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Grafiteiras renovam 16 salas de aula em EMEF na zona leste

Artistas com reconhecimento nacional contribuíram para a ação. No próximo sábado, 3 de junho, as pinturas continuarão

Publicado em: 08/03/2018 17h59 | Atualizado em: 30/11/2020

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No último final de semana deste mês de maio, 12 mulheres grafiteiras participaram de uma ação que renovou o visual de 16 salas de aula da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Antônia e Artur Begbie, que pertence à Diretoria Regional de Educação (DRE) São Miguel. A ação vai continuar no próximo sábado, 3 de junho, com a finalização das últimas quatro salas. Corredores internos e a parte externa da unidade também serão renovados nos próximos dias.

A escola fica situada no extremo leste da capital, a 35 quilometros do marco central de São Paulo, no bairro Jardim Campos, e é uma das maiores em número de alunos. São 1298 estudantes matriculados em turmas que vão do 1º ao 9º ano do Ensino Fundamental e cinco turmas de Educação de Jovens e Adultos (EJA) no período noturno.

A Assistente de Direção, Marcia Affonso, conta que a EMEF fica em um bairro muito carente e que a intenção da equipe gestora, que foi renovada no início deste ano, é que a comunidade se aproprie dos espaços escolares e que eles sejam cada vez mais agradáveis. Uma das primeiras iniciativas para que isso acontecesse foi encabeçada pela Professora de História Juliana Ribeiro da Silva, jutamente com a grafiteira Carla Ruiz. Elas organizaram um grupo de artistas de rua dispostas a contribuir com o trabalho de pintura das salas de aula e o resultado encantou os estudantes.

Durante todo o sábado (27) e domingo (28), grafiteiras com destaque no cenário nacional estiveram na escola e pintaram a parede do fundo de 16 salas de aula. Amanda Pankill, Bela Gregório, Carla Ruiz (Carlota), Bea Corradi, Mônica Ancapi (Santa Mônica), Juliana Ribeiro, Greyce Kelly (Bigbacon), Nenê Surreal, Verônica (Nuvem), Mika, Fefa e Mari Oliveira (Mari – As Gordinhas) foram as artistas que ofereceram o talento em prol da EMEF.


Grafite feito pela artista visual Mari Oliveira (Mari – as gordinhas)

A artista visual Mari Oliveira colocou sua marca em uma das salas e diz que considera o grafite como uma das artes que mais se aproxima das pessoas no cotidiano urbano. “Participar dessa interferência na escola, ao meu ver, só aproxima mais ainda os funcionários e alunos do universo da arte e ter contribuído com isso enriquece minha poética como artista”, comemora a artista.

Para Carla Ruiz, é extremamente gratificante poder dar voz aos alunos através da sua arte. “Fiquei muito feliz por ouvir deles que a minha obra traz esperança e que eles se identificam com ela. Espero poder realizar mais projetos como esse e levar cor para outros alunos”, diz a artista.


Sala que ganhou o grafite da artista Carla Ruiz (Carlota)

A Diretora da EMEF, Claudia Lucia de Medeiros, enfatiza que a ação está integrada com o Projeto Político Pedagógico (PPP) e com o Projeto Especial de Ação (PEA) que tem como tema a Identidade. “Além de trabalhar com a identidade de cada estudante, queremos valorizar a identidade cultural do bairro na escola. A intenção é fazer com que eles se sintam representados também no ambiente escolar. Trazer a cultura urbana do grafite e dar visibilidade para as mulheres artistas é um incentivo ao empoderamento feminino, principalmente porque elas não possuem a mesma visibilidade que os homens”, explica Claudia.

Confira a galeria de imagens da ação. 

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