Notícias

Princípios e Diretrizes Pedagógicas da Educação Integral em Tempo Integral

Saiba mais sobre conceitos como “Cidade Educadora”, “Comunidade de Aprendizagem”, “Território Educativo”, entre outros

Publicado em: 18/12/2015 15h27 | Atualizado em: 30/11/2020

principios_e_diiretrizes_pedagogicas_da_educacao.jpg

O documento orientador ““São Paulo Integral – ampliando e construindo novos caminhos pedagógicos” relaciona os princípios e as diretrizes pedagógicas da Educação Integral em Tempo Integral na Rede Municipal de Ensino.

Entre os princípios, constam conceitos como os de Cidade Educadora, comunidade de aprendizagem, currículo emancipatório, território educativo e intersetorialidade. Entre as diretrizes pedagógicas constam a articulação de experiências e saberes dos educandas com os conhecimentos que fazem parte do patrimônio cultural, artístico, ambiental, científico e tecnológico, a valorização do diálogo entre as pedagógicas social, popular e formal, a ressignificação do currículo, o fomento à intersetorialidade, a inclusão, a potencialização da gestão e vivência democráticas, a expansão do tempo de permanência dos educandos para, no mínimo, 7 horas diárias durante todo o ano letivo e o fortalecimento dos Conselhos de Escolas.

Clique aqui e conheça a íntegra do capítulo “Princípios e Diretrizes Pedagógicas da Educação Integral em Tempo Integral”

Clique aqui e veja o documento orientador “São Paulo Integral – ampliando e construindo novos caminhos pedagógicos” na íntegra.


Princípios e Diretrizes Pedagógicas da Educação Integral em Tempo Integral


Os
princípios da Educação Integral em tempo integral na Rede Municipal de Ensino

  • a) a cidade como promotora de ações e atividades que envolvem a Educação Integral,
    configurando-se como
    Cidade Educadora;
  • b) a educação como instrumento de democracia que possibilita à
    criança, aos adolescentes, jovens entenderem a sociedade e participarem das decisões que
    afetam o lugar onde vivem, sua escola, seu bairro e sua vizinhança, tornando-se parceiros
    de seu desenvolvimento sustentável;
  • c) o
    diálogo como estratégia na implementação de políticas
    socioculturais
    que reconhecem as diferenças, promovem a equidade e estimulam os
    ambientes de trocas, baseado em um diagnóstico não apenas de suas carências, mas,
    sobretudo, de suas forças para superar essas carências.
  • d) a
    autonomia das Unidades Educacionais, favorecendo a criatividade e
    as diferentes aprendizagens, nas diferentes culturas existentes em cada território;
  • e) a
    comunidade de aprendizagem como fundante na construção de um
    projeto educativo e cultural próprio para educar a si mesma, suas crianças, seus jovens e
    adultos;

Mas o que é uma comunidade de aprendizagem?

Segundo Torres (1996), uma comunidade de aprendizagem é
uma comunidade humana organizada que constrói um projeto educativo e cultural próprio
para educar a si mesma, suas crianças, seus jovens e adultos, graças a um esforço
endógeno, cooperativo e solidário, baseado em um diagnóstico não apenas de suas
carências, mas, sobretudo, de suas forças, para superar essas carências.

  • f) o
    currículo emancipatório, significativo e relevante, organizador da ação
    pedagógica
    nas Unidades Educacionais na perspectiva da integralidade, que garante
    que práticas, habilidades, costumes, crenças e valores que estão na base da vida cotidiana
    dos educandos sejam articulados ao saber acadêmico, produzindo aprendizagens que causam
    impacto na vida em comunidade e na vida de toda a cidade, promovendo o protagonismo, a
    autoria e a autonomia;
  • g) a garantia às crianças e adolescentes do direito fundamental de circular pelos
    territórios educativos, apropriando-se deles, como condição de
    acesso às oportunidades, espaços e recursos existentes e ampliação contínua do repertório
    sociocultural e da expressão autônoma e crítica;

Mas o que é um Território Educativo?

