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Entenda como a Educação de São Paulo contribui para a reciclagem da cidade
Núcleo de Educação Ambiental objetiva implementar reciclagem e sustentabilidade na rede de ensino e Núcleo de Tecnologias ensina robótica com materiais recicláveis
Publicado em: 17/05/2021 12h03 | Atualizado em: 03/02/2022Em 17 de maio é comemorado o Dia Mundial da Reciclagem e a Secretaria Municipal de Educação (SME) participa ativamente da causa. Desde antes da pandemia, o prédio público do órgão, localizado na região da Vila Mariana, tem a prática da coleta seletiva, mas antes era feita em quatro frações: plástico, papel, vidro e orgânicos. Durante a pandemia, a SME passou a separar o resíduo em dois: comum e reciclável (papel, vidro, plástico, aço e metal), destinando-os corretamente. A iniciativa foi uma parceria do Núcleo de Educação Ambiental (NEA) com outro setor, o Núcleo de Apoio Operacional, junto com a Autoridade Municipal de Limpeza Urbana (AMLURB).
O NEA tem o objetivo de incentivar práticas sustentáveis de manejo dos resíduos, contribuir para a melhoria da qualidade ambiental e ajudar a aumentar a taxa de recicláveis na cidade de São Paulo, que em 2020 atingiu o maior número de resíduos coletados já registrados, com aumento de 17,4% em relação ao ano anterior, de acordo com dados da AMLURB. “Sabíamos que o caminhão da coleta seletiva passava na rua ao lado, o que precisávamos era organizar a seleção dos materiais do nosso portão para dentro”, conta Claudia Hamada, profissional do Núcleo de Educação Ambiental (NEA) da SME.
Além disso, o NEA recebeu a missão de divulgar a iniciativa paulistana “Reciclasampa” (www.reciclasampa.com.br), uma plataforma com conteúdos sobre reciclagem, no âmbito pedagógico e informativo.
Ação nas Escolas
O NEA por meio de um acordo de cooperação com a Global Social Impact e a startup sustentável SO+MA, iniciativas que investem em desafios sociais urgentes, realizaram um projeto piloto com a meta de integrar a comunidade escolar em prol do meio ambiente. Foram realizadas ações como recebimento de materiais recicláveis nas escolas e em troca as pessoas que levavam os resíduos, em especial o plástico, e recebiam brindes. Os resultados mostraram que em apenas seis semanas de operação, houve um acúmulo de 1,03 toneladas de resíduos plásticos recebidos.
Além dessa iniciativa, houve a disseminação da educação ambiental em todas as disciplinas escolares das escolas envolvidas no projeto. “Nossa meta é ampliar essa ação para mais escolas”, explica Claudia.
Em uma das escolas participantes, os estudantes construíram uma prancha de stand-up paddle feita com garrafas pet na aula de educação física. “Antes, falar sobre meio ambiente ficava sob a responsabilidade apenas do professor de ciências, hoje orientamos que a educação ambiental precisa ser contemplada em todos os componentes curriculares e em todas modalidades de ensino, ou seja, da educação infantil ao ensino médio”, afirma Claudia.
Instrução Normativa
O trabalho com a educação ambiental na educação básica virou política pública institucionalizada com a Instrução Normativa nº45/SME. A legislação sela a necessidade e importância da educação ambiental na rede municipal de ensino de São Paulo. A Instrução Normativa define diretrizes para implementar a iniciativa nas escolas. Publicada em dezembro de 2020, suas cláusulas trazem ações como fortalecer o conhecimento com os estudantes, docentes e comunidade escolar sobre o comprometimento com a preservação e conservação socioambiental, entre outras. “Com as diretrizes da educação ambiental normatizadas, conseguiremos expandir as escolas sustentáveis em toda rede de ensino”, explica Claudia.
Aulas de robótica com materiais recicláveis
A rede de ensino possui um projeto de robótica que tem como fundamento o conceito de sustentabilidade. As escolas possuem kits de montagem para trabalhar a Robótica, mas, mesmo com os kits os estudantes são incentivados a produzir novas peças utilizando materiais diversos inclusive reciclados. Os estudantes criam brinquedos como carrinhos, mãos robóticas simulando por experimentos os movimentos dos objetos reais.
A responsabilidade desse projeto é do Núcleo Técnico de Currículo-Tecnologias para Aprendizagem da SME e mesmo durante a pandemia, com os experimentos realizados nas aulas os professores continuam estimulando os alunos a usarem materiais recicláveis que se tem em casa como canudos, caixas e outros e transformá-los em protótipos robóticos. “Nesse sentido, é possível usar estratégias para olhar de perto e estudar sobre como o material é feito explorar e achar oportunidades para novas criações a partir do que se descobriu”, conta Regina Gavassa, profissional do Núcleo Técnico de Currículo-Tecnologias para Aprendizagem
De acordo com a profissional, estas estratégias permitem que se olhe melhor para o meio ambiente e entenda como a reutilização de materiais evita o desperdício e o consumismo.
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