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Projeto de Escola Municipal é eleito um dos 4 melhores do país pela Embaixada da Espanha no Brasil

Projeto intercâmbio cultural é desenvolvido na EMEF João Domingues Sampaio desde 2018 e tem transformado a forma de comunicação entre os estudantes

Publicado em: 14/11/2019 18h03 | Atualizado em: 30/11/2020
Imagem apresenta 12 estudantes da EMEF João Domingues Sampaio posando para fotos junto com o professor Éder Magalhães. Alguns estão usando máscaras ou maquiagem com caveiras coloridas

 

A Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) João Domingues Sampaio, localizada na Vila Maria, foi eleita pelo Ministério de Educação da Espanha, em concurso cultural realizado pela Embaixada Espanhola no Brasil, como um dos quatro melhores projetos de língua espanhola para o Ensino Fundamental II do país.

A Unidade é finalista com seu projeto de intercâmbio intercultural ao lado de outros grandes colégios particulares da Cidade de São Paulo, como Bandeirantes e Colégio Dr. Walter Belian, além do Colégio Espanhol Santa Maria Minas – Unidade Cidade Nova, de Belo Horizonte, Minas Gerais.

O Concurso Colégio do Ano em Espanhol é dirigido às escolas e aos colégios públicos e particulares de Ensino Fundamental II e Ensino Médio do Brasil que ministram aulas de espanhol em seu currículo.

Inclusão na Escola

O Projeto Intercâmbio cultural: derrubar muros, construir pontes: a língua espanhola como elemento de Educação Intercultural por um mundo melhor,  coordenado pelo Professor de Educação Física, Eder Alexandre Magalhães, acontece na EMEF João Domingues Sampaio desde 2018, e surgiu pela quantidade de estudantes estrangeiros matriculados na unidade, que representa cerca de 20% de origem imigrante de países vizinhos do Brasil e, por conta disso, possuem grande afinidade com a língua espanhola.

Por muito tempo estes estudantes ficaram isolados, sofreram bullying e sentiam vergonha de se comunicar utilizando a sua língua materna. A segregação chegou a tal ponto de haver divisões nos espaços da unidade, estudantes brasileiros utilizavam a Quadra coberta e os estudantes estrangeiros a quadra descoberta.

Visando superar essa separação, a escola adotou a língua espanhola como instrumento de comunicação entre os estudantes que só falavam português e os estudantes que dominavam o espanhol. Atualmente o projeto atende 25 estudantes do 6º ao 9º ano, além de ex-alunos que agora estão no Ensino Médio.

Ao participar da avaliação do projeto, a estudante boliviana, Jazmin Nathali Mamani, falou da importância do projeto para sua vida, “O projeto é bem divertido e com ele consegui sair da depressão e tive mais amigos. Agora consigo mostrar quem sou de verdade sem me esconder”, revela Jazmin.

A escola planeja em 2020 iniciar um centro de línguas que atenda aos moradores da comunidade oferecendo aulas de língua espanhola, contando com orientação e intervenção realizada pelos próprios participantes do projeto.

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