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SME presta homenagem a professores premiados

Educadores ganhadores da edição 2016 dos Prêmios "Professor em Destaque" e "Professor Emérito de São Paulo" são homenageados.

Publicado em: 05/12/2016 13h38 | Atualizado em: 04/05/2021


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A Secretaria Municipal de Educação da cidade de São Paulo homenageou na noite do dia 25 de novembro os educadores selecionados na edição 2016 dos Prêmios “Professor em Destaque” e “Professor Emérito de São Paulo”. A cerimônia reconhece projetos educacionais desenvolvidos nas Escolas da Rede Municipal de Ensino.

O evento aconteceu na sede da Academia Paulista de Letras, no centro da capital. Estavam presentes educadores das 13 Diretorias Regionais de Educação (DRE), alunos e familiares dos premiados. Seguida da coordenadora de Educação Integral e Centros Educacionais Unificados (CEU), Maria Cecilia Carlini, e da Coordenadora da Coordenação Pedagógica, Ana Lucia Sanchez, a Secretária Municipal de Educação Adjunta, Fátima Antonio, saudou os premiados.

“Eu acho que a autoria e protagonismos estão muito bem representados nos trabalhos de vocês, pois há escuta e protagonismo. E o fato de estarem aqui, hoje, de apresentarem o trabalho de vocês, dar visibilidade a esses projetos nós só podemos agradecer. Porque vocês são inspiradores para muitos de educadores de nossa rede que olhando para estas experiências podem criar e recriar experiências. Para mim, é um orgulho e uma honra fazer parte da Rede Municipal de Ensino da cidade de São Paulo”, festeja a Secretária Adjunta.

Representatividade – Leno Ricardo foi premiado com o primeiro lugar na categoria Professor em Destaque. Ele é paraense e há sete anos atua como professor de Artes na Prefeitura de São Paulo, todos eles na Escola Municipal de Ensino Fundamental EMEF José de Alcântara Machado Filho, da DRE Butantã. O projeto que apresentou se chama “Eu venho do mundo: Raízes Pankarau” e foi desenvolvido em 2015 com alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA).

O professor conta que a escola em que trabalha está situada no subdistrito do Morumbi, no bairro Real Parque, no qual existe a comunidade indígena Pankararu. Em suas aulas de Artes Leno motivou seus alunos, muitos descendentes da aldeia, a resgatarem suas culturas tradicionais. A ação resultou no fortalecimento de politicas afirmativas para a população indígena que vive em contexto urbano na cidade de São Paulo. Confira mais detalhes clicando aqui.

Ativista das causas indígenas, LGBTQI e afro religioso, Leno compareceu ao evento com vestimentas que caracterizam a sua luta diária. Usou um cocar que simboliza os povos indígenas, um traje branco e acessórios utilizados em ritual afro religioso, salto alto, turbante, unhas postiças e maquiagem para demonstrar a resistência da comunidade LGBTQIA, a qual faz parte. “Foi uma maneira de que encontrei para quebrar paradigmas sociais, dar voz à resistência da diversidade dos movimentos sociais e minorias das quais eu faço parte, foi um ato político/pedagógico de empoderamento”, completa o professor que também foi ganhador no XVII Prêmio Arte na Escola Cidadã, além de finalista no Prêmio Territórios Educativos.

Premiado em segundo lugar com o Projeto “Cartões Postais”, Renato Fagundes, Professor de Educação Infantil e Ensino Fundamental I na CEU EMEF José Saramago, disse que o principal objetivo do projeto é arrebentar os muros da escola e mostrar aos estudantes que eles são cidadãos do mundo. Que pudessem ampliar seus sonhos e olhares para além da sala de aula, dos muros da escola e de suas casas, do bairro que residem, da cidade que moram e mal conhecem. Saiba mais clicando aqui.

Renato também foi à premiação com roupas e acessórios africanos e justificou: “apresentar-me daquela maneira é uma questão política para marcar nossa presença na sociedade onde os grupos a que pertenço são minorias e marginais. Quando ganhamos um prêmio temos que dar um grito de resistência, dizendo para todos que nos existimos, respeitamos a todos e exigimos respeito. Sou homossexual. Sou nascido, criado, morador e trabalhador no Capão Redondo. Sou obeso. Sou professor e é meu dever ensinar não somente meus estudantes em sala de aula, devo fazer da minha existência um ato pedagógico”, concluiu.

Com o projeto “Sou Indígena” Roseli Santos Mariano de Oliveira, Professora de Educação Infantil e Ensino Fundamental I da Escola Municipal de Educação Infantil (EMEI) Profª Laura da Conceição Pereira Quintaes, da DRE São Miguel Paulista, conquistou o terceiro lugar. Para ela foi um trabalho que falou muito sobre a identidade de cada um dentro da escola, além de desmistificar alguns mitos e fazer os alunos entenderem que os índios existem e que há diversidade de pessoas.

Em quarto lugar ficou Marcos Renato Cezar, Professor de Educação Física para o Ensino Fundamental II e Médio, na EMEF Aldina Anália Agostinha Taddeo Conde, da DRE Capela do Socorro. O projeto em destaque foi “Alunos e Comunidade cuidando da escola: xadrez criando protagonistas”. O educador conta que o projeto de xadrez foi o primeiro a ser desenvolvido na unidade no contraturno e que em pouco tempo foi largamente ampliado. Hoje cerca de 400 crianças e adolescentes, dos 750 alunos matriculados na escola praticam o jogo de tabuleiro. Para o professor, a prática deste esporte tem beneficiado na convivência e no comportamento dos alunos.

Lilian Silva de Souza, Professora de Educação Infantil e Ensino Fundamental I na EMEI Abelardo Galdino Pinto – Piolin, da DRE Freguesia/Brasilândia, ficou em 5º lugar com o projeto “Aventureiros no mundo do Tatu Bolinha”. A professora pesquisou com os alunos sobre o inseto de jardim e diz que a principal conquista com o seu trabalho foi a mudança de comportamento dos alunos sobre o conhecimento. Para ela conseguir plantar a sementinha da dúvida, envolvida no contexto de busca, foi uma vitória. “Encontrar na dúvida o caminho do conhecimento foi a maior conquista”, comemora a educadora.


Receberam menção honrosa para o “Prêmio Professor Emérito de São Paulo – 2016”, as professoras Carmen Lúcia da Silva, do CEU CEI Dirce Migliaccio (DRE Itaquera), Patrícia Cerqueira dos Santos, da EMEF Professor Jorge Americano (DRE Campo Limpo) e Terezinha Maria da Silva Navarro, da EMEI Batista Cepelos (DRE Ipiranga).

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