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Música: uma das possibilidades na busca da Educação Integral

Mais de 1.200 projetos de estímulo à prática musical são desenvolvidos na Rede Municipal de Ensino

Publicado em: 27/04/2016 14h17 | Atualizado em: 04/05/2021

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O Programa “São Paulo Integral”, criado em 2015 pela Secretaria Municipal de Educação (SME), expande o tempo diário de permanência em ambiente educativo de estudantes da Rede Municipal de Ensino (RME) e amplia as oportunidades de acesso ao aprendizado por meio das diversas linguagens, considerando os princípios e diretrizes pedagógicas da Educação Integral em tempo integral.

No município de São Paulo esta proposta já se alinha à Proposta do Ministério de Educação, ao vigente Plano Municipal de Educação de São Paulo (PME) e Programa Mais Educação São Paulo, implantado em 2013 e que possibilitou o acesso a mais de 70 mil alunos às atividades no contra turno escolar em 2014.

Em 2015 foram registradas mais de 1.200 turmas somente para o ensino de algum tipo de prática musical nas escolas municipais de São Paulo. As atividades aconteceram em mais de 235 unidades educacionais, entre Centros Educacionais Unificados (CEU), Escolas Municipais de Ensino Fundamental (EMEF), Escolas Municipais de Ensino Bilíngue para Surdos e Escolas Municipais de Educação Infantil (EMEI).

O ensino de música na prática – A EMEF Zulmira Cavalheiro Faustino, da Diretoria Regional de Educação (DRE) Campo Limpo, é um exemplo de como o trabalho com música pode dar muito certo. Lá cerca de 50 alunos foram iniciados à prática de violão pelos professores Beno Reicher e Débora Ferraz e em menos de oito meses de projeto os alunos e já foram convidados a se apresentarem em evento para cerca de 500 pessoas, no CEU Casa Blanca. Entre outras canções, a apresentação contou a conhecida “Que país é esse”, da Legião Urbana e “Pra não dizer que não falei das flores”, de Geraldo Vandré.

Assista a trechos da apresentação.

Trecho 1

Trecho 2

O Projeto da EMEF chama-se Mais Cultura e acontece semanalmente. A ação visa estimular as atividades artísticas e culturais por meio de aulas sobre notação musical, tablatura, acordes na primeira posição do violão, gêneros musicais e paisagem sonora.

O professor conta que para o planejamento das aulas é feito com o mapeamento do gosto musical e elaboração de repertório conciliando novos conhecimentos e repertório prévio dos alunos. Além dos conhecimentos musicais as aulas estimulam o exercício do trabalho em equipe, as decisões coletivas, a escuta, a comunicação com clareza de ideias, a autoconfiança e a humildade para mudar de opinião a partir de diferentes pontos de vista.

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Orquestra – Já na zona Leste da cidade, na DRE Itaquera, cerca de 70 alunos da EMEF António Duarte de Almeida estão compondo, desde junho, uma orquestra filarmônica. Com instrumentos de corda, sopro e percussão eles tem apresentado um repertório que vai do popular ao clássico. As trilhas do seriado americano Games of Thrones e do filme Piratas do Caribe já embalaram as apresentações da garotada.

Tudo começou em março de 2015 com o nascimento do Projeto Pequenas Cordas – Musicando, do Professor Daniel Albuquerque. A ação procurava suprir a demanda de ensino e prática musical clássica de cordas com violino, viola e violoncelo. Para a concretização do projeto a escola conseguiu a compra e doações de diversos instrumentos musicais.

Em junho do mesmo ano nasceu uma parceria entre o Professor Daniel com o outro professor de música da escola, Ivan Lobo, que ensina instrumentos de sopro e percussão e já é maestro da banda marcial da escola há cerca de 10 anos. Com a união das turmas, a escola pode concretizar um sonho antigo do Diretor da Unidade, Professor José Silveira, de formar uma orquestra com os alunos de música.

A regência da Orquestra é feita pelo Professor Daniel, que já possuía conhecimento e prática em regência. A escola também possui o auxílio de Alexandre Gonçalves, professor voluntário que também ajuda na regência e práticas das aulas. Com uma média de 250 alunos inscritos nos projetos musicais da unidade. As aulas contemplam estruturação musical, musicalização infantil e prática de conjunto e orquestra.

A orquestra já se apresentou nos Centros Educacionais Unificados da região, em diversos eventos festivos, e recentemente no evento Parlamento Jovem, na Câmara Municipal de Educação de São Paulo. Em 2015 ficaram entre os primeiros colocados na região no Festival Estudantil de Música

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