Notícias
Escola da Rede Municipal de SP monta barraca literária em feira livre
Estudantes que participam de projeto no contraturno levam literatura para as ruas; ação ganhou o 9° Prêmio de Educação em Direitos Humanos
Publicado em: 06/12/2022 15h57 | Atualizado em: 06/12/2022
Quinzenalmente, às sextas-feiras, os estudantes que participam do projeto “Mediadores de Leitura” da EMEF Deputado Caio Sérgio Pompeu de Toledo, na DRE Guaianases, levam sua barraca literária, com o projeto “Poesia na Feira”, para a feira livre do bairro, onde apresentam literatura negra e indígena para os feirantes e a comunidade. O último evento do ano será no dia 9 de dezembro.
Para a ação, os estudantes pegam sacolas de feira, carrinhos e colocam diversos livros, lona e frutas falsas. Ao chegarem na feira estendem a lona no chão e posicionam alguns livros, com uma fruta falsa sobre cada. Quando uma pessoa para na barraca e escolhe uma fruta, um estudante lê a poesia que estava embaixo.
Paralelamente, outros estudantes caminham pela feira com a sacola de livros e abordam as pessoas que por ali passam, se identificam, explicam do que se trata o projeto e a importância do conhecimento da literatura e oferecem uma poesia. Então fazem a leitura, com a proposta de que o ouvinte reflita sobre o que foi lido.
“O projeto promove uma educação antirracista e ao mesmo tempo empodera os educandos pretos e indígenas. A literatura nos leva a refletir que quando a cultura de um povo não é respeitada, quando pessoas são julgadas pela cor da pele, quando se tem uma estrutura que bloqueia o acesso dessas pessoas as mesmas oportunidades que os demais, fica evidente que seus direitos não estão sendo respeitados”, disse a professora idealizadora do projeto, Renilde Passos.
A ideia para esta ação surgiu com uma brincadeira em que a professora Renilde propôs que, se os estudantes declamassem uma poesia na feira, eles ganhariam um pastel. Ao perceber o interesse desses estudantes, a professora conversou com a turma e amadureceu a ideia. Em seguida, eles escreveram uma carta apresentando a proposta à gestão da escola e pedindo a compra dos materiais necessários para a execução da atividade, como lona, sacolas de feira, carrinho de supermercado, protetor solar, entre outros.

Sobre as saídas
“Imagine que você está na feira com seus filhos comprando frutas, legumes, comendo pastel, e se depara com um grupo de alunos com carrinhos de feira cheio de livros, sacolas de feira com pequenas poesias e textos, declamando poesia. Essa é nossa proposta, levar literatura para rua”, contou a professora Renilde.
As saídas acontecem quinzenalmente, em uma semana a turma pesquisa e se prepara, para na outra irem à feira. Os feirantes já estão acostumados com a presença deles e também participam como ouvintes, fazendo pedidos de gênero da poesia que será declamada.
A intenção do projeto é compartilhar literatura preta e indígena por meio de textos, livros e declamações de diversas formas. Nessas atividades, os estudantes se tornam multiplicadores das aprendizagens escolares e participam de experiências sociais, mediando o uso dos diversos gêneros literários, onde são utilizadas diversas abordagens pedagógicas. Também são maneiras de as pessoas conhecerem a história dos povos negros e indígenas e ter acesso à literatura.
Para os estudantes que participam do projeto, este é um momento de felicidade e reflexão, a professora mencionou que é como se ao carregarem os livros, estivessem carregando tesouros. “Eu acho bem legal esse projeto, pois assim levamos literatura para a rua e é uma forma de incentivar as pessoas a gostarem de leitura. Pra mim ler é incrível, e compartilhar autores incríveis é melhor ainda”, disse a estudante Anny Karolyne Pereira Araújo que participa do projeto.
Premiação
O projeto ganhou o 9° Prêmio de Educação em Direitos Humanos, na categoria Educadores. Ele se enquadra nessa temática por promover uma educação antirracista e ao mesmo tempo empoderar os educandos pretos e indígenas, proporcionando o respeito à cultura desses povos.
“Eu acredito na educação como prática que liberta. Foi gratificante ganhar o prêmio, me incentivou a continuar me empenhando por uma educação de qualidade”, frisou Renilde.
Este prêmio tem como objetivo incentivar, promover e colaborar com o fortalecimento da educação em direitos humanos na rede municipal de ensino, ancorado no Plano Municipal de Educação em Direitos Humanos.

Notícias Mais Recentes
Secretaria Municipal de Educação
Mais de 25 mil estudantes da Rede Municipal de Ensino visitaram museus da capital paulista em 2024 com abordagem focada na Educação Antirracista
Diretoria Regional de Educação Guaianases
CEUs recebem sessões de cinema ao ar livre com exibição de Divertida Mente 2
Diretoria Regional de Educação Guaianases
Escolas Municipais promovem Feira do Empreendedorismo com expositores e ações de capacitação profissional
Diretoria Regional de Educação Campo Limpo
CEU Casa Blanca oferece aulas de Swordplay aos domingos
Diretoria Regional de Educação São Miguel
DRE São Miguel promove evento para homenagear os estudantes destaque da OBMEP de 2024
Secretaria Municipal de Educação
Estudantes da Rede Municipal participam de esquenta da 14ª Mostra Ecofalante de Cinema nos CEUs
Relacionadas

Inscrições abertas para bolsas de Iniciação à Docência EaD – UNIVESP/UAB
Publicado em: 12/03/2015 1h03 - em CEU e COCEU

Tutores Presenciais – Especialização em Gestão em Enfermagem – UNIFESP/UAB
Publicado em: 10/03/2015 2h59 - em CEU e COCEU

Tutores a distância – Especialização em Gestão em Enfermagem – UNIFESP/UAB
Publicado em: 09/03/2015 4h36 - em Secretaria Municipal de Educação

Biblioteca da SME organiza exposição sobre o aniversário da cidade de São Paulo
Publicado em: 30/01/2015 2h34 - em Acervo

Aperfeiçoamento em Acessibilidade na Atividade Física Escolar – UFJF
Publicado em: 23/01/2015 3h12 - em Secretaria Municipal de Educação