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Estudantes repensam Semana da Arte e questionam história em exposição no Municipal
‘Muitos estão visitando o Theatro Municipal pela primeira vez’, disse educadora; ‘Contramemória’ vai até o dia 5 de junho
Publicado em: 16/05/2022 17h21 | Atualizado em: 16/05/2022
Cerca de 200 estudantes da Rede Municipal de São Paulo tiveram a oportunidade de repensar a Semana da Arte Moderna de 1922 e questionar fatos da história durante a exposição “Contramemória”, no Theatro Municipal de São Paulo. A visita ocorreu na última sexta-feira (13). O evento é aberto ao público e vai até o dia 5 de junho. Para entrar, basta acessar o site do teatro, agendar a data e pegar o ingresso virtual. A entrada é gratuita, é necessário apresentar o passaporte da vacina.
A visita dos estudantes foi guiada pelo curador da exposição, Jaime Lauriano, e pelo diretor artístico da Fundação Theatro Municipal, Bruno Imparato. A exposição possui 130 obras e foi idealizada por Bruno Imparato, em parceria com Jaime Lauriano, Lilia e Pedro Meira Monteiro.
Na oportunidade, os participantes podem desmistificar pontos da Semana de Arte Moderna de 22, como o fato de o modernista negro Lima Barreto (1881-1922), que é considerado inaugurador do modernismo no Brasil, não ter sido citado no evento.
Um dos focos da exposição foi o Mario de Andrade, modernista negro e gay que estava na Semana de 1922 e foi retratado historicamente como branco. Os curadores deram enfoque que naquele evento há 100 anos atrás, tambem estavam presentes artistas negros, gays e mulheres, que pouco são mencionados.
A exposição é um evento intersecretarial, contando com parcerias da Secretaria Municipal de Educação (SME), Secretaria Municipal de Relações Internacionais (SMRI) e Secretaria Municipal de Cultura (SMC).

Curadores da exposição.
‘Experiência cultural’

Estudantes interagindo com os curadores da exposição.
Uma das escolas participantes foi a EMEF Pedro Américo, localizada na Zona Leste, que levou 35 alunos do 6º ao 9º ano acompanhados pela professora de educação digital Cláudia Maria Meireles. “Toda experiência cultural é importante para eles, ainda mais nós que somos da periferia, eles não tem muita oportunidade de acesso, à arte ou outros espaços, principalmente ao teatro municipal. Então achei importante que eles pudessem conhecer”, disse a professora.
“Trazer as crianças pra cá é mostrar para elas que é possível ser diferente, é expectável que seja diferente, porque é a partir da diferença que a gente cria diálogo, troca e possibilidade de uma sociedade cada vez mais profunda”, comentou Jaime Lauriano, curador da exposição.
Para Bruno Imparato, diretor artístico da Fundação Theatro Municipal, o evento tem ganhos exponenciais. “Quando a gente traz alunos da rede pública municipal para conhecer uma exposição que tem como um de seus focos questionar combater o machismo e o racismo, o reacionarismo na sociedade, a gente promove ganhos exponenciais de conhecimento pq elas vão reproduzir com as outras crianças a mensagem anti racista, anti machista, anti reacionária. A gente ensina para poucas crianças, mas elas vão reproduzir para outros alunos e para suas famílias em casa”.
Educação antirracista

Estudante da EMEF Pedro Américo integrante da Imprensa Jovem.
Para Solange Miranda, integrante do núcleo de educação para as relações étnico raciais (NEER), a exposição é um investimento na formação dos estudantes. “A exposição traz uma proposta que vai de encontro com a perspectiva de uma Educação antirracista, hoje nossos estudantes tem a oportunidade de ver essas obras que propõem um olhar crítico sobre esse momento da arte no Brasil”, disse.
Solange ainda mencionou que para alguns estudantes seria o primeiro contato com o local. “Muitos estão visitando o Theatro Municipal pela primeira vez, a escola estar promovendo essa visita, vai de encontro com a proposta de Educação do Município de São Paulo que tem como pilares a educação inclusiva, a educação integral e a equidade”, completou.
Os estudantes ficaram submersos na exposição, foram participativos e interagiram com os curadores, conheceram as obras, os artistas e muitos aspectos étnicos-culturais. “Eu achei incrível pq a gente vê coisas que a gente realmente não vê no cotidiano”, disse a estudante Evilly Cristini, do 9º ano, e ainda completou dizendo ser a primeira vez que estava no Theatro Municipal.
Assista ao vídeo sobre Mário de Andrade e a Arte Moderna:
Alguma obras da exposição:
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