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EMEF Saturnino Pereira inaugura Cineclube Grande Otelo na Cidade Tiradentes

Sessões de cinema serão realizadas mensalmente, acompanhadas por debates

Publicado em: 10/05/2016 11h52 | Atualizado em: 30/11/2020

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Matéria produzida pela equipe de Imprensa Jovem da EMEF Saturnino Pereira – Professora Michelle e Gabriel Jeneci – 9º ano B

O dia 8 de abril foi uma data muito especial para os alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Saturnino Pereira, da Diretoria Regional de Educação (DRE) Guaianases. Naquela noite, aconteceu a 1ª Sessão do Cineclube Grande Otelo. O filme exibido na inauguração foi o premiado “Que Horas Ela Volta”, da diretora Anna Muylaert e que tem no elenco atores como Regina Casé e Camila Márdila.

Diante da obrigatoriedade da Lei 13.006, que determina a exibição de filmes de produção nacional nas escolas de Educação Básica, as professoras Michelle Bernardes, Juliana Borges e Maria Inez Sousa, que são frequentadoras assíduas de cinema, organizaram o Projeto, que inicialmente terá suas exibições na EJA (Educação de Jovens e Adultos), uma vez por mês.

Após o filme, haverá sempre um convidado que irá mediar o debate. Na primeira sessão, a escola trouxe a professora Doutora e Mestre em Ciências da  Comunicação pela Escola de Comunicações e Artes da USP, Cláudia Mogadouro, que também possui um cineclube, o Cineclube Paradiso, onde há 20 anos realiza debates com amigos. “Fiquei muito feliz por ter participado da inauguração do Cineclube Grande Otelo. Os alunos do Ensino de Jovens e Adultos adoraram o filme! O debate foi riquíssimo e emocionante!”, disse Cláudia.

A noite foi de muita expectativa, já que para participar da 1ª sessão do cineclube, os alunos se inscreveram previamente. Foram 60 alunos inscritos, e apenas sete deles não estavam presentes. “A maneira democrática como se deu a inscrição para a sessão permitiu que os alunos pudessem optar por assistir ao filme ou estar em outra aula com outro professor. Se o cinema também constitui o currículo, na nossa unidade escolar ele será uma ferramenta para que nossos alunos reflitam sobre a realidade que o cerca”, salienta a diretora da escola Rute Rodrigues dos Reis.

Repercussão – Nesse sentido, a escolha de “Que Horas Ela Volta” foi muito positiva. Os alunos e alunas ora se identificaram com a personagem Val, vivida pela atriz Regina Casé, ora se identificaram com a personagem Jéssica, interpretada pela atriz Camila Márdila, que no filme incomodava as pessoas à sua volta diante da revolta que ela tinha ao ver a mãe como empregada doméstica.

“Eu já fui babá, e senti na pele o que a Val sente no filme, o amor pelo garoto, como se fosse a mãe dele mesmo”, disse uma aluna da EJA.

“Eu acho que a Jéssica estava certíssima ao agir daquele jeito, revoltada, eu sou como ela e não teria dado mole não, mesmo a mãe dela sendo a empregada da casa”, resumiu Rosemeire, aluna do 4TC.

O aluno Gabriel Jeneci, do 9º B, cinéfilo de carteirinha, pediu para que os pais o trouxessem na escola no período da noite, pois queria muito participar desse momento. Para ele, a experiência foi emocionante. “Achei maravilhoso terem passado “Que Horas Ela Volta” como filme de estreia no nosso cineclube! E foi lindo, sabe? Ver o povo ali, se identificando e falando sobre o filme depois… Bom, é difícil achar palavras para descrever o quão incrível foi. E agora estou super ansioso para a próxima exibição e debate no cineclube Grande Otelo”, disse Gabriel. Ele será um dos alunos responsáveis pela organização do Cineclube no período da tarde, bem como pelo auxílio ao grupo de alunos na escolha dos filmes, na divulgação e nas exibições seguidas de debates.

Também estiveram presentes na inauguração o coordenador do Programa “Nas Ondas do Rádio”, da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo, Carlos Lima, e Marcelo Eduardo Lopes, formador do Núcleo Etnico-Racial, da DIPED de Guaianases.

Carlos Lima salienta a importância do Cineclube na escola como espaço para o debate de temas importantes do cotidiano do estudante que muitas vezes não ganham espaço nas aulas. Segundo o Coordenador do Núcleo de Educomunicacão, “o cinema é um excelente mediador para a discussão de temas complexos e muitas vezes discriminados na sala de aula. O Cineclube proporciona espaço para que os conteúdos sejam apreciados e discutidos a partir do ponto de vista do espectador”.

A próxima sessão já tem data marcada, dia 11 de maio, quarta-feira. Serão exibidos dois curta-metragens: “Favela: a vida na pobreza”, da diretora alemã Christa Gottmann, e “Vidas de Carolina”, de Jéssica Queiroz. A sessão contará com a mediação de Paola Prandini, fundadora da AfroeducAÇÃO.

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