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Evento virtual marca lançamento do caderno de Orientações Pedagógicas: Povos Migrantes
Além de oferecer subsídios teóricos, o material revela experiências exitosas no trabalho cotidiano com estudantes migrantes nas escolas municipais
Publicado em: 16/06/2021 17h20 | Atualizado em: 18/06/2021
A Secretaria Municipal de Educação de São Paulo promoverá nesta sexta-feira (18), às 14 horas, uma live de lançamento do documento “Orientações Pedagógicas: Povos Migrantes”. O material aborda o acolhimento e a valorização dos migrantes internacionais nas escolas municipais e considera a diversidade e a mobilidade humana como conteúdo de debates e aprendizados. O evento virtual será transmitido pelo YouTube do Núcleo Técnico de Currículo e é aberto a qualquer pessoa interessada.
O caderno Orientações Pedagógicas: Povos Migrantes procura promover a valorização da diversidade cultural e as reflexões a partir da escola como espaço de convivência coletivo, no qual migrantes e seus familiares devem ser acolhidos e ter seus direitos garantidos. A elaboração do conteúdo foi coordenada pelo Núcleo Técnico de Currículo (NTC) da SME, por meio do Núcleo de Educação para as Relações Étnico-Raciais (NEER).
Além de oferecer subsídios teóricos, o material revela experiências exitosas implementadas no trabalho cotidiano com estudantes migrantes e possibilita a reflexão sobre as práticas educacionais realizadas na Rede Municipal de Ensino (RME), nos mais diversos momentos da vida escolar – desde a matrícula aos espaços de vivências e salas de aula, desde a Educação Infantil ao Ensino Médio.
O documento lançado está em consonância com a Política Municipal para a População Imigrante, a Lei Municipal nº 16.478/2016, que assevera a garantia de direitos no Município de São Paulo. A partir do compromisso com a tríade: Educação Integral, Equidade e Educação Inclusiva, dialoga com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030, apresentando as pontes existentes.
Acesse o material Orientações Pedagógicas: Povos Migrantes
Mais de 7 mil migrantes
Em 2020, a Rede Municipal de Ensino de São Paulo atendeu um total de 7.350 estudantes migrantes de cerca de 100 nacionalidades. Entre elas, a mais representativa é a boliviana, seguida da haitiana, e há também um número significativo de estudantes originários da Venezuela, Angola, Paraguai, Peru, Argentina, Japão, Colômbia e Estados Unidos da América. Em 2021, o número de migrantes continuou crescendo na rede, totalizando atualmente 7777 estudantes (dados de março/2021).
Globalmente, a RME possui mais de um milhão de estudantes matriculados e os migrantes internacionais representam cerca de 0,7%. Embora o número seja pequeno proporcionalmente, a realidade muda de escola para escola, chegando, em alguns casos, a representar a maioria dos estudantes – como ocorre no CIEJA Perus I, na Diretoria Regional de Educação (DRE) Pirituba-Jaraguá.
Lançamento
O evento de lançamento virtual do documento inicia às 14 horas do dia 18 de junho. e contará com a participação de especialistas das Secretarias Municipal de Educação (SME) e de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC), da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e Cultura (UNESCO), da Organização Internacional para as Migrações (OIM), da ONG Repórter Brasil, além da autora do material, Tatiana Waldman.
Assista ao lançamento virtual do Orientações Pedagógicas: Povos Migrantes
Confira detalhes dos participantes:
Bryan Sempertegui – Imigrante boliviano, gestor de políticas públicas e assessor da Coordenação de Políticas para Imigrantes e Promoção do Trabalho Decente da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania.
Carolinne Mendes – está à frente das ações para os Povos Migrantes no NEER (Núcleo de Educação para as Relações Étnico-Raciais) da SME. É professora de história, doutora e mestre em História pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, onde ministra cursos de extensão e realiza pesquisas nas áreas de relações raciais e de gênero no Brasil e história e audiovisual.
Felipe Costa – Doutorando em Educação na Faculdade de Educação da USP (FEUSP). Mestre em Letras pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Licenciado em Letras (UMC) e em Pedagogia (UNINOVE). Especialista em Estudos da Linguagem (UMC) e em Ética, Valores e Cidadania na Escola (USP). Coordenador Pedagógico na Rede Municipal de Ensino de São Paulo. Atualmente, diretor do Núcleo Técnico de Currículo (NTC-SME).
Guilherme Otero – Coordenador de Projetos na Organização Internacional para as Migrações (OIM), e coordenador do escritório da OIM em São Paulo. É Mestre em Políticas Públicas pela Universidade Federal do ABC (UFABC) e graduado em Relações Internacionais pela Universidade de São Paulo (USP). Foi integrante do coletivo de extensão universitária Educar para o Mundo de 2009 a 2012, e atuou na Coordenação de Políticas para Migrantes da Prefeitura de São Paulo entre 2013 e 2016.
Jussara Santos – é Doutora (UFSCAR) e Mestra (PUC- SP) em Educação para as relações raciais. Atua em comissões de heteroidentificação nos diversos estados do Brasil. É professora de Educação Infantil e Ensino Fundamental I e atualmente é coordenadora do Núcleo de Educação Étnico Racial (NEER) na SME. Toca tambor no bloco afro Ilu Obá de Min e é estudante de curso de Direito.
Mariana Alcalay – Oficial de projetos do Setor de Educação da Representação da UNESCO no Brasil, responsável pela área de Educação para o Desenvolvimento Sustentável e ponto focal para a resposta humanitária para migrantes venezuelanos. É mestre em direitos humanos, especialista em assistência humanitária e manutenção da paz internacional e bacharel em Relações Internacionais.
Tatiana Waldman – Mestra e Doutora em Direitos Humanos pela Universidade de São Paulo (USP). Atua com os temas de migrações internacionais e direitos humanos com experiência em diferentes instituições. Trabalhou como assessora do NEER para a elaboração das Orientações Pedagógicas: Povos Migrantes.
Thiago Casteli – assessor de projeto do programa Escravo, nem pensar! Atua como formador de educadores sobre trabalho escravo e direitos dos imigrantes desde 2010. Formado em História pela Universidade de São Paulo (USP), atuou como arte-educador no Memorial da América Latina e como monitor de intercambistas norteamericanos no Council on International Educational Exchange. Além disso, foi educador de uma rede de cursinhos populares de São Paulo.
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