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Professores desenvolvem sensor para estudante da EMEF Ayrton Oliveira Sampaio

Aparelho instalado em cadeira de rodas emite ondas e avisa a proximidade de obstáculos

Publicado em: 18/07/2017 14h45 | Atualizado em: 30/11/2020

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“A robótica pode ajudar a minha vida”, escreve, em uma carta, Cinthia Leite, estudante da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Prof. Ayrton Oliveira Sampaio, da Diretoria Regional de Educação (DRE) Capela do Socorro, na época com 12 anos, cadeirante e com paralisia cerebral. Era o ano de 2015. “A vida de uma pessoa que precisa de cadeira de rodas é difícil”, continua.

Na carta elaborada por Cinthia a pedido do Professor Orientador de Informática Educativa, Davi Aguiar, e da Professora de Apoio e Acompanhamento à Inclusão, Ana Paula, ela relata também a dificuldade de se locomover na escola sem esbarrar nos colegas e paredes. “Como a robótica poderia ajudar a Cinthia no dia-a-dia, já que ela se interessa bastante pelo tema?”, se perguntaram os professores.

Eles decidiram criar um sensor para a cadeira de rodas de Cinthia. Passaram a estudar ainda mais questões de mecânica, robótica e programação e envolveram a estudante no projeto. “Nas aulas de robótica, ensinamos a ela as partes que compõem a cadeira de rodas. Trabalhamos também a questão da programação, para que o sensor pudesse detectar os objetos e avisá-la”, diz Davi.

A coordenação e a direção da escola investiram no projeto e viabilizaram os materiais necessários, incluindo uma placa de software livre e sensores ultrassônicos de presença.

A programação criada na placa, junto com o sensor, permite a disparada de um sinal sonoro e luminoso para avisar Cínthia da proximidade de objetos. O desenvolvimento do projeto foi realizado primeiro em um protótipo de cadeira de rodas. Depois, foi passado para a da estudante. Na época, o estagiário de robótica Clodoaldo Silva ajudou no processo e auxiliou os professores.

“Para a nossa realidade, foi algo inovador, com excelentes resultados não só na finalização do projeto, mas com o desenvolvimento intelectual da estudante durante o processo”, conta a professora Ana.

A estudante, hoje, tem 14 anos de idade e está no ensino médio. O projeto foi finalizado em outubro de 2016, com a implantação do sensor na cadeira de rodas.

Confira o vídeo dos testes: 

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