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Escola municipal utiliza mini estação meteorológica para fortalecer o aprendizado de matemática
Atividade prática integra matemática, tecnologias digitais e educação ambiental
Publicado em: 01/07/2025 11h30 | Atualizado em: 04/08/2025
Como avançar nos aprendizados de matemática de forma integrada com as tecnologias digitais e a educação ambiental? A ação educativa proposta pelo professor Everton Alves de Souza, da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) José Augusto César Salgado, da DRE Guaianases, que atua como Professor Orientador de Educação Digital (POED), responde à questão, pois utiliza utiliza mini estação meteorológica para fortalecer o aprendizado de matemática.
O professor desenvolveu a atividade “Monitoramento Climático com Mini Estações Meteorológicas e Micro:bit” com os estudantes dos 7ºs, 8ºs e 9ºs que participam do Fortalecimento da Matemática – iniciativa da Rede Municipal voltada a ampliar as oportunidades de aprendizagem dos estudantes.
A ação consistiu na construção e uso de uma mini estação meteorológica programada com a placa micro:bit, bateria e um sensor digital de temperatura e umidade (DHT11), tudo conectado. Com isso, os estudantes puderam aprender matemática de forma prática, contextualizada e interdisciplinar, desenvolvendo também habilidades investigativas, de análise de dados e consciência climática.
Inspirada na formação “Cada Bairro, Uma Temperatura”, a construção da mini estação é uma das atividades propostas dentro do projeto de “Olho na COP 30” – uma parceria entre Tecnologias Para Aprendizagem (TPA) e Núcleo de Educação Ambiental (NEA), ambos da Secretaria Municipal de Educação.
Para Eduardo Murakami, integrante do Núcleo de Educação Ambiental, “trabalhar de forma integrada é imprescindível para a garantia de um processo de aprendizagem adequado e significativo. Construir mini estações meteorológicas permite a intersecção das propostas de Tecnologias para Aprendizagem com as discussões defendidas para Educação Ambiental”.
Mini estação meteorológica para fortalecer o aprendizado de matemática
A partir da pergunta investigativa “A temperatura e umidade são iguais em todos os espaços da escola?”, os estudantes foram divididos em grupos e percorreram diferentes ambientes da escola, como salas de aula, pátio, corredores e áreas externas, utilizando suas estações meteorológicas móveis para fazer as medições de temperatura, umidade relativa do ar e índice de calor.
Os dispositivos funcionam ao pressionar botões. Ao pressionar um botão, o aparelho exibe a temperatura; com outro botão, a umidade; ao pressionar os dois simultaneamente, os alunos visualizam o índice de calor. Todos os dados são exibidos diretamente na placa, previamente programada pelos próprios estudantes no ambiente MakeCode.
“No ambiente MakeCode, os alunos visualizaram o funcionamento do sensor acoplado ao micro:bit e compreenderam como os dados são lidos e apresentados. Com isso, reforçamos o vínculo entre tecnologia e matemática de maneira significativa”, explicou Everton.
Aplicar os conhecimentos
Depois da coleta de dados, os grupos organizaram as informações em tabelas e gráficos, aplicando as quatro operações matemáticas fundamentais (adição, subtração, multiplicação e divisão) para analisar os resultados.
Foram feitos cálculos de médias, comparação de temperatura entre ambientes, diferença entre os maiores e menores valores, soma das temperaturas e das umidades registradas. Com isso, os estudantes puderam reforçar habilidades matemáticas a partir de situações reais, conectadas ao seu cotidiano.
Os estudantes do 7º ano, Ivo B. Mendoza e Manuela M. da Silva, contaram ao professor que acharam a atividade diferente e divertida. Ivo contou que estranhou a variação das medições que hora estavam “mais” e hora estavam “menos”.
Interdisciplinaridade
Além de trabalhar conteúdos de matemática, a atividade promoveu o desenvolvimento de competências em investigação científica, uso de tecnologias para pesquisa e levantamento de dados, ampliando a compreensão dos estudantes sobre clima, temperatura e umidade do ar.
A proposta mostrou como a tecnologia pode ser uma aliada importante no ensino da matemática, tornando a aprendizagem mais significativa, envolvente e alinhada com os desafios do mundo atual.
Ariana Souza de Santana, do Núcleo de Tecnologias Para Aprendizagem (TPA) explica que a atividade foi pensada para entender situações reais a partir de investigação. Dessa forma, o objetivo foi “elaborar um dispositivo com a placa micro:bit e seus componentes, uma programação onde os estudantes podem vivenciar, coletar e interpretar dados, promovendo a conscientização sobre as mudanças climáticas e incentivando o desenvolvimento de habilidades práticas em ciências, tecnologias e demais áreas do conhecimento”,
Investimento
A Secretaria Municipal de Educação da cidade de São Paulo investiu na compra de cerca de 20 mil placas de micro:bit, em 2024. Todas as Escolas Municipais de Ensino Fundamental (EMEFs), Escolas Municipais de Ensino Fundamental e Médio (EMEFMs) e Escola Municipal de Educação Bilíngue para Surdos (EMEBS) receberam dez kits micro:bit composto por três livros com explicações e peças para montagem e programação.
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