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Robótica com sucata, promovendo a sustentabilidade

Projeto está entre os cinco finalistas do Prêmio Professor Destaque - 2018

Publicado em: 11/10/2018 19h09 | Atualizado em: 30/11/2020

Tecnologia a favor da aprendizagem e comprometimento com o meio ambiente. Este é o lema da Professora de Tecnologias para a Aprendizagem Debora Garofalo, da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Almirante Ary Parreiras, da Diretoria Regional de Educação (DRE) Santo Amaro. Ela está entre os cinco educadores finalistas do Prêmio Professor Destaque na edição de 2018.

Em seu projeto, os estudantes do 1º ao 9º ano do Ensino Fundamental constroem protótipos móveis utilizando sucatas coletadas na própria comunidade. O trabalho envolve questões sobre o descarte consciente, a sustentabilidade e conhecimentos sobre programação.

Robótica é uma das propostas que Débora assumiu desde o início de seu trabalho como Professora Orientadora de Informática Educativa (POIE) há três anos. “Eu sempre acreditei que a robótica era transformadora, assim como a Educação, e que essas crianças precisam ter as mesmas oportunidades que os outros têm. Então, por meio do reconhecimento da comunidade, que é muito carente e tem muito problema com a questão do lixo, e através de aulas públicas, nós passamos a ter um olhar diferenciado, trazendo este material para dentro da sala de aula e o transformando em protótipos”, enfatiza a professora.

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Sua escola está localizada no bairro Jardim Leonor, na periferia da zona sul de São Paulo. Por meio do projeto, cerca de 700 quilos de materiais recicláveis já foram retirados do entorno e transformados em protótipos. O trabalho integra várias áreas do conhecimento, como tecnologia, língua portuguesa ciências, geografia e matemática.

O primeiro protótipo construído juntamente com os estudantes foi um carrinho feito com rolo de papelão e movido a balão de ar. A experiência trabalha com a terceira Lei de Newton, o princípio da ação e reação. A professora conta que a experiência encantou os estudantes de todas as turmas e que teve que ser repetida por diversas vezes.

“Eles não só aprendem robótica. Eles aprendem a intervir em sua sociedade, a reciclar, reutilizar e reduzir os materiais”, comenta a educadora. Ela acredita que o projeto aumentou a autoestima dos estudantes, os tornou mais protagonistas das aprendizagens e agentes ativos no bairro. Os estudantes envolvidos no projeto também oferecem oficinas para pessoas da comunidade que se interessem pelo assunto.

Sobre a professora – Débora tem formação em Letras e Pedagogia e há 13 anos trabalha como professora. Há quatro anos leciona na EMEF Almirante Ary Parreiras e há três está à frente das aulas de Tecnologias para a Aprendizagem. Cerca de 700 estudantes do 1º ao 9º ano do Ensino Fundamental possuem aula com ela semanalmente.

Seu projeto já foi vencedor em iniciativas como o V Prêmio Municipal de Educação em Direitos Humanos, da Prefeitura de São Paulo, finalista do Desafio MIT 2018, destaque no Prêmio Professores do Brasil e na 23º edição do Prêmio Claudia – categoria Politicas Públicas e reconhecido pela Associação Comercial do Estado de São Paulo.

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