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Unidade, que é uma das benfeitorias que estão sendo entregues em residencial construído em antiga favela, é a 15ª entregue neste ano e vai atender crianças de 0 a 3 anos

Publicado em: 21/12/2023 12h54 | Atualizado em: 21/12/2023
Fotografia da fachada do CEI Julia lopes almeida com a imagem do entorno

A Prefeitura de São Paulo inaugurou nesta quinta-feira (21) uma creche dentro do condomínio popular Guaicuri, localizado na região da favela de mesmo nome na Vila Missionária, próximo à represa Billings, Zona Sul da capital. Com capacidade para atender 96 crianças de 0 a 3 anos, o Centro de Educação Infantil (CEI) Julia Lopes de Almeida é a 15ª unidade educacional inaugurada pela Prefeitura neste ano. Até o fim de 2024, a gestão terá entregue 45 unidades.   

Ao inaugurar a nova creche, o prefeito Ricardo Nunes falou sobre o compromisso de sua gestão em valorizar os espaços físicos, conceitos e contextos pedagógicos, melhorar cada vez mais o trabalho dos profissionais, a alimentação dos alunos, que têm 5 refeições por dia, com orientação de nutricionistas. “A questão fundamental é que a creche faz parte do objetivo pedagógico para a criança melhorar a aquisição do seu conhecimento, o bebê, desde um dia de nascido vai desenvolver o cérebro até os 6, 7 anos, e isso ajuda nas questões cognitivas e hoje a gente está fazendo um trabalho fundamental para essa geração e as próximas”, destacou. 

Fotografia de fachada do CEI julia lopes almeida

A unidade será gerida pela OSC Instituto Pleno Viver e já está em funcionamento. O repasse mensal da Prefeitura para custear as despesas da escola é de R$ 145 mil.    

Para o secretário municipal de Educação, Fernando Padula, o fato de a unidade ser dentro do condomínio vai aumentar o conforto das mães que vivem ali. “O fato de esse empreendimento habitacional já ter a creche, a qualidade de vida das pessoas na sua moradia vai melhorar. É importante lembrar que desde 2020, ainda com o prefeito Bruno Covas, São Paulo zerou a fila de vaga de creche. Hoje todas as crianças que precisam têm creche nesta cidade, que já chegou a ter 120 mil crianças na fila por uma vaga e hoje não tem nenhuma criança na fila de creche”, destacou. 

Este é o terceiro ano consecutivo que a Prefeitura permanece com a fila zerada para creche. O atendimento é possível graças a parcerias firmadas com cerca de 700 Organizações da Sociedade Civil (OSCs) e à ampliação de vagas nos CEIs já existentes, garantindo atendimento de todas as famílias cadastradas. Atualmente, há mais de 352 mil crianças de 0 a 3 anos matriculadas nos Centros de Educação Infantil (CEI). 

O CEI está localizado no térreo do condomínio habitacional Residencial Girassol, e foi construído pela Secretaria Executiva do Programa Mananciais, vinculada à Secretaria Municipal de Habitação (SEHAB) com investimento de R$ 2 milhões. “Também sou professora e queria que as mães aproveitassem bem os filhos que estão na creche e junto com os apartamentos que serão entregues agora”, disse a secretária-executiva do Programa Mananciais, Bete França.

 Fotografia de sala do CEI julia lopes almeida

Homenagem 
O nome do CEI é uma homenagem à escritora Julia Lopes de Almeida, única mulher que participou da idealização da Academia Brasileira de Letras. “Essa homenagem tem um significado duplo para nós, um significado para a literatura e escritores e um significado para os avanços em relação ao direito das mulheres”, disse o prefeito Ricardo Nunes, lembrando que Julia não teve o reconhecimento que merecia.  

“É inimaginável que a Academia Brasileira de Letras, em um certo momento, proibia que as mulheres fizessem parte do seu seleto grupo. Fica aqui agora também o nosso reconhecimento a nossa escritora e o nosso reconhecimento a esse avanço e o nosso repúdio a que antigamente havia pessoas com a cabeça bem pequenininha, que não permitiam mulheres na academia, esse avanço que a gente teve aqui na educação”, destacou.  

Autora de diversos textos entre 1887 a 1932, a escritora era conhecida por suas ideias avançadas para sua época, como a defesa da abolição da escravatura, da República, o divórcio, a educação formal para mulheres e os direitos civis.    

Apesar de idealizadora da ABL, a escritora não pôde ocupar uma cadeira por ser mulher. Tendo seu marido no lugar.    

“Estamos muito honrados em poder homenagear uma escritora que contribuiu tanto para a literatura. Uma mulher com ideias fortes e importantes, principalmente no período em que viveu”, destaca o Secretário Municipal de Educação, Fernando Padula.  

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