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Programa Imprensa Jovem será apresentado em evento da UNESCO sobre Educação Midiática

Apresentação ocorre após o projeto ficar entre os seis ganhadores do Prêmio UNESCO de Alfabetização em Mídia e Informação 

Publicado em: 23/06/2021 14h31 | Atualizado em: 15/07/2021
Fotografia de estudantes do Projeto Imprensa Jovem entrevistando uma pessoa em um estúdio. Imagem segue com banner do evento da unesco "talking with the unesco media and information literacy alliance awardees"

Nesta quinta-feira (24), às 11h, os ganhadores do Prêmio UNESCO de Alfabetização em Mídia e Informação (MIL) 2020, estarão reunidos virtualmente para contar suas experiências em um webinar. Na ocasião, os seis vencedores da iniciativa promovida pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) falarão sobre suas jornadas inspiradoras em Educação Midiática.

Carlos Lima é coordenador do Núcleo de Educomunicação da Secretaria Municipal de Educação (SME) de São Paulo e o idealizador do Programa Imprensa Jovem. Ele é um dos profissionais que apresentarão suas experiências exitosas em Educação Midiática no evento on-line. Segundo Lima, “será uma oportunidade de apresentar o programa para o mundo e mostrar o seu potencial como um projeto de educação midiática liderado por estudantes”.  

A UNESCO no Brasil

Desde 2008, a UNESCO tem apoiado diferentes iniciativas desenvolvidas pelo Núcleo de Educomunicação da SME-SP. Atualmente, as atividades do Imprensa Jovem tem sido desenvolvidas no âmbito da Cooperação Técnica entre a UNESCO no Brasil e a SME-SP, no contexto de implementação do Currículo da Cidade, primeiro no mundo a ter os objetivos de aprendizagem alinhados à Agenda 2030.

“O reconhecimento global da consolidada experiência de mais de 15 anos do Imprensa Jovem na cidade de São Paulo evidencia o potencial da aplicabilidade de suas metodologias de educomunicação e alfabetização midiática e informacional (AMI) para os sistemas educacionais de outras cidades e de outros países do mundo. Este trabalho tem sido inovador em sua abordagem para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), em alinhamento com muito dos compromissos firmados neste ano com a Declaração de Berlim para a Educação para o Desenvolvimento Sustentável”, enfatiza Rebeca Otero, Coordenadora do Setor de Educação da UNESCO no Brasil.

Conversa com os vencedores da MIL 2020

No encontro os palestrantes e ganhadores do prêmio apresentarão suas jornadas inspiradoras, falarão sobre a importância do prêmio e planos futuros sobre os seus projetos. Além do Brasil, as experiências são dos Estados Unidos, Quênia, Argentina e Paquistão.

Inscreva-se e participe do evento

Saiba mais sobre cada premiado:

Carlos Lima – Projeto Imprensa Jovem – Secretaria Municipal de Educação de São Paulo – Brasil

Criado em 2005, a Imprensa Jovem é um projeto de Educação Midiática que contribui para articulação dos processos educativos. Atualmente, conta com aproximadamente 100 agências de notícias em funcionamento nas Unidades Educacionais de Educação Infantil e Ensino Fundamental da capital paulista. Nelas, por meio da produção jornalística multimídia, cerca de 2,5 mil estudantes em mais de 150 projetos de agências de notícias são protagonistas na ampliação dos canais de comunicação entre a escola e a comunidade. Nesse processo de criação de pautas, pesquisa e edição de conteúdos, esses jovens desenvolvem, de maneira autônoma e colaborativa, suas habilidades críticas e criativas.

Michelle Ciulla-Lipkin – National Association for Media Literacy Education (NAMLE) – Estados Unidos

Por meio de conferências, redes e colaboração, a NAMLE leva práticas de educação midiática para estudantes, educadores, famílias, organizações, escolas e universidades. A premiada também foi reconhecida pela Unesco pelo esforço incansável em denunciar violações de direitos humanos, trabalhar pela redução dos índices de pobreza;

Willice Onyango – Youth Cafe  – Quênia

 O Youth Cafe é uma organização dirigida e voltada para os jovens que atua com  capacitação em educação midiática. Em cinco anos, o diretor Willice Onyango pretende alcançar mais de 5 milhões de homens e mulheres jovens na África com habilidades de alfabetização de mídia: pensamento crítico, verificação de fatos, segurança online, checagem de mídias sociais, da qualidade das informações online e identificação de suas fontes.

Sam Wineburg – Margaret Jacks School of Education/Universidade de Stanford – Estados Unidos

O professor Sam Wineburg e o History Education Center da Universidade de Stanford são pesquisadores, fundadores e distribuidores da abordagem “Lateral reading” (que pressupõe uma verificação durante o processo de leitura) para a educação básica e superior. Com um alcance enorme em escolas, o projeto chegou a milhões de estudantes nos Estados Unidos e conta com apoio de escolas, associações de pais e mestres, além de organizações de educação midiática.

Silvia Bacher – Las Otras Voces. Comunicación para la Democracia – Argentina

O programa Las Otras Voces tem como missão central fortalecer a participação da comunidade na vida democrática, promovendo o exercício do direito à comunicação desde a infância. Las Otras Voces atua com a comunidade educacional, ONGs, centros comunitários, instituições fechadas e unidades acadêmicas em torno do direito à comunicação, participação social, questões da infância e juventude e educação. A iniciativa já estabeleceu parcerias com outros países da América Latina e com a Espanha.

Syed Ommer Amer – Daastan – Paquistão

A organização Daastan influencia a alfabetização midiática e informacional em geral, realizando campanhas temáticas mensais que usam técnicas de narrativa como uma ferramenta para promover o diálogo e criar um espaço seguro para as pessoas expressarem suas preocupações. Essas atividades acontecem em uma base semestral ou mensal.

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