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Educadores da Rede Municipal de Ensino participam de intercâmbio Cultural em Angola

Ação aconteceu após a realização do projeto Reencontro com a Ancestralidade Africana e Afro-brasileira’, realizado em 2018

Publicado em: 30/07/2019 13h16 | Atualizado em: 30/11/2020
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Entre os dias 9 e 21 de julho de 2019 a professora de Arte, Michelle dos Santos Lomba, do Centro Educacional Unificado (CEU) Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Profª Cândida Dora Pino Pretini , da Diretoria Regional de Educação (DRE) São Mateus e o professor de história, Rodrigo Luis de Oliveira, do CEU EMEF Profª Mara Cristina Tartaglia Sena, DRE Ipiranga, participaram do “Intercâmbio Cultural Brasil-Angola”, promovido pelo Projeto Raízes, que atua na promoção, incentivo e divulgação da literatura africana e a integração cultural entre os povos e a Globo Dikulo, organização de Juventude voltada para orientação ocupacional dos jovens.

A iniciativa teve a proposta de incentivar a escrita criativa, leitura e o estabelecimento de comunicação entre as crianças dos dois países por meio de cartas em que relatam seus sonhos, ações do cotidiano, curiosidades sobre brincadeiras populares, esportes, as escolas, características gastronômicas, manifestações artísticas, entre outras, ampliando assim o repertório cultural de todos envolvidos, além de despertar para a percepção das familiaridades desses povos irmãos e o reconhecimento da identidade afro-brasileira.

Michelle explica que foram selecionados vinte brasileiros, entre educadores e artistas, para participarem de oficinas de teatro e encontros de mediação de leitura nas cidades de Cazenga, Luanda e Benguela. “O convite para participar do intercâmbio nasceu a partir da realização do projeto ‘Reencontro com a Ancestralidade Africana e Afro-brasileira’ realizado em 2018, na unidade escolar em que leciono, junto com o professor de Educação Física, Robson Silva, que proporcionou o encontro entre estudantes e os artistas professores angolanos Isidro Sanene, Lucas Katimba e Paulo Tatório, iniciando assim, esse laço artístico-pedagógico entre os professores em questão.”

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Durante o intercâmbio em Angola, os educadores ministraram oficinas de teatro e mediação de leitura e participaram de conferência sobre Pedagogia Teatral e do Festival Internacional de Teatro do Cazenga (FESTECA) com a intervenção urbana “Deslimitadas” da Coletiva Deslimitadas, premiada e reconhecida na programação do festival. Os professores também fizeram doação de livros para a escola “Viva Paz”, para o Coletivo Ombaka, em Benguela e para a biblioteca comunitária da ANIMART, no Cazenga.

Na escola Aldeia SOS, em Benguela, a professora Michelle promoveu um encontro entre garotas para compartilhar poesias do seu livro autoral “Pele para nossos Corpos”, onde as participantes dialogaram sobre as diversas realidades das mulheres na sociedade contemporânea e produziram cartas sobre ser mulher. Essas cartas revelaram sonhos, angústias, desigualdades de gênero, relatos de abusos, reconhecimento da importância das mulheres, entre outros aspectos da cultura angolana, conhecendo e difundindo os Direitos Humanos para a construção de uma sociedade pautada na igualdade social, de gênero e de raça.

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“Estar em Angola também foi uma oportunidade de dar sequência ao projeto ‘Cartas Libertárias’”, disse a professora, explicando que o projeto teve início em março deste ano nos CEUs EMEFs envolvidos, onde os estudantes brasileiros escreveram cartas e gravaram vídeos para as crianças angolanas que os receberam e responderam com muito entusiasmo. Os acadêmicos das Academias Estudantis de Letras (AEL) Dinha, da DRE São Mateus e Monteiro Lobato, DRE Ipiranga, também participaram do projeto.

Em outubro de 2019, as escolas participantes receberão a visita dos artistas educadores angolanos, vindos para o FESCALA – Festival de Cinema, Arte e Literatura Africana – e farão apresentações artísticas e rodas de conversa sobre a história, aspectos culturais, literatura e arte angolana.

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