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Quando os livros vão além dos muros da escola

Ações realizadas pela EMEF Vargem Grande II visam levar os livros para o alcance de toda comunidade

Publicado em: 14/10/2015 14h58 | Atualizado em: 30/11/2020
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Na EMEF Vargem Grande II, extremo sul da cidade, os livros estão à disposição do aluno a qualquer hora e lugar. A escola, pertencente à Diretoria Regional de Educação (DRE) Capela do Socorro, possibilita aos pequenos muito mais do que uma biblioteca convencional.

Os livros agora ganharam espaço e estão na intitulada “Muroteca”. A ação consiste em vários exemplares pendurados num painel na parte de fora da escola em que toda a comunidade pode pegar emprestado um livro. Boa parte do acervo vem de doação. As crianças fizeram o trabalho de decoração do muro.

Este projeto nasceu de uma forma diferente. Em 2014, a EMEF Vargem Grande II teve a ideia de colocar uma bolsinha com livro dentro dos ônibus que fazem a linha no bairro de Vargem Grande. Através do “Ônibus literário”, as pessoas podiam ler, levar para casa e depois devolver os volumes. Porém, com o tempo, tanto os livros como as sacolas não retornavam para os locais de origem, o que acabou inviabilizando a ação.

A diretora Maria Maura Moreira conta que na unidade os livros estão por toda parte. “Na hora da saída tem aluno que pega um livro para ler enquanto espera o transporte escolar. Tem alguns que até deixam um ‘separadinho’ para terminar de ler depois”, disse.

Leitura em casa – Dentro do projeto “Canto de Encanto”, que visa incentivar a formação de leitores, tem ainda a mediação de leitura nas famílias do bairro. Durante a reunião de pais é feita uma lista com os nomes de quem quer receber a visita da turma de alunos.

Quinzenalmente, dez crianças vão até uma residência para ler para toda a família. Alguns professores acompanham a ação e levam a caixa recheada de livros.

No dia 2 de outubro, foi a vez de Elizabete Aparecida de Castro, mãe do Thiago de 7 anos, receber uma leitura para lá de divertida. Desde que estava grávida, Elizabeth lia para o filho. Quando ele nasceu, o hábito continuou. “O Thiago só dormia no berço se eu contasse historinha. Se não tivesse livro, eu inventava alguma história”, conta a mãe.

Depois de formada a roda, é o toque do sino que indica a hora de começar a leitura. Quem comandou a ação foi a pequena Suzanny, de 8 anos. Cada página lida era, na sequência, mostrada para os colegas verem as ilustrações.

De olhos e ouvidos atentos, os alunos logo indicaram a dona Elizabeth para também ler. O livro escolhido foi “Quem tem medo de monstros”. Em seguida, foi a vez da leitura em dupla. Cada aluno escolhia um amiguinho ou professor para ler. O desafio de interpretar os sons e as palavras renderam boas risadas.

Ao final da leitura, o sino novamente aparece em cena. Hora de guardar os livros e festejar o encontro! Thiago ainda presenteou os colegas com um livro. “Ele estava passando em uma loja, viu o livro e logo quis trazer para todos os amigos. Aí pensou na sacolinha e no pirulito”, disse Elizabete. “Ele nem dormiu direito essa noite de tanta ansiedade. Todo momento perguntava se já estava na hora. Foi o dia mais feliz da vida dele”, revela a mãe. 

Confira aqui a galeria de imagens.

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