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Festival de Cinema Acessível Kids será exibido nos CEUs
Filmes contam com audiodescrição, Libras e legendas descritivas; evento foi selecionado pelo ‘Criança Esperança’, tem apoio da SME e chancela da Unesco
Publicado em: 30/05/2022 17h00 | Atualizado em: 30/05/2022São Paulo será a primeira cidade do País a receber o inovador “Festival de Cinema Acessível Kids – a serviço da inclusão educacional”, que recentemente foi aprovado para a 36ª edição do “Criança Esperança”. O projeto, que conta com o selo da Unesco e apoio da Secretaria Municipal de Educação, aproxima da sétima arte as crianças com deficiência visual, deficiência auditiva e com deficiência intelectual, e mostra como educação, cultura, tecnologia e solidariedade podem ser agentes de transformação e inclusão social.
Em São Paulo, o projeto acontecerá no clube “A Hebraica” (rua Hungria 1.000, Teatro Arthur Rubinstein), nos dias 6 e 7 de junho. No primeiro dia, ocorre uma oficina para educadores com a participação de 20 gestores da SME. No segundo dia, é a vez da exibição do filme “Malévola”, às 9h e às 14h, com audiodescrição, Libras e legendas descritivas. A entrada é franca, mas é preciso fazer a inscrição pelo e-mail contato@maiscrianca.org.br.
No dia 8 de junho, o projeto vai, com o apoio da SME, às 10h ao CEU São Rafael, à rua Cinira Polônio, 100, Conjunto Promorar Rio Claro; e às 15h30 no CEU Meninos, à rua Barbinos, 111, no bairro de São João Climaco. Em ambos os locais, será exibidos “Malévola.”
Além de São Paulo, o Festival de Cinema Acessível Kids estará este ano em Natal (de 8 a 10 de agosto), Brasília e Campo Grande (em datas ainda indefinidas).
Sobre o evento
O “Festival de Cinema Acessível Kids – a serviço da inclusão educacional”, conta com o apoio da Bem Promotora e da Total Seguros, e em São Paulo SEDPCD (Secretaria de Estado de Direitos da Pessoa com Deficiência), da Secretaria de Cultura de São Paulo, da Secretaria Municipal da Educação, do Grupo Chaverim, do Clube “A Hebraica” de São Paulo e do Studio Z.
O evento é um projeto de inclusão social de crianças e adolescentes com deficiência, nas áreas de educação, cultura e lazer, que se apoia em duas grandes ações: capacitação de professores para a inclusão social e o Festival de Cinema Acessível Kids (com acesso universal).
Até hoje, em suas versões adulto e infantil, o Festival de Cinema Acessível foi assistido por cerca de 15 mil pessoas, em 34 cidades.
O Festival de Cinema Acessível Kids traz como diferencial a adaptação de obras cinematográficas infanto-juvenis, mas que fazem sucesso com a família toda. Oferece conteúdo acessível de qualidade para uma parcela da população privada do direito de ter acesso à magia do cinema. As ações de inclusão cultural para o público das pessoas com deficiência são raras e, quando existem, invariavelmente assistencialistas.
As obras do Festival contam com os recursos de audiodescrição, legendas descritivas e Língua Brasileira de Sinais. A audiodescrição permite ao público com deficiência visual (pessoas cegas ou com baixa visão) ter acesso aos filmes através da descrição dos elementos visuais da obra.
As legendas e a janela de Libras trazem acessibilidade ao público com deficiência auditiva. Além dos filmes acessíveis, o Festival promove uma recepção acolhedora do público, para que todos se sintam bem e possam aprender uns com os outros a partir das sessões de cinema.
Criança Esperança
No Criança Esperança está previsto, no âmbito educacional do projeto, a formação de educadores inclusivos. O projeto tem como foco desencadear um processo de inclusão educacional e social das crianças, adolescentes e jovens com deficiência; LGBTs e com HIV/AIDS, tendo em vista a grande evasão causada pela pandemia.
Para valorizar a educação e lutar contra a evasão escolar, o projeto busca atuar de forma mobilizadora e fortalecer os vínculos de alunos e professores, através de atividades lúcidas que despertem o interessante de crianças e jovens no convívio entre os diferentes. “Decidimos inserir o Festival de Cinema Acessível Kids a serviço da educação, alicerçado em duas grandes ações: a capacitação de professores das escolas públicas em inclusão social, em oficinas de seis horas, para grupos de até 25 professores; e a exibição de filmes acessíveis com um debate após a sessão”, conta a coordenadora da técnica do projeto, Cintia Bonder, mestre e doutora em Serviço Social e vice-presidente a OSC (Organização da Sociedade Civil) Mais Criança.
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