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SME e Instituto Vladimir Herzog desenvolvem projeto sobre acolhimento e saúde emocional na DRE Guaianases
Ação é realizada sob a perspectiva da Educação em Direitos Humanos e está sendo construída coletivamente
Publicado em: 18/08/2022 12h07 | Atualizado em: 18/08/2022Para compreender as formas de acolher e subsidiar o aprimoramento de políticas públicas na perspectiva da Educação em Direitos Humanos, a Secretaria Municipal de Educação (SME) de São Paulo, por meio da Divisão de Gestão Democrática e Programas Intersecretariais (DIGP/COCEU), em parceria com o Instituto Vladimir Herzog, está desenvolvendo o projeto piloto que tem como finalidade formular propostas de como trabalhar a questão dos diversos sofrimentos dos estudantes na perspectiva educacional. A ação ocorre no território da Diretoria Regional de Educação (DRE) Guaianases.
Assim, na busca por compreender como as questões sociais afetam as pessoas, foi constituído um Grupo de Trabalho (GT) composto pelas equipes gestoras e membros das Comissões de Mediação de Conflitos das 10 escolas participantes, para que todos se entendam como parte importante do processo com vistas a criar estratégias para minimizar os efeitos dos sofrimentos sociais.
Nesta quinta-feira (18) o encontro aconteceu na EMEF Vladimir Herzog, DRE Guaianases, e as equipes tiveram como objetivo principal mapear uma situação que consideram emblemática sobre quais conflitos entendem que estão ocasionando o sofrimento nos estudantes.
Entenda como acontece o projeto
A ação acontece de forma colaborativa com os membros das Comissões de Mediação de Conflitos da DRE, representados pela Divisão dos Centros Educacionais Unificados e da Educação Integral (DICEU), Núcleo de Apoio e Acompanhamento para a Aprendizagem (NAAPA), Supervisão Escolar e serviços do território.
Na primeira etapa, através de grupos de trabalho instituídos, acontecem momentos de estudos, planejamento e interação com o grupo gestor e membros das Comissões de Mediação de Conflitos de 10 Unidades Educacionais. Na etapa final, o objetivo é desenvolver a ação com 146 Unidades Educacionais.
O projeto realizado, de forma gradual e colaborativa, tem como proposta compreender, a partir das realidades, experiências e vivências locais, a produção social dos diversos sofrimentos, na perspectiva educacional, no contexto escolar, tornando estudantes e educadores como sujeitos centrais desta construção.
Etapas do projeto
O projeto acontece em três etapas, sendo que nas duas iniciais, há o desenvolvimento de um processo de escuta acerca da problemática em questão e que possibilita a produção de insumos para o direcionamento de ações mais potentes na efetivação da sua finalidade.
Primeira etapa
O Grupo de Trabalho proporciona, de forma coletiva, momentos de escuta, com vistas a compreender as realidades, experiência e vivências locais, e ir construindo, coletivamente, propostas de ação educativa que provoquem mudanças no âmbito escolar. Os encontros ocorrem quinzenalmente no território da DRE Guaianases.
O primeiro GT presencial aconteceu em junho e contou com representantes dos diversos serviços do entorno, como UBS, CAPS, entre outros. Neste encontro, foi possível mapear as demandas dos serviços locais e entender a percepção atual destes serviços (e suas demandas.) Anteriormente, foram realizados encontros para alinhamento das ações de forma online.
Após esse momento, o GT recebeu os representantes das 10 Unidades Educacionais previamente selecionadas. Neste encontro, foi realizado um processo de escuta dos representantes de cada uma das 10 unidades com vistas a conhecer a realidade delas, bem como atividades que causam grande motivação na comunidade escolar e, também, o que poderia causar vulnerabilidades emocionais nos estudantes.
Passos seguintes
O projeto terá mais outras duas etapas. Na segunda, os estudantes poderão dialogar sobre sua rotina escolar e as vulnerabilidades a que podem estar expostos. A ideia é construir, a partir das escutas, propostas de ação educativa que provoquem mudanças no âmbito escolar.
Na etapa seguinte, o objetivo é possibilitar que a escola identifique o que pode e deve fazer em relação às vulnerabilidades emocionais dos estudantes causadas por diversos fatores, como preconceitos sociais (situação socioeconômica, raça, gênero, religião, etc), além das dificuldades de convívio familiar e com colegas.
Por que o projeto piloto em Guaianases?
O projeto nasceu de uma demanda do território de Guaianases a partir da constatação dos sofrimentos das crianças e adolescentes, estudantes da RME, advindos de diversas violências sociais.
Diante disso, surge a necessidade de compreender formas de acolher os estudantes e subsidiar os educadores e comunidade escolar e, ainda, ressaltar o papel da escola no que diz respeito à sua atuação na Rede de Proteção Social.
Além disso, tem como intuito contribuir para a ação preventiva e o olhar cuidadoso para realizar encaminhamentos e diálogos com os diversos serviços no território.
O trabalho coletivo, por meio da atuação em rede, fortalece o convívio escolar pautado na ética e no respeito, conforme previsto na Matriz dos Saberes constante no Currículo da Cidade e nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030.
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