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Grêmios estudantis são eleitos em mais 500 escolas da Rede Municipal

Algumas unidades utilizaram urnas eletrônicas; gremistas têm R$ 5 mil para implementar projetos de melhoria nas escolas

Publicado em: 04/05/2023 16h14 | Atualizado em: 04/05/2023
Fotografia de um auditório com crianças sentadas viradas para o palco. no palco três adultos, uma mesa com cinco cadeiras e três banners sobre justiça eleitoral.

Mais de 500 escolas da Rede Municipal de São Paulo elegeram seus grêmios estudantis nas últimas semanas. Em uma parceria com a Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo, algumas delas, como as EMEFs Tereza Setuko Koshimae Hatori, Jardim Fontalis e Ministro Aníbal Freire, utilizaram urnas eletrônicas para a votação.

Agora com as chapas eleitas, os representantes vão colocar em prática as propostas de campanha. Para isso, poderão contar com o valor de R$ 5 mil do Programa de Transferência de Recursos Financeiros (PTRF), destinados exclusivamente às ações do grêmio.

A proposta é que os integrantes dialoguem com os colegas, professores e equipe gestora, para definir a melhor forma de utilizar o dinheiro. Em 2022, os valores foram utilizados para compra de equipamentos de lazer, pinturas em portas e salas de aula, excursões e visitas técnicas e aquisição de equipamentos de gravação para o Imprensa Jovem

As campanhas aconteceram até o final do mês de abril e as chapas que concorreram fizeram ações para reunir a maior quantidade de votos. Cartazes foram colocados nos muros de escolas, visitas foram feitas em salas e debates foram promovidos.

Urnas eletrônicas

Sala com estantes de livros ao fundo preparada para a votação do Grêmio Estudantil com urna eletrônica da Justiça Eleitoral.

A SME, por meio de uma parceria com o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo, conseguiu implementar as eleições com urnas eletrônicas em 3 unidades da rede. Mais de 1500 estudantes das EMEFs Tereza Setuko Koshimae Hatori, Jardim Fontalis e Ministro Aníbal Freire puderam ir até as urnas e ter a chance de exercer a democracia de uma forma única.

A participação dos estudantes foi além de simplesmente votar, eles puderam atuar como mesários, anotando todos que votaram. “Eles perceberam a importância do voto e das propostas de melhorias no espaço escolar, esse é um passo importante para quando tiverem nas urnas votando daqui alguns anos”, explicou a professora Patricia Melo, responsável pelos grêmios na EMEF Tereza Setuko Koshimae Hatori.

A chapa 81, ainda na EMEF Tereza Setuko, foi reeleita este ano e utilizou o valor do PTRF para promover festas e auxiliar na reforma das salas. A proposta agora é tentar implementar projetos para alunos com autismo, criar uma turma de teatro e promover palestras com o foco no combate ao racismo e bullying. “Bullying é um assunto que acontece em muitas escolas e precisamos conscientizar os estudantes para minimizar essa prática”, afirmou a presidente do grêmio, Vitória Veiga.

Cidadania e informação

Crianças posando para a foto com seus títulos de eleitores em mãos.

O processo nas outras 576 unidades, apesar de não contar com urnas eletrônicas, também foi um exercício democrático e formativo. Na EMEF Silvio Fleming, por exemplo, o diretor Fernando acompanhou os estudantes em visitas às salas de aulas nas campanhas das chapas. “O exercício democrático é importante porque é um processo formativo, ter a vivência de uma eleição, com regras, campanhas, chapas é uma troca de experiências fundamental”, apontou.

O grêmio da EMEF Prof Laerte criou um jornal próprio para exibir as ações do grêmio e expôs no refeitório. As ações incluem um levantamento com as salas para agrupar as sugestões da escola inteira. Uma pesquisa musical também foi feita e eles descobriram as músicas que os estudantes mais gostavam e agruparam para reproduzir durante o intervalo.

A chapa Fênix, da EMEF Celso Leite Ribeiro Filho, se elegeu com a campanha de promover melhorias na limpeza nos ambientes escolares com a contribuição dos alunos, além de promover mais meios de entretenimento, aulas com brincadeiras, saídas de campo, entre outros. A turma propôs também campanhas mensais contra o bullying e preconceito.

 

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