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Currículo na Educação Integral foi tema de seminário

Encontro enfatizou a necessidade uma nova concepção de educação movida pela interdisciplinaridade

Publicado em: 14/06/2016 16h29 | Atualizado em: 04/05/2021


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Nesta segunda-feira, 13 de junho, cerca de 500 educadores das escolas municipais, envolvidos em ações de educação integral, participaram do II Seminário de Educação Integral em Tempo Integral do Município de São Paulo. O tema central da formação foi o Currículo na Educação Integral.

Para dar início às atividades, Nádia Campeão, Vice-Prefeita e Secretária Municipal de Educação, juntamente com Maria Cecília Carlini, Coordenadora de Educação Integral e dos Centros Educacionais Unificados (CEUs) e Ana Lúcia Sanches, da Coordenadoria Pedagógica da Secretaria Municipal de Educação (SME), deram as boas vindas aos presentes e falaram sobre as ações da Rede Municipal de Ensino (RME) que induzem à Educação Integral. O encontro ocorreu no campus Vergueiro da Universidade Nove de Julho (UNINOVE).

“Esse é um debate importante que São Paulo e a Rede Municipal de Ensino precisa e deve fazer. Esperamos que cada vez mais as nossas escolas façam a adesão a esse processo, que foi pactuado na sociedade, está no Plano Municipal de Educação (PME) e é uma meta importante até 2025. Isso não é uma exigência deste governo, foi pactuada num plano, que muitas pessoas estudaram, discutiram e aprovaram”, disse Nádia Campeão.

Maria Cecilia Carlini falou que umas das bandeiras da RME é a “interdisciplinaridade a caminho da autoria”. “Isso significa sair da disciplina e caminhar para a interdisciplinaridade, é ampliar o pensamento das pessoas para que entendam que cada pedacinho de aula não deve começar e terminar em determinada hora, lugar, espaço ou tempo. A nossa ideia é mostrar que é possível um currículo integrado, interdisciplinar, que tem contexto e é baseado na realidade local”, completa a Coordenadora de Educação Integral e CEUs.

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Os educadores também participaram de palestra com Professora Maria do Pilar Lacerda, diretora da Fundação SM Brasil e ex-Secretária de Educação Básica Ministério da Educação. O tema central de sua explanação foi o Currículo em Educação Integral e a necessidade do educador conhecer a realidade da sua escola e de fazer com que os alunos entendam o mundo e se entendam no mundo. “Quando o professor começa a entender isso, ele passa a analisar o seu projeto pedagógico e a se perguntar de qual maneira o Projeto de Educação Integral das escolas municipais fortalecem esta proposta. Quais são as nossas práticas que são realmente transformadoras?”, enfatiza a professora.

Para ela a Educação Integral é uma concepção de escola que responde bem a todas as demandas, complexidades, ambiguidades e incertezas do século 21, mas que demanda também uma nova concepção de escola. “Ela pede novos objetivos, é mais do que decorar tabuada ou copiar um texto pesquisado no Google”.

A professora ainda explicou que é necessário que a formação das crianças e jovens estimule o entendimento, a interpretação e que eles saibam eleger, descartar e criticar o que lhes são apresentados. A leitura é indispensável e importante, mas não fará sentido se os conceitos lidos não puderem ser vivenciados no cotidiano de cada sujeito da escola. “Todo o espaço escolar, o bairro, a cidade, o país, o mundo são espaços de conhecer e se saber parte dele. Saber que aquele lugar tem histórias, culturas, ritos e comemorações que explicam quem somos e porque somos assim. É necessário uma escola que encante o aprender, o saber, o entender”, completa Maria do Pilar Lacerda.

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