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Mapatona abre dados da educação em busca de soluções tecnológicas

Familiares de alunos, diretores, condutores, programadores e ativistas se reúnem para pensar o Transporte Escolar Gratuito

Publicado em: 24/07/2017 14h32 | Atualizado em: 04/05/2021

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O Pátio Digital, da Secretaria Municipal de Educação (SME), em parceria com o Laboratório de Mobilidade Urbana (Mobilab), promoveu no último sábado, 15 de julho, a edição “mão na massa” da Mapatona do Transporte Escolar Gratuito (TEG). A iniciativa dá sequência ao ciclo de inovação na educação pública a partir da transparência aberta e ativa da base de dados da Rede Municipal de Ensino para o fomento de soluções tecnológicas.

A ação aconteceu na sede do Mobilab SP e reuniu familiares de alunos, diretores de escola, trabalhadores do transporte escolar, pesquisadores, programadores e ativistas, além da equipe da SME que coordena as áreas de gestão de demanda de alunos e gerenciamento de informações. A apresentação da proposta foi feita pela Coordenadora do Pátio Digital, Fernanda Campagnucci. O desafio desta edição foi o desenvolvimento colaborativo de aplicativos e soluções tecnológicas para o TEG na cidade de São Paulo.

Ela esclareceu que a iniciativa do Pátio Digital é baseada em três frentes: transparência e dados abertos, colaboração governo-sociedade e inovação tecnológica. “O nosso objetivo é ampliar a transparência, aproximar as pessoas e propor soluções para os nossos desafios, os desafios da gestão pública, os desafios da sociedade e como a gente pode entregar uma melhor educação para a população. É uma forma de compreender o governo e aproximar a administração pública da sociedade, das pessoas”, disse Fernanda.

O Secretário Municipal de Educação, Alexandre Schneider, esteve presente e enfatizou que, na atualidade, a Educação é a secretaria que mais disponibiliza dados abertos no portal da Prefeitura de São Paulo. “Todos os nossos dados estão sendo disponibilizados”, observou Schneider, ressaltando que um dos eixos do Pátio é o da inovação tecnológica a favor da educação. “Uma equipe já está desenvolvendo uma aplicação para o caso da merenda escolar e nos próximