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Política Pública de Educomunicação na rede municipal é referência para a América Latina

Tese de doutorado de pesquisadora da USP analisa iniciativas desenvolvidas em São Paulo e no Rio de Janeiro

Publicado em: 21/12/2018 14h20 | Atualizado em: 30/11/2020

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A tese de doutorado “Educomunicação e políticas públicas: estudo comparativo de educação midiática nas redes municipais de ensino do Rio de Janeiro e de São Paulo”, defendida em agosto na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP), conclui que a política pública de Educomunicação desenvolvida na rede municipal de São Paulo é uma referência não apenas para o Brasil, mas para a América Latina.

O estudo foi orientado pelo professor Ismar Soares (ECA/USP). Uma das maiores referências em Educomunicação, Ismar foi o responsável pela coordenação de 2001 a 2004 pelo NCE/USP de uma grande formação continuada docente para o “educom.rádio” a convite do então Secretário da pasta, Fernando José de Almeida.

A pesquisadora Elisangela Rodrigues da Costa (Lisa Rodrigues), por meio de pesquisa de campo, analisou um total de oito escolas. No caso de São Paulo, as quatro analisadas foram EMEF Professor Roberto Mange, EMEF Professor Florestan Fernandes, EMEF Leonor Mendes de Barros e EMEF Professor Carlos Pasquale. Lisa destaca cinco elementos essenciais que contribuíram para que, no caso de São Paulo, a política pública se consolidasse. São eles: Legislação, Currículo, Formação Continuada Docente, Gestão da educação midiática no ambiente escolar e Formação Inicial (Universidade).

Ela afirma ainda que a comparação mostrou que o “carro-chefe” da prática educomunicativa na SME/SP é a formação continuada docente e que o investimento na formação foi o que consolidou e que mantém forte a política pública, aliado à legislação existente, sobretudo à Portaria de 5.792/09, que sistematizou a prática educomunicativa, o apoio e adesão dos alunos, professores e gestores e, sobretudo, dos POIEs (Professores Orientadores de Informática Educativa), sem contar no vinculo que mantém com o NCE/USP e com alunos e professores da Licenciatura em Educomunicação da universidade.

Outro item citado pela pesquisadora, em sua banca de defesa, foi a permanência de gestores da política e orientação pedagógica no mesmo cargo, referindo-se à Carlos Lima, hoje coordenador do Núcleo de Educomunicação (há 12 anos na SME) e ao atual Secretário Municipal de Educação, Alexandre Schneider, que está em sua terceira gestão.

O que falta na visão da pesquisadora é a inserção da educomunicação no currículo prescrito da rede, como tal, ou seja, a educomunicação como paradigma, mas, ela lembra que isso não impediu o desenvolvimento da prática educomunicativa. Apesar disso, ela afirma que o Programa Imprensa Jovem e o próprio “Educom.rádio” são referências de políticas públicas bem sucedidas em educação midiática na América Latina.

A tese de doutorado da pesquisadora está disponível e pode ser baixada na Biblioteca Digital de Dissertações e Teses da Universidade de São Paulo pelo link: www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27154/tde-03122018-144842/pt-br.php.

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