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Casa dos Buarque de Hollanda é reaberta em São Paulo como centro de referência da Educação

Local vai funcionar como Centro de Referência e Formação da UniCEU, ligado à Coordenadoria Pedagógica da SME

Publicado em: 05/12/2016 13h37 | Atualizado em: 04/05/2021

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A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Educação, reabre nesta 2ª feira (05.12) a Casa Sérgio Buarque de Hollanda – Centro de Referência e Formação na Cidade de São Paulo, residência na rua Buri (bairro do Pacaembu) que pertenceu ao historiador Sérgio Buarque de Hollanda (1902-1982) e onde a família morou (de 1957 a 1982), antes de se mudar para o Rio de Janeiro.

A casa reabre, inicialmente, como Centro de Referência e Formação da UniCEU (Rede das Universidades nos Centros Educacionais Unificados), centros universitários instalados pelo prefeito Fernando Haddad nos 46 CEUs construídos na capital.

A cerimônia de reabertura, a partir das 19h, terá a presença do prefeito Fernando Haddad, da secretária municipal de Educação Nádia Campeão e de convidados, entre os quais intelectuais, acadêmicos e dirigentes da Educação na Capital. A reabertura terá a exibição de um vídeo sobre a casa e a família Buarque de Hollanda e uma apresentação da Banda Yadah Shabach.

UniCEU

A Prefeitura de São Paulo, na gestão Fernando Haddad e por meio da Secretaria Municipal de Educação, implantou 46 Polos de Apoio Presencial da UniCEU nos CEUs paulistanos. Destes, 18 polos foram criados em 2013; mais 14 em 2014; e outros 14 em 2016. Eles oferecem cursos de licenciatura, aperfeiçoamento, bacharelado e pós-graduação . Entre 2013 e 2015 ofereceram um total de 301 cursos, sendo 64 de aperfeiçoamentos, 187 de especializações, 40 de licenciaturas e 10 de bacharelados.

Os polos funcionam numa parceria da Secretaria Municipal de Educação da Capital paulista com o Ministério da Educação (MEC/CAPES) no âmbito do Sistema Universidade Aberta do Brasil – UAB na modalidade Educação à Distância (EaD). Em 2015, foi instituída pela Prefeitura paulistana a Rede UniCEU, voltada à implementação e multiplicação destes Polos de Apoio Presencial ampliando, assim, a oferta de cursos de educação superior na capital paulista.

História e Reforma

A ideia de transformar a residência dos Buarque de Hollanda em patrimônio público foi proposta pela primeira vez em 1992, quando o então secretário de Educação do Estado, o jornalista e escritor Fernando Morais, sugeriu fazer no local um centro de pesquisas para professores de História da rede pública.

Dez anos depois, no centenário de nascimento do historiador (11 de julho de 2002), a casa foi desapropriada e tombada como patrimônio público pela Prefeitura. O projeto foi retomado a partir de 2013, culminando na entrega da casa agora a atividades ligadas à Educação.

A casa, em estilo chalé normando, tem 450 m² e ocupa quase todo o terreno da rua Buri. De tijolo maciço, ela reabre após reforma feita pela Secretaria de Infra-Estrutura Urbana e Obras (SIURB) da Prefeitura. Os jardins da frente e do fundo foram refeitos e a obra respeitou as características originais da casa, com destaque para o célebre abacateiro do quintal dos fundos, onde repousam parte das cinzas do historiador.

Para sua reabertura, os vários cômodos do sobrado foram redecorados com painéis e quadros que contam um pouco a história da família, com destaque para desenhos, capas de discos de vinil e de CDs de um dos ilustres filhos dos Buarques de Holanda – Chico Buarque.

Raízes do Brasil

Sérgio Buarque de Hollanda foi sociólogo, historiador, crítico literário e um dos mais ativos participantes do Movimento Modernista de 1922. Foi colunista e correspondente de diversos jornais, tanto no Brasil quanto no exterior. Ele assumiu, também, diversos cargos públicos, geralmente ligados à sua atividade de catedrático na Universidade de São Paulo (USP).

Um dos mais importantes intelectuais do país, Sérgio é o autor de Raízes do Brasil, publicado pela primeira vez em 1936 e classificado como um dos mais importantes dentre os clássicos da historiografia e da sociologia brasileiras, áreas que o autor aborda em seus aspectos centrais nessa sua obra.

Desde o movimento modernista – o golpe desfechado no início da década de 20 contra a influência lusitana na nossa cultura – intelectuais brasileiros procuravam uma identidade nacional. Raízes do Brasil faz parte desse esforço.

Casado com Maria Amélia Alvim Buarque de Hollanda, a Memélia, que morreu em 2010, no Rio, pouco depois de completar 100 anos. Eles tiveram sete filhos: Heloísa Maria (a cantora Miúcha), Sérgio, Álvaro Augusto, Francisco (Chico Buarque), Maria do Carmo, Ana de Holanda (ex-ministra da Cultura) e Maria Cristina. Deixaram, também, 13 netos e 12 bisnetos.

Serviço
05/12/2016 – 19h
Reabertura da Casa dos Buarque de Hollanda como centro de referência da Educação.
Exibição de vídeo sobre a vivência da família Buarque de Hollanda na casa.
Apresentação musical da Banda Yadah Shabach.
Rua Buri, 35 – Pacaembú

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