Romy Schinzare
Educador Autor



Apócrifos do Futuro
Ed. Patuá, 2020
Apócrifos do Futuro é um livro de contos que atenua as fronteiras da Ficção Científica como gênero popular, e da respeitada tradição do conto fantástico. Trabalha entre os lugares-comuns da FC e as estruturas narrativas que subvertem o thriller e o suspense. Inclusive, oferecendo conclusões que se esquivam sutilmente do final retumbante e convidam mais à reflexão e à atmosfera psicológica do que a uma emoção superficial.
As quinze narrativas reunidas convidam a nossa leitura atenta a enxergar, nas entrelinhas, um retrato irônico da condição feminina.
A preocupação com questões sociais se abre para uma bem-vinda influência do movimento Literatura Marginal, de Ferréz – vista no conto de horror “O Chamado”. Ao mesmo tempo e de modo particularmente adequado à tônica da cultura atual.
Contos Reversos
Ed. Patuá, 2018
O livro Contos Reversos reúne quinze histórias de fantástico literário, absurdismo, e daquela narrativa de Ficção Científica ou fantasia que Roberto de Sousa Causo costuma chamar de “histórias
tipo Além da imaginação”. Nelas, o absurdo ou o fantástico entram no cotidiano de alguma pessoa ou pessoas, de modo relativamente restrito e mais com um caráter pessoal e humano. Menos épico, digamos. Nesse tipo de história há espaço também para a tão necessária franqueza na denúncia e no comentário moral.
Mandrágora
Ed. Patuá, 2017
Mandrágora nos apresenta quinze contos de temática urbana, e, por isso mesmo, violentos ou sensuais, todos com enredo, fatos acontecendo no tempo e no espaço, com exceção, talvez, do afetuoso Tatuagem Monocromática. A linguagem é clara, cristalina. Tanto assim que um leitor de cultura mediana pode viajar por todas as histórias aqui reunidas sem recorrer ao dicionário uma única vez. O idioma do livro é o mesmo das ruas, das repartições públicas, das salas de aula, da feira-livre; e as metáforas utilizadas são do tipo que tornam o leitor um cúmplice, pois é ele quem decidirá, em última análise, se as estrelas do parágrafo final de Falando Com Estrelas correspondem a um delírio da fé ou a uma licença poética, a que todos nós temos direito. Assim é também com a fantasia deliberada de O Segredo das Águas, com o semi-macabro Vermelho e até com o otimismo melancólico de Vitória.
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