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Busca ativa e baixa rotatividade de profissionais são presentes em escolas da Rede Municipal com bom desempenho no Ideb 2021
EMEFs José Carlos de Figueiredo Ferraz e Amadeu Amaral bateram as metas projetadas para os anos iniciais
Publicado em: 19/10/2022 18h37 | Atualizado em: 19/10/2022
Duas escolas da Rede Municipal – EMEFs Jose Carlos de Figueiredo Ferraz e EMEF Amadeu Amaral – conseguiram bater as metas do Ideb 2021 projetadas para os anos iniciais do Ensino Fundamental, mesmo com as complicações causadas pela pandemia e necessidade das aulas remotas. O Índice de Desenvolvimento da Educação Brasileira (Ideb) 2022, divulgado pelo Inep no dia 16 de setembro, é o grande indicador de qualidade da educação brasileira.
A EMEF Jose Carlos de Figueiredo Ferraz tinha uma média projetada 6,6 e conseguiu alcançar 6,8, enquanto a EMEF Amadeu Amaral esperava alcançar 5,7 e obteve um valor surpreendente de 6,6.
O sucesso no trabalho durante o ensino remoto é fruto de um trabalho intenso realizado há anos em ambas as escolas. O resultado foi a entrada de praticamente todos os alunos alfabetizados no ciclo interdisciplinar no início do ano letivo de 2021.
Confira, abaixo, algumas ações que permitiram que as escolas conquistassem bons indicadores:
Pandemia: Tecnologias e busca ativa
Os professores e agentes escolares das duas EMEFs fizeram um trabalho que aliava a tecnologia ao ensino de qualidade no ano de 2020 e em parte de 2021. Durante a pandemia e com as aulas todas remotas, os principais desafios eram manter o aluno focado e combater a evasão escolar.
Os professores perceberam que lives interativas eram essenciais para manter os alunos dos anos iniciais do ensino fundamental centrados. No começo de 2021, quando o ensino presencial passou por um período de “rodízio”, que parte dos alunos tinham aulas presenciais e parte em aulas remotas, os professores decidiram realizar aulas simultâneas.
Os professores conseguiam interagir com os alunos que estavam em casa, eles se sentiam presentes, mesmo estando longe” afirma a diretora da EMEF Jose Carlos de Figueiredo Ferraz, Carla Bertolini.
Outro foco durante a pandemia foi a busca ativa e contato frequente com os pais. “Os pais estavam sempre cientes do que era passado para o filho e quando as tarefas eram entregues com atraso, nós tentamos entrar em contato com o responsável o quanto antes.” Aponta a coordenadora pedagógica da EMEF Amadeu Amaral, Marta Catalani.
Além disso, também existiu um trabalho de ajuda com as novas tecnologias e os pais e responsáveis foram auxiliados em como utilizar as plataformas de ensino remoto.
Apoio da DRE e SME
O apoio da SME foi um ponto de destaque para ambas as escolas nos últimos anos, seja por uma presença da Diretoria Regional com visitas do NAAPA – , ou pela própria secretaria, com o Programa de Transferência de Recursos Financeiros e o envio de materiais pedagógicos.
A SME, por meio da Coordenadoria Pedagógica, enviou para os estudantes, durante a pandemia, a coleção “Trilhas de Aprendizagem – Volume 1 e 2”. Durante a retomada das aulas presenciais, a SME também disponibilizou uma coleção com 12 cadernos de Priorização Curricular no Currículo da Cidade com o objetivo de auxiliar na retomada das aulas presenciais. Confira os cadernos.
Baixa rotatividade
A baixa rotatividade dos profissionais foi um ponto central que influenciou a qualidade do ensino nestas unidades. A maior parte dos professores das escolas citadas estão na unidade há pelo menos 5 anos.
A presença de profissionais experientes permite que práticas presentes em toda a rede, como o foco na alfabetização até o terceiro ano do ensino fundamental e as atividades de recuperação paralela, possam ser feitas de uma forma mais eficiente.
O professor Caio Marques Fernandes, foi aluno na EMEF Amadeu Amaral, e a mais de 10 anos leciona na unidade que passou a infância. Para ele, a presença de um rosto familiar para os alunos é algo essencial para o aprendizado. “O aluno cria um vínculo com o professor e o espaço da escola, desta maneira nós conseguimos trabalhar melhor com o currículo da cidade. O professor que faz questão de ficar cria uma visão de pertencimento por parte dos estudantes, que veem no ambiente escolar como parte importante na comunidade”, afirma.
A SME instituiu, em agosto deste ano, uma gratificação de até R $1.500 para escolas com rotatividade elevada. A ideia é garantir o vínculo dos profissionais com a escola.
O trabalho nas EMEFs se estende ao ambiente tradicional das salas de aula e compõe uma ampla gama de atividades, que incluem Aulas de libras, Aulas de música, Clube de leitura, Fortalecimento das aprendizagens, Grêmio Estudantil, Hortas pedagógicas, Orientação de Estudos de Matemática e Robótica Criativa.
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