Notícias

Identidade Negra na EMEF Mailson Delane

Sessões de fotos visam a valorização da identidade negra por meio dos cabelos crespos e cacheados

Publicado em: 06/07/2017 17h54 | Atualizado em: 30/11/2020

Identidade_Negra_EMEF_Mailson_Delane_740_x_430.jpg
Estudantes posam para fotos que visam a valorização da identidade negra. (Foto de Wendel Requião)

Matéria produzida pela equipe de Imprensa Jovem da EMEF Mailson Delane

“Somos todos iguais”, disse o estudante Gabriel Nascimento. Para desenvolver o respeito entre todos os estudantes, a Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Mailson Delane está desenvolvendo o projeto “Eu tenho a África em Mim”. Ajudar estudantes na construção de sua própria identidade é uma das metas do projeto, por isso, os estudantes do projeto Imprensa Jovem e a professora Luciana Chagas resolveram promover sessões de fotos que visam a valorização da identidade negra através dos cabelos crespos e cacheados.

Após a sessão de fotos, os estudantes do Imprensa Jovem realizaram a edição das imagens para a produção de material publicitário destinado às redes sociais. “Para a mulher, o cabelo é uma marca da sua identidade. Cada vez mais mulheres negras trocam a química por seus fios naturais”, disse a professora Luciana Chagas, responsável pelo projeto Imprensa Jovem. Por isso, não poderíamos deixar esse tema de fora das rodas de conversa e debates do projeto.

Identidade_Negra_EMEF_Mailson_Delane_2_740_x_430.jpg
Mayara Hapuque sempre usou seu cabelo trançado. Deixou as tranças e investiu na hidratação dos fios. (Foto de Wendel Requião)

“Quando vi meus cabelos soltos depois da hidratação me senti mais bonita”, disse Mayara Hapuque. A estudante do 7º ano é filha de cabeleireira, sempre usou seus cabelos trançados, incentivada pela mãe. Porém, ela resolveu tirar as tranças e usar os fios naturais. Contudo, Mayara relata que por vezes ainda sofre com comentários racistas sobre seu cabelo.

O projeto “Eu tenho a África em mim” é um desdobramento do projeto político-pedagógico da escola, que surgiu a partir do olhar dos professores sobre questões ligadas à identidade negra, ao racismo, falta de representatividade, preconceito presente na fala de estudantes. “Muitas meninas e meninos afrodescendentes não conseguem se reconhecer enquanto pessoas negras, por isso, percebemos a necessidade de discutir esse tema”, disse a coordenadora Elis Regina.

O objetivo geral do projeto é resgatar a origem da espécie humana que se dá na África e a formação dos povos, ou seja, levar o corpo docente e discente a reconhecer a África enquanto berço da humanidade e, assim, fortalecer as relações humanas, o respeito às diferenças, a busca pela tolerância e por uma cultura de paz.

Clique aqui e veja a galeria de fotos

Equipe: Mariana Felix, Ingrid Lima, Richard Paulino, Wendel Requião, Alex Sander Vieira, Mayara Hapuque, Raquel Costa, Rayane Almeida, Davi Rodrigues, Gabriel Nascimento, Rodrigo Henrique Cruz, Ana Caroline Máximo, Taina Rodrigues, Beatriz Silva, Ingrid Varela

Notícias Mais Recentes

Relacionadas

Fotografia de uma garota fazendo leitura de um livro em uma sala de leitura

Secretaria Municipal de Educação abre edital para compra de livros literários

Publicado em: 09/11/2023 12h41 - em Sala e Espaço de Leitura

Imagem com árvores ao fundo e em primeiro plano uma mulher abraçando um homem, os dois estão sorrindo.
Fotografia de um bebê e uma professora.

Prefeitura de SP abre concurso para 924 vagas na Educação Municipal

Publicado em: 08/11/2023 12h09 - em Secretaria Municipal de Educação

Imagem com fundo verde com uma menina sorrindo com a mão no queixo e olhando para o lado, está escrito
Três conjuntos de mobiliários reformados

Programa garante reforma de 14 mil mesas e cadeiras das escolas municipais

Publicado em: 07/11/2023 3h02 - em Secretaria Municipal de Educação

1 80 81 82 83 84 1.479