperifa, incluindo o DJ Adilson Catatau, e os rappers e poetas Cocão Avoz e Jairo Periafricania.

O Sarau é o momento de encerramento da Mostra Cultural “Vidas Negras Importam: celebrando a cultura hip-hop” que acontece na escola desde o último dia 21. A ação envolveu estudantes, professores, artistas, DJs, escritores, rappers, poetas e toda a comunidade escolar. 

O Sarau se chama “As 13 estações” devido às estações de metrô,  porque ao trabalhar a cultura hip hop em sala de aula, os estudantes descobriram que um dos locais onde o movimento surgiu na capital paulista foi na região do metrô São Bento. 

Então o sarau está dividido em três linhas do metrô: Vermelha, Amarela e Azul. Abaixo, saiba mais detalhes sobre a programação de cada linha: 

Linha Vermelha – Resistência

Na linha vermelha há 6 estações que se chamam “ENEM – Racionais MC’s”, “Renan Inquérito”, “Hip-Hop Kids”, “Sabotage”, “Passarinho” e “Emicida”. As estações estão dispostas nas salas de aulas e cada turma ficou responsável por uma estação. 

As atividades vão desde apresentação de discografia, frases dos Racionais MC’s que estavam na prova do ENEM, coreografia de música de rapper voltada para o público infantil, poesias sobre racismo e memória ancestral, canto, entre outros. Tudo relacionado aos nomes das estações e suas personalidades.

Linha Amarela – Artivista 

No sarau, esta é a linha que une as outras duas (vermelha e azul) com as estações “Rádio Ativa” e “Sharylaine”. A primeira, que tem o nome da rádio da escola, trará um painel com fotos de artistas da black music e do funk. Já a segunda, traz informações sobre a mulher no rap e a rapper Sharylaine, pioneira no movimento rapper feminino aqui no Brasil, e também mostra questões sobre empoderamento feminino.

Linha Azul – Diáspora 

São 5 as estações na linha azul da EMEF Padre Batista: “Monarckas”, “Nelson Triunfo”, “Dona Edite Cooperifa”, “Conceição Evaristo” e “Memória Ancestral”. Nestas estações há painel homenageando o integrante do grupo Monarcas, Ronne Cruz, que estará presente no evento e faz trabalhos educativos em parceria com a escola, apresentação de breakdance e vídeo para os estudantes com mensagem de Nelson Triunfo, precursor da cultura hip-hop, poesias, batalhas de rima e trabalhos sobre ancestralidade que abordam, entre outras questões, a história de Zumbi e Danda dos Palmares. 

Luta antirracista e valorização da diversidade

Tanto o Sarau, quanto a Mostra proporcionam momentos para celebrar a diversidade e firmar o compromisso da escola na luta antirracista, valorização e respeito a diversidade. As ações fazem parte de um projeto maior chamado “Vidas Negras Importam: Reconhecendo a História e Cultura dos Antepassados”, que foi desenvolvido durante o ano letivo de 2023. 

Este projeto recebeu o Prêmio Paulo Freire de Qualidade do Ensino Municipal 2023, na categoria II – Ensino Fundamental, e ficou em 1° lugar. 

O resultado positivo de todo o trabalho foi perceptível por meio da observação da mudança de atitudes nos estudantes, tais como o reconhecimento do outro, aumento da autoestima, trabalho em grupo. Além disso, houve uma grande participação das famílias nos momentos coletivos para plantar girassol e nas oficinas de Abayomi e Mancala Awelé. 

O projeto 

O projeto “Vidas Negras Importam: Reconhecendo a História e Cultura dos Antepassados” propõe a conexão ancestral, respeito às diferenças e resgate da identidade negra através da imersão na cultura afro-brasileira, além de ser uma forma de implantar o currículo antirracista gerando novas reflexões e ações sobre o tema.

Participaram cerca de 280 estudantes com idade entre 6 e 11 anos, das turmas desde os 1ºs até os 5ºs anos. As ações englobaram, inicialmente, os momentos formativos com os professores no Projeto Especial de Ação (PEA), definição dos temas do projeto interdisciplinar, e repertoriar e engajar os estudantes no projeto. 

Foram organizados diferentes percursos de aprendizagem em que se trabalhou  desde leituraço, o jogo de tabuleiro Mancala Awelé até música de capoeira e estudo autobiográfico para valorizar a ancestralidade. 

Na escola, escolheram personalidades negras para começar a grafitar as portas das salas de aula, a partir do dia 2 de dezembro. Ocorreram também saídas pedagógicas para bairros da capital que contam a história e a trajetória da população negra, como a  Liberdade. Visitaram, ainda, o Museu das Favelas e o Memorial da Imigração.  

 

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