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Educadores participam de Seminário Educação Integral – 2018
Tema gerador do evento foi “Educação Integral em diálogo com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável: um CEU de possibilidades
Publicado em: 20/09/2018 16h13 | Atualizado em: 04/05/2021Nesta quinta-feira, 10 de maio, cerca de 500 educadores da Rede Municipal de Ensino (RME) participam do Seminário Municipal de Educação Integral 2018. Evento ocorreu na Universidade Nove de Julho – Campus Vergueiro, e teve como tema gerador a “Educação Integral em diálogo com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável: um CEU de possibilidades”.
Rafael Sândalo Palhares, Coordenador Geral da Coordenadoria dos CEUs e de Educação Integral (COCEU), abriu o evento falando sobre a importância da Educação Integral.
“Educação Integral é uma política de cidade. Não é uma política de um setor, não é uma política de uma gestão, é uma política para uma sociedade. E quando pensamos no conceito de Educação Integral, a partir das múltiplas dimensões que são estimuladas nas escolas. Nos aspectos cultural, social, emocional e, principalmente, no direito que estas crianças têm de ter voz, de ter vez e poder aprender não só o básico – ir para além da base – a gente tem muita potência e temos que dar esta oportunidade a todos”, disse o Coordenador da COCEU.
Quatro educadoras de escolas municipais foram convidadas a expor as suas práticas pedagógicas que estimulam a integralidade dos estudantes. A Professora Daniela Santos de Melo, da Escola Municipal de Ensino Fundamenta (EMEF) Cândido Portinari, da Diretoria Regional de Educação (DRE) Pirituba, falou sobre o “Projeto Danças Circulares – Cacuriá” que desenvolve com seus alunos dos dois anos iniciais do Ciclo de Alfabetização. A ação trabalha com danças e canções populares do estado do Maranhão.
“Pensando numa educação que valorize a ancestralidade e a cultura de diferentes regiões, com ludicidade – em um espaço integrado e integrador, pudemos conhecer as danças e as histórias que envolvem o Cacuriá – que é uma dança de festejo que surgiu nas festas do Divino Espírito Santo. Eles contam através da dança os costumes regionais e as histórias dos povos daquela região, é uma dança e uma brincadeira ao mesmo tempo”, esclarece a professora Daniela.
Contando sobre o trabalho que é desenvolvido entre as unidades escolares no Centro Educacional Unificado (CEU) Inácio Monteiro, da DRE Guaianases, a Professora Coordenadora do Núcleo de Projetos Educacionais, Maria Aparecida Veríssimo de Oliveira, falou sobre o “Programa de Educação Ambiental – Nossa Pegada”, que envolve ações de conscientização e educação ambiental.
Ela contou que o trabalho abarca tanto ações pontuais quanto projetos voltados para as questões ambientais e que a proposta é despertar nas pessoas atitudes sustentáveis, além de práticas na escola e na comunidade. “Educar para a sustentabilidade é potencializar a educação ambiental como um instrumento essencial para a construção de práticas e atitudes sustentáveis e de conservação do meio ambiente. A nossa visão é desenvolver uma abordagem holística, pensando em todo o ser e na sua integralidade, a partir de ações socioambientais”, enfatiza Maria Aparecida.
As Professoras Maura Casari e Andrea Limones, da EMEF Wladimir de Toledo Piza, da DRE São Mateus, possuem aulas atribuídas nos Territórios do Saber e desenvolvem atividades no projeto “Ações Sustentáveis de Ontem e Hoje”. As educadoras falaram sobre a necessidade de buscar o histórico das ações já efetuadas na escola e, a partir daí, buscar novas experiências e atividades para envolver toda a comunidade escolar.
Na sequência, o Prof. Dr. Alexander Turra, do Instituto Oceanográfico da USP, explanou sobre os problemas socioambientais nos dias atuais. Em sua fala, destacou como o descarte irregular do lixo contribui para a poluição dos mares e oceanos, interferindo, assim, no meio ambiente. Exemplificou citando um estudo feito com resíduos retirados das margens da Baia de Guanabara, no Rio de Janeiro, na época dos Jogos Olímpicos. Entre as muitas garrafas pet descartadas no mar, havia um copo de chá com guaraná que chamou muita atenção ao ser verificada a data de fabricação do produto – ele havia saído da fábrica há apenas cinco dias. O professor chamou a atenção para o fato de, apesar de toda logística que envolve a produção, distribuição, venda e consumo, o produto rapidamente havia sido descartado. “O lixo no mar é um sintoma de uma sociedade insustentável”, enfatiza Alexander.
O Diretor de Educação Integral, Emanuel Pinheiro Júnior, falou sobre os princípios da Educação Integral, como ferramenta integrada e integradora nos processos pedagógicos existentes nos ambientes escolares. “A Educação Integral é um projeto de vida e de sociedade, estão nos marcos legais. E eles enfatizam que todas as crianças e adolescentes têm direito à educação Integral, é quando eu parto do princípio do direito à educação, como direito social e que a educação promove o pleno desenvolvimento do estudante, a plena da cidadania e a preparação para o trabalho”, completa Emanuel.
Emanuel também lembrou que os eixos estruturantes do trabalho com a Educação Integral são os territórios educativos, a intersetorialidade e o currículo. E que neste alinhamento podemos perceber que todos os territórios da cidade e, ainda, as escolas e os territórios CEUs – com as suas singularidades, contextos e identidades – juntamente com o Currículo da Cidade, são instrumentos para concretizar a proposta política pedagógica da RME.
Ao final, mediados pela Assessora do Núcleo de Educação Integral, Ana Paula Pietri, todos os palestrantes ficaram à disposição para responder as perguntas dos participantes do encontro.
Abertura cultural – contou com apresentação dos Estudantes do CEU EMEF Dr. Paulo Gomes Cardim (Aricanduva) – “Projeto dos Territórios do Saber – Canto e Coral”.
Confira as fotos do evento clicando aqui.
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