Notícias
Empoderamento feminino na EJA
Trabalho interdisciplinar realizado na EMEF Zilka Salaberry de Carvalho evidencia o poder emancipador da Educação
Publicado em: 25/03/2019 12h59 | Atualizado em: 04/05/2021Na zona norte de São Paulo, no bairro Jardim Peri, estudantes que cursam a Educação de Jovens e Adultos (EJA) na Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Zilka Salaberry de Carvalho, da Diretoria Regional de Educação (DRE) Freguesia/Brasilândia, são estimulados a pensar sobre o papel da mulher e seu poder na sociedade. Atividades e discussões são realizadas durante todo o ano letivo, de forma interdisciplinar, nas aulas regulares das turmas de 1ª e 2ª etapa, que equivalem à alfabetização.
Com uma turma heterogênea no que diz respeito à faixa etária, orientação sexual, cultura e aprendizagens, a Professora de Educação Infantil e Ensino Fundamental I, Paula Angélica Pimentel Prado, diz não encontrar “histórias de fracasso” quando pensa nas experiências pedagógicas já construídas por seus estudantes. Em sua turma, há adultos que nunca frequentaram uma unidade escolar e que, hoje, orgulham-se de estarem sendo alfabetizados. “Alguns nem conheciam as letras do alfabeto!”, enfatiza a professora.
Paula conta que a temática do empoderamento feminino é uma constante em seu trabalho, pois sabe quantas barreiras são rompidas para que, sobretudo, as mulheres tomem a iniciativa de fazer a matrícula na EJA. “Sair de casa à noite e distanciar-se da família e do esposo para estudar é sempre uma atitude que exige muita força da mulher, devido à cultura machista que ainda está impregnada na sociedade. Acredito que seja um dever tratar diariamente de temas que as façam se sentirem mais seguras e certas de que estão no caminho certo”, conta a professora.
“Nesta semana, por exemplo, uma aluna nossa, com mais de sessenta anos e que está frequentando a escola pela primeira vez, me disse que foi ao cartório assinar um documento com a cabeça erguida, pois não precisou que ninguém escrevesse seu nome para que ela copiasse. Ela conseguiu fazer a escrita sem apoio pela primeira vez na vida! Lembrar que ela chegou, em fevereiro, sem reconhecer o alfabeto e sem saber o nome, e ouvir esse relato, me emociona! Ela também me disse que o filho lhe enviou uma mensagem escrita pelo aplicativo de conversas e ela conseguiu ler, deixando ambos orgulhosos – e a mim também, lógico!”, comemora a alfabetizadora.
De forma interdisciplinar, a professora – que é polivalente e leciona Língua Portuguesa, Matemática, Geografia, História, Ciências e Artes durante todos os dias da semana – também fala sobre os tipos de violência doméstica, igualdade de direitos, questões de gênero e estimula a desconstrução da cultura machista, sempre contextualizando com os conteúdos dos diversos componentes curriculares.
Notícias Mais Recentes
Secretaria Municipal de Educação
Prêmio Educador em Destaque 2024 acontece nesta sexta-feira (29)
Secretaria Municipal de Educação
VII Festival Municipal de Mancala Awelé e Africanidades vai reunir mais de 1200 estudantes
Secretaria Municipal de Educação
Vagas remanescentes para o VII Congresso Municipal de Educação
Secretaria Municipal de Educação
IV Expo Internacional Dia da Consciência Negra vai contar com programação em educação antirracista
Secretaria Municipal de Educação
Prefeitura de SP realiza cerimônia de entronização do CEI Dandara dos Palmares
Secretaria Municipal de Educação
Renovação dos contratos de professores temporários
Relacionadas
Espetáculo “Cidade” do grupo OMSTRAB no CEU Inácio Monteiro
Publicado em: 20/01/2016 4h00 - em Diretoria Regional de Educação Guaianases
Assinatura do Acordo de Cooperação com a Associação dos Professores de Francês
Publicado em: 20/01/2016 3h45 - em Secretaria Municipal de Educação
Recreio nas Férias nos CEUs da DRE Ipiranga
Publicado em: 20/01/2016 2h36 - em CEU e COCEU
Workshop de dança no CEU Inácio Monteiro
Publicado em: 20/01/2016 2h12 - em CEU e COCEU
CEUs recebem palestras e peças teatrais sobre o Aedes aegypti
Publicado em: 20/01/2016 11h53 - em CEU e COCEU