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Estudantes constroem prancha para prática de stand up padle usando material reciclável
Iniciativa está de acordo com o Currículo da Cidade ao proporcionar a prática de esporte de aventura aquática
Publicado em: 12/12/2019 12h16 | Atualizado em: 06/08/2021A Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) João Domingues Sampaio proporciona aos estudantes o contato com esportes de aventura aquática. De forma coletiva os professores ensinaram como fazer uma prancha de stand up paddle – um tipo de surf com remo – usando material reciclável e a prática tem acontecido na piscina do Clube Escola Thomaz Mazzoni, que fica na Vila Maria, mesmo bairro da escola.
Iniciativa idealizada pela professora de Educação Física Robéria Luci teve total apoio dos demais professores da disciplina, Alessandra Almeida Vaz e Daniel Felipe Santos, além da equipe de gestão da escola. O trabalho com esportes de aventura aquática está previsto no Currículo da Cidade de São Paulo – Educação Física para os estudantes que cursam o 5º ano.
A professora conta que trabalhou de forma teórica com o tema dos esportes aquáticos mostrando vídeos e imagens de rafting, surf, boia cross e que a possibilidade de praticarem o Stand Up Paddle surgiu ao conhecerem um trabalho de educação ambiental que já existe em Santa Catarina, com ecopranchas. A partir daí, foi proposto aos estudantes uma pesquisa mais aprofundada sobre esporte e o recolhimento dos materiais recicláveis.
O processo de confecção da ecoprancha durou cerca dois meses. Além das 93 garrafas pets recolhidas, foi necessário CDs velhos para fazer as quilhas da estrutura, cola de poliuretano para fixar uma garrafa à outra, gelo seco para deixar as garrafas rígidas e EVA para fazer uma base antiderrapante.
A experiência ocorreu com as turmas dos quintos anos e com estudantes que fazem parte do Programa São Paulo Integral. A ideia inicial era utilizar a prancha primeiramente no solo, apoiada em rodas e só depois fazer o teste na piscina. No entanto, com a proximidade do final do ano letivo, o primeiro teste ocorreu na piscina.
“No início não sabíamos se a prancha daria certo, se iria boiar mesmo. Mas a animação e confiança dos estudantes foram enormes e tudo valeu a pena. É muito gratificante conseguir proporcionar a eles a prática de um esporte que ainda é muito elitizado e praticado apenas em praias ou rios”, comemora Robéria, que diz pretender continuar o trabalho no próximo ano.
“A equipe de professores de Educação Física da EMEF é muito criativa e colaborativa. Eles trabalham construindo ideias e coisas bem diferentes das convencionais, sempre juntos. São projetos inovadores. De repente, você passa no pátio e está acontecendo uma roda de capoeira. No outro dia, chegam mais cedo pra montar um circuito de brincadeiras de diferentes países do mundo. Cada semana, uma aventura nova. Se eu me divirto muito com eles, imagina as crianças!?”, ressalta a Coordenadora Pedagógica da unidade, Elisangela Janoni.
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