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Dia Mundial da Educação: conheça a história de quatro educadores que fazem a diferença nas escolas da capital
No Dia Mundial da Educação, destacamos a atuação de servidores nas escolas municipais
Publicado em: 28/04/2023 12h15 | Atualizado em: 28/04/2023Há 23 anos, o dia 28 de abril foi instituído como o Dia Mundial da Educação. Nesta data, vamos destacar alguns profissionais que atuam em unidades educacionais municipais da cidade de São Paulo e que são peças fundamentais para garantir o atendimento com qualidade e as aprendizagens dos bebês, crianças e estudantes matriculados em nossas unidades educacionais.
Dedicação
Para começar, vamos destacar uma profissional que atua há 21 anos em um Centro de Educação Infantil (CEI), na zona leste da cidade, na Vila Progresso, como Auxiliar Técnico de Educação, a Maria Helena Cordeiro Amorim. A unidade, situada no bairro de mesmo nome, existe desde 1985 e mais da metade da sua história contou com a participação ativa de Maria Helena. Para a equipe escolar ela é peça fundamental para o resgate das memórias do CEI.
Funcionária atenta e dedicada, Helena conhece como ninguém a comunidade em que vive e trabalha – há relatos que ela tem o poder de saber o nome das 131 crianças matriculadas e também de membros das famílias. Todas as manhãs ela faz questão de recepcionar com largo sorriso no rosto e olhar atencioso os bebês e crianças do CEI. Para a equipe da gestão, a palavra que a define é Dedicação, pois sempre está disponível para atender bem e acolher qualquer pessoa que necessite.
Integração
Em outro ponto da cidade, em Santo Amaro, na zona Sul, vamos exaltar um pouco da atuação de Luiz Henrique dos Santos, um ATE que trabalha na Escola Municipal de Educação Infantil Borba Gato há três anos. Para a equipe da unidade, ele tem função importante na EMEI no que se refere ao acolhimento das famílias, principalmente aquelas com crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Luiz tem um filho com autismo que atualmente tem 30 anos e, devido a este fato, se tornou uma referência para as famílias – a unidade possui cerca de 15 crianças diagnosticadas.
Diariamente, Luiz as recepciona no portão e passa segurança para as mães ao ser muito amoroso em seu atendimento. A unidade possui um projeto chamado Comissão TEA, em que membros das famílias se reúnem para compartilhar desafios e rotinas e ele é peça fundamental por contar sobre suas experiências como pai. Mas a atuação de Luiz não se limita apenas às questões de autismo, a equipe gestora conta que ele é atuante nos projetos pedagógicos e na secretaria também. Para a gestão, uma palavra que define Luiz é Integração, pois ele consegue estar articulado com os diferentes segmentos da unidade e acredita que a escola pública é um lugar de potencialidades.
Inovação
Na zona Leste, na DRE São Mateus, fica localizada a Escola Municipal de Ensino Fundamental Paulo Duarte, é lá, que desde 2004, trabalha a Professora de Ensino Fundamental II e Médio – Ciências, Regina Maria Nara. Na Rede Municipal de Ensino ingressou no ano de 2002. Ela não mede esforços para que os estudantes sejam protagonistas em seu processo de ensino aprendizagem.
Regina é filha de uma professora que também atua em nossa rede. Para contar um pouquinho sobre seu trabalho, a equipe da escola diz que ela “tem o magistério no sangue” e é extremamente atuante. Eles também a consideram “workaholic”, pois dizem que é professora 24 horas por dia, 365 dias por ano.
Desde 2016, atua como Professora Orientadora de Educação Digital (POED) e com essa designação pode motivar um número muito maior de crianças e jovens com o “bichinho do conhecimento”. Como professora de Ciências, busca estimular nos estudantes o lado investigativo, visionário e futurista. Ela atua em diversos projetos como robótica, aluno monitor, astrofísica, entre outros.
Regina Nara está sempre pensando e desenvolvendo projetos audaciosos como o “escape room” que acontece anualmente e já teve como temáticas o halloween e a mitologia grega.
A professora mora na Vila Ema, zona Leste da cidade, não muito distante das escolas em que atuou e é reconhecida por onde passa, apesar de sua discrição. Acumulou cargo por 25 anos com a rede estadual de ensino, porém com dedicação intensa em tudo o que se propõe a fazer.
Resistência
Há dez anos, Maria Adélia Gonçalves Ruotolo é Coordenadora Geral do Centro Integrado de Educação de Jovens e Adultos (CIEJA) Paulo Emílio Vanzolini, localizado no Cambuci, região central da capital. Porém, atua há 40 anos na educação pública. Ingressou na educação municipal com o cargo de Professora de Língua Portuguesa e também já foi diretora na rede estadual.
Adélia, como costuma ser chamada, encara as novas propostas e lutas com determinação para que tudo dê certo. Foi assim com o Projeto Transcidadania, o Programa Operação Trabalho (POT) – PopRua e a participação no Grupo de Trabalho (GT) para a elaboração do Ensino Médio para os CIEJAs.
As palavras acolhimento e cuidado fazem parte da sua essência, e sempre está pensando no melhor para os estudantes e a comunidade escolar. É afetuosa com todas as pessoas e faz questão de que se sintam bem em estudar no CIEJA.
O início do Projeto Transcidadania, em 2015, foi muito marcante. Na ocasião, a estudante Valeryah Rodriguez chegou com receio de retornar ao ambiente educacional, depois de ter sofrido preconceito nas escolas que frequentou quando jovem. Então, disse para Adélia: “Estou com medo”. E a coordenadora respondeu: “Eu também estou”, abraçou a estudante e falou que tudo daria certo porque estavam juntas lutando por uma educação com qualidade social para todas as pessoas. Valeriah faleceu de Covid-19.
Adélia mora na Vila Formosa, porém faz questão de saber tudo sobre o bairro onde se localiza o CIEJA. E esta é uma região com muitos pés de Cambuci, nome homônimo do bairro. O Cambuci é tido como uma árvore de resistência da mata Atlântica. Quando recebe as pessoas na escola, faz questão de contar essa história, pois para ela e a comunidade a escola significa resistência por todo trabalho educacional realizado ao longo dos anos.
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