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CEU EMEF Pres. Campos Salles é a 1ª escola de São Paulo a receber programa de alfabetização pelas mudanças climáticas

O Instituto Limpa Brasil promoveu um dia de atividades práticas para capacitar os estudantes a liderarem ações ambientais em sua escola e comunidade

Publicado em: 25/03/2024 17h15 | Atualizado em: 25/03/2024

Estudantes estão posando para foto em frente a um carrinho onde se lê "Ecoponto - Entregue aqui seus materiais recicláveis".
Na última sexta-feira (22) o CEU EMEF Presidente Campos Salles, no CEU Heliópolis, recebeu o lançamento de um programa de alfabetização pelas mudanças climáticas, o Meu Futuro Minha Voz, do Instituto Limpa Brasil. Esta foi a primeira unidade em São Paulo a receber o programa, que envolve experiências práticas para capacitar os estudantes a liderarem ações ambientais na escola e comunidade.

“Escolhemos essa escola porque já trabalhamos com eles. Hoje a gente está dando na verdade o pontapé inicial, que é um programa global, de alfabetização pelas mudanças climáticas, e aproveitamos para fazer o lançamento desse programa aqui no Brasil”, contou Edilainne Pereira, diretora executiva do Instituto Limpa Brasil.

Os estudantes envolvidos nos projetos de educação ambiental da unidade participaram do plantio de mudas de tomate, peixinho, hortelã e entre outras. O espaço onde aconteceu a plantação passou por uma revitalização. Antes, a comunidade passava pelo CEU e descartava lixo, então professores e estudantes fizeram a limpeza do local que agora se tornou uma horta comunitária.

“Conheci o ano passado um programa que a prefeitura de São Paulo implementou na cidade, o Instituto Comida e Cultura, que deu um curso chamado Cozinhas e Infâncias. Este curso me ajudou a ter ideias de como colocar a alimentação saudável no currículo e a horta é mais um caminho para ajudar as crianças a ter intimidade com o alimento natural e conhecer o processo até a mesa”, disse Ligia Dias Mascotto, professora responsável pelo projeto de horta na unidade.

Fotografia mostra quatro estudantes e dois professores plantando em hrota. Na frente deles, há um espaço com terra, uma muda já está plantada e outra está sendo colocada.

A programação também contou com uma gincana em parceria com a Defesa Civil com perguntas sobre os cuidados em períodos de chuva. Ao final, todos ganharam um certificado de participação e um kit com agenda, caneta e régua. Os alunos ainda descartaram embalagens plásticas que trouxeram de casa em um ecoponto que ficou nas dependências do CEU.

“Muito do que passa aqui na EMEF Campo Salles vai para fora porque a escola tem essa essa ligação com a comunidade de Heliópolis. Então a gente iniciar aqui, fazendo com o território esteja junto nessas ações e participe, vai ser inspirador não só para as escolas, mas para as outras comunidades escolares também”, frisou o coordenador pedagógico da unidade, Robson Gonçalves da Silva.

“A gente já começou a fazer atividades aqui na escola desde o ano passado. A gente fez uma gincana de coleta de resíduos eletroeletrônicos e a partir dessa iniciativa a gente pensou. Já queríamos implementar um case do programa Meu Futuro Minha Voz, que é capacitar, e formar os jovens, para que a gente trabalhe a pauta da alfabetização para mudanças climáticas”, falou Edilainne Pereira.

Para finalizar as ações do dia, Edilainne ministrou uma oficina de eco-enzima para os estudantes. Eco-enzima é um composto que pode ser utilizado na horta, como um complemento para a compostagem, colocado em flores ou até mesmo utilizado para limpeza e, se jogada no ralo da pia, ajuda a limpar a gordura do encanamento.

Seu preparo é feito misturando 10 partes de água, 1 parte de açúcar mascavo e 3 partes de resíduos de frutas e legumes. É necessário colocar tudo em uma garrafa plástica e deixar fermentar por 90 dias. Nos primeiros 30 dias, é preciso sacudir a garrafa diariamente e abri-la com cuidado, para eliminar os gases. Depois, basta peneirar.

“São muitas maneiras de colocar esse tema para as crianças na sala de aula. E ele é fundamental, principalmente agora, que a gente vem sentindo as mudanças climáticas de uma maneira muito severa e muito mais rápido do que previam os cientistas. Então, a gente precisa criar uma intimidade das crianças com o alimento natural, com a natureza, e não existe outro caminho se não colocá-las em contato com a horta, com atividades com plantas e brincar onde tem áreas arborizadas”, finalizou Ligia.

O Instituto Limpa Brasil tem parcerias com escolas do Brasil todo. No mesmo dia ocorreram ações em 12 cidades do país. Em São Paulo, o CEU EMEF Campos Salles foi a primeira unidade a receber as ações e o lançamento do programa Meu Futuro Minha Voz.

Fotografia mostra menina colocando cascas de alimentos em uma garrafa plástica que está sendo segurada por uma mulher. Atrás da garrafa há uma menina segurando um pote azul.

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