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Rede Municipal de SP ganha Academia Estudantil de Letras Carolina Maria de Jesus
EMEF Olival Costa funda nova AEL e marca retomada das ações presenciais; cidade já possui cerca de 170 Academias
Publicado em: 30/06/2022 14h16 | Atualizado em: 30/06/2022A Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Olival Costa, da Diretoria Regional de Ensino (DRE) São Mateus, fundou no último sábado (25), a Academia Estudantil de Letras (AEL) Carolina Maria de Jesus.
O projeto teve início na escola em 2019, porém, com a pandemia, a posse só pôde ocorrer neste ano. No total, a academia inicia-se com 27 cadeiras, representando autores como Daniel Munduruku, Raquel de Queiroz, Pedro Bandeira, dentre outros.
A professora Rosangela Aparecida Paschoal Brighenti Dayyoub, uma das coordenadoras da nova AEL, conta um pouco desse processo. “Com a pandemia, algumas atividades da AEL foram desenvolvidas no ambiente online. Com essa preparação dos acadêmicos, conseguimos fundar nossa AEL ainda neste primeiro semestre”, disse.
A fundação da AEL Carolina Maria de Jesus representa a retomada da fundação de novas academias. Durante a pandemia, o projeto manteve suas atividades de forma online e, com o retorno dos eventos presenciais, as novas academias passam a poder agendar as suas fundações. Ainda em 2022, outras academias deverão ser fundadas em diversos locais da cidade.
No total, a cidade possui cerca de 170 Academias de Letras. Nelas cada estudante escolhe um escritor para representar, faz pesquisas e realiza seminários sobre o literário, compartilhando o conhecimento, e desenvolvendo a autonomia. As atividades buscam privilegiar os aspectos lúdicos presentes na leitura e procuram trazer outras formas de expressão para os gêneros literários trabalhados. Os encontros acontecem fora do horário regular das aulas, pois a participação do projeto é optativa.
Conheça a página da Academia Estudantil de Letras.
Carolina Maria de Jesus
Carolina Maria de Jesus, patronesse dessa AEL, foi uma escritora, compositora e poetisa brasileira, mais conhecida por seu livro “Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada”, publicado em 1960. Ela foi uma das primeiras escritoras negras do Brasil e é considerada uma das mais importantes autoras do país.
A acadêmica Letícia Dias Lial, que ocupa a cadeira número 1 da AEL e representa a escritora, declamou um poema que sintetiza como Carolina teve de vencer diversos revezes para se estabelecer na literatura. “Quando infiltrei na literatura / Sonhava só com a ventura (…) Eu não previa o pranto (…) Não levo nenhuma ilusão / Porque a escritora favelada / Foi rosa despetalada”, leu.
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