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EMEF Bernardo O’higgins desenvolve projeto inovador em educação ambiental
Escola imagina transformar pessoas e ambientes escolares, ao tornar até o mínimo em espaço para educação ambiental
Publicado em: 21/11/2018 16h22 | Atualizado em: 03/02/2022A Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Bernardo O’Higgins, da Diretoria Regional de Educação (DRE) Santo Amaro, realizou na terça-feira, 25 de setembro a Ação Global pelo Desenvolvimento Sustentável.
Durante a participação da unidade escolar no dia da Ação Global pelo Desenvolvimento Sustentável, estudantes dos projetos de planejamento ambiental participativo, desenvolvido pela educadora Ana Maria Akemi de Faria, realizaram oficinas para sensibilizar estudantes dos 3º aos 5º anos que não participam do projeto para a atenção e cuidado com a natureza. Cada grupo de estudantes teve como facilitadores dois participantes do projeto.
Ao longo da ação foram realizadas oficinas de plantio, preparo de vasos em garrafas pets suspensas na parede e trançamento em macramê (tipo de linha destinada a bordados) para suspender vasos. As turmas de visitantes e participantes do projeto plantaram sementes de camomila, morango, flores, milho roxo crioulo e girassol, doados por educadoras da Unidade. O dia da Ação Global contou também com Leituraço – ação de leitura simultânea de livros de literatura.
Além das oficinas, cada turma recebida pelos monitores do projeto ganhou um passeio turístico pela horta, com apresentação das espécies cultivadas pelos estudantes e funcionários da escola, “inspirando o olhar, a curiosidade e os sentidos dos colegas para a delicadeza, perfume, formas e espécies diversas que lá vivem”, acrescenta a educadora Ana Akemi.
Os participantes do projeto prepararam todo espaço da horta para a realização das oficinas. Ao final, cada turma escreveu e desenhou na lousa as plantas semeadas.
Ao retornarem para sala de aula, foram abordadas questões da produção e manejo dos resíduos sólidos e o compartilhamento das aprendizagens adquiridas durante o dia da Ação Global.
Sobre o projeto – A ação pretende recuperar áreas externas e internas da escola, por meio do planejamento ambiental e paisagístico criado e executado pelos próprios alunos do Ensino Fundamental ao Ensino de Jovens e Adultos (EJA). Assim, a educadora responsável, Ana Akemi, com a colaboração dos professores do Ensino Fundamental I e II, imaginou contribuir para o planejamento de ações para a educação ambiental e para a convivência e interação entre pessoas. “Como o objetivo principal é trabalhar o relacionamento humano, estamos caminhando muito bem”, conta a responsável pelo projeto.
A expectativa também é de sensibilização para a importância da escolha consciente de alimentos saudáveis e para as pesquisas de possibilidades de cultivo em ambientes urbanos.
O projeto sustentável foi dividido em etapas. No primeiro momento foram feitas pesquisas, planejamentos dos cultivos, das partilhas do que será colhido, das próximas realizações dos miniprojetos e das atividades de estudos. Em seguida, as áreas de cultivo foram preparadas e os miniprojetos tiveram início com o plantio de sementes e mudas, algumas delas doadas por funcionários ou estudantes. “Nosso próximo passo agora é criar canteiros grandes, porque na verdade já temos muitas sementeira, já guardamos o material necessário para ampliar a ação” explica a educadora Ana Akemi.
A ação ecológica está organizada em diferentes frentes, conduzidas por grupos previamente formados. Cada frente do trabalho é denominada miniprojeto e têm dinâmicas, objetivos, características, regras de funcionamento e avaliações particulares e determinadas pelos membros das respectivas equipes. Assim, é trabalhado o respeito à liberdade de criação e a diversidade das turmas. A única regra comum a todos é a construção participativa e democrática das ações.
Os miniprojetos são diversificados. Estão em período de testes as hortas verticais, jardim em sala de aula e parede verde – jardim e temperos em garrafas dispostos na parede, floreiros e produção de alimentos em calhas de telhado reaproveitadas.
O grupo ainda tem muitas ideias para por em prática, mas mudanças já podem ser vistas. “Percebemos que outras crianças já não destroem os brinquedos do parquinho da escola, novas crianças estão o tempo todo pedindo para entrar no projeto e diversas aves são atraídas para escola, como pica-paus amarelos, sabiás e papagaios”, conta a estudante Tuane Mariano, de 12 anos.
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