Para Singer, um território educativo é um lugar que
atende a quatro requisitos: possui um projeto educativo para o
território criado pelas
pessoas daquele espaço; agrega escolas que reconhecem seu papel transformador e que
entendem a cidade como espaço de aprendizado; multiplica as oportunidades educativas
para todas as idades; articula diferentes setores – educação, saúde, cultura,
assistência social – em prol do desenvolvimento local e dos indivíduos.

Essa noção é reafirmada por Valadares,
para quem o aumento da carga horária das escolas brasileiras
tem dado ainda mais relevância para a questão do território. “Não dá para manter esses
meninos e meninas na escola por 4, 5, 8 ou 10 horas. Temos que reforçar a ideia de
que a escola tem que explorar os espaços da cidade, torná-la educadora e abrir novas
possibilidades de aprendizagem.”

  • h) a
    expansão qualificada do tempo de aprendizagem como possibilidade
    de incrementar a qualidade da educação, garantir os direitos de aprendizagem e superar a
    fragmentação, o estreitamento curricular e a lógica educativa demarcada por espaços físicos
    e tempos rígidos;
  • i) a
    intersetorialidade na perspectiva da humanização das políticas
    sociais e educacionais como interlocução necessária à corresponsabilidade na formação
    integral, colocando no centro o ser humano e, em especial, as crianças, os adolescentes, os
    jovens e seus educadores;
  • j) o compromisso com as metas estabelecidas em âmbito local, regional
    e central da Secretaria Municipal de Educação, bem como as metas do Plano Municipal de
    Educação de São Paulo.

As
diretrizes pedagógicas:

  • a) articular as experiências e saberes dos educandos com os conhecimentos que fazem
    parte do patrimônio cultural, artístico, ambiental, científico e tecnológico, assim como
    atitudes e valores, de modo a promover seu desenvolvimento integral;
  • b) valorizar o diálogo entre as pedagogias social, popular e formal;
  • c) ressignificar o currículo evitando a compartimentalização rígida de forma a
    torná-lo mais eficaz na aprendizagem do conjunto de conhecimentos que estruturam os saberes
    escolares, qualificando a ação dos educandos e fortalecendo seu desenvolvimento como
    cidadãos, ampliando assim as possibilidades de aprender para a valorização da vida;
  • d) fomentar a intersetorialidade no território com as secretarias de cultura, esporte,
    assistência social, saúde, verde e meio ambiente e outras, assim como, com as organizações
    da sociedade civil como estratégia necessária à educação para a garantia de direitos às
    crianças, jovens e adolescentes, na perspectiva da educação integral e da
    constituição/ampliação/promoção/fortalecimento e consolidação dos territórios educativos e
    das comunidades de aprendizagem;
  • e) desenvolver ações que integrem a política pública de inclusão;
  • f) compreender a escola como espaço no qual a gestão e vivência democráticas podem ser
    potencializadas, não apenas por meio das atividades acadêmicas e científicas, mas também
    pelas atividades nas áreas de acompanhamento pedagógico, cultura e artes, esporte e lazer,
    direitos humanos, educação ambiental, inclusão digital, saúde e sexualidade, investigação
    científica, educação econômica, comunicação e uso de mídias e outras experiências locais
    e/ou universais que dialoguem com o Projeto Político-Pedagógico da Unidade Educacional;
  • g) identificar possibilidades para o desenvolvimento de propostas curriculares
    inovadoras;
  • h) expandir o tempo de permanência dos educandos para, no mínimo, 07(sete) horas
    diárias durante todo o período letivo;
  • i) fortalecer os Conselhos de Escola e a ampliação do processo democrático nas
    Unidades Educacionais e nas diferentes instâncias decisórias.

Notícias Mais Recentes

Relacionadas

Estudantes Participam De Programações Do Edifício Oswald De Andrade

Estudantes da Rede Municipal de Ensino participam de programações do Edifício Oswald de Andrade

Publicado em: 05/07/2024 11h22 - em Secretaria Municipal de Educação

Fotografia do evento de Política De Atendimento Ao Cidadao

Política de Atendimento ao Cidadão é tema de encontro realizado pela SME

Publicado em: 05/07/2024 10h31 - em Secretaria Municipal de Educação

Atleta paralímpico que estudou na EMEF General Julio Marcondes Salgado
Emef Oswaldo Aranha
Muitos estudantes sentados no chão com a mão direita levantada.
1 2 3 4 1.465