Escolas da DRE Capela do Socorro partilham experiências de robótica e educomunicação
Estudantes da EMEF Florestan Fernandes fazem cobertura da 13ª Mostra Cultural da EMEF Professor Ayrton Oliveira Sampaio.
Publicado em: 16/11/2015 16h47 | Atualizado em: 30/11/2020
Estudante Cínthia Pereira e professor Davi Aguiar dão entrevistas aos jovens repórter da EMEF Florestan Fernandes.
Por Equipe do Imprensa Jovem da EMEF Florestan Fernandes.
O protagonismo das crianças e jovens repórteres do projeto Imprensa Jovem tem ajudado a aumentar o intercâmbio de conhecimentos e experiências entre escolas da Rede Municipal de Ensino de São Paulo. Um exemplo emblemático foi a cobertura educomunicativa feita pelos estudantes da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Florestan Fernandes da 13ª Mostra Cultural da EMEF Professor Ayrton Oliveira Sampaio, na qual os alunos da Florestan puderam mostrar e contar sobre o trabalho com a agência de notícias e os da Ayrton exibiram e partilharam os frutos do projeto pioneiro de robótica que desenvolvem.
O convite para a cobertura foi um desdobramento do curso Educomunicação Socioambiental na Escola, oferecido pelo programa Nas Ondas do Rádio na Diretoria Regional de Educação (DRE) Capela do Socorro nas férias de julho. A coordenadora pedagógica da EMEF Professor Ayrton Oliveira Sampaio, Michele Vidal Arias, participou da formação e, então, convidou a formadora Thaís Brianezi para dar uma oficina sobre sustentabilidade na reunião de Jornada Especial Integral de Formação (JEIF) em sua escola.
A oficina aconteceu no dia 10 de agosto de 2015 e contou com a participação de 30 professores e com a presença também da responsável pela Informática Educativa na DRE Capela do Socorro, Maria Teresa Fueyo. Na ocasião, ela e a formadora Thaís viram de perto o projeto de robótica e a preparação para a 13ª Mostra Cultural, que aconteceria no dia 19 de Setembro e cujo tema seria justamente sustentabilidade.
“Participar desse tipo de atividade é saber fazer parte de um todo. Ninguém é nada sozinho”, avaliou Maria Teresa. “Quando queremos fazer algo importante, que nos traga orgulho é fundamental fazer em equipe, cada um contribuindo com suas competências e habilidades. Depender do outro pressupõe comprometimento, confiança, tolerância e companheirismo, pois todos serão responsáveis pelas falhas e pelo sucesso. O trabalho em equipe deixa todos mais fortes”, completou a gestora da Informática Educativa na DRE Capela do Socorro.
Sustentabilidade foi o tema da 13ª Mostra Cultura da EMEF Prof. Ayrton Oliveira Sampaio.
Surgiu, então, o desejo de promover o intercâmbio entre as escolas, convidando a equipe de Imprensa Jovem da EMEF Florestan Fernandes para cobrir o evento. A ideia foi prontamente acolhida pela professora Helena Moreira, que orienta a agência jovem de notícias na EMEF Florestan. E também contou com o apoio imediato da diretoria da Divisão de Orientação Técnico Pedagógica (DOT-P) da DRE Capela do Socorro, Karoline Campos, que acompanhou a cobertura e viabilizou o transporte dos estudantes.
No vídeo abaixo é possível ver algumas entrevistas realizadas pelos jovens repórteres:
Robótica acessiva – O projeto de robótica da EMEF Prof. Ayrton Oliveira Sampaio começou em 2013, quando Clodoaldo José foi contratado para ajudar a escola a desenvolver atividades de inclusão dos estudantes com necessidades especiais. “Eu comprei um brinquedo de robótica e comecei a desenvolver uma ação com um aluno, o Gabriel. Deu tão certo que virou um projeto mais amplo, logo apoiado pela diretora Alcina e por outros professores”, contou Clodoaldo, que atualmente não trabalha mais na EMEF Prof. Ayrton Oliveira Sampaio, mas foi prestigiar a 13ª Mostra Cultural.
Clodoaldo comemora o fato de o projeto ter continuado e crescido. “A robótica é uma ferramenta pedagógica, de resolução de problemas. Ela traz para o concreto, conhecimentos da sala de aula de diversas disciplinas do Ensino Fundamental, como Matemática, Ciências, Português e Inglês”, afirmou ele.
O casamento entre educação infantil e robótica na escola seguiu dando frutos. Neste ano, a partir do interesse e da necessidade da estudante Cinthia Leite, de 12 anos, que é cadeirante, foi iniciado um projeto de construção de uma cadeira de rodas automatizada. “A iniciativa nasceu da Cinthia. Ela não só havia compreendido o que é a robótica, como já a vislumbrava como uma aliada poderosa no seu dia a dia”, revelou Ana Paula Lopes, professora regente da Sala de Apoio e Acompanhamento à Inclusão – SAAI.
“A robótica agrega conhecimentos de mecânica, de eletrônica. E agora a Cinthia vai começar a parte de programação”, detalhou David Aguiar, professor orientador de Informática Educativa, que atualmente coordena o projeto de robótica.
Ivanete Isabel, a mãe da estudante, contou que os resultados do projeto no desenvolvimento da filha são visíveis: “A atenção dela e a coordenação motora melhoraram”.
“Eu estou muito feliz. A automatização da cadeira de rodas vai me ajudar e vai ajudar também muitas outras crianças como eu”, comemorou Cinthia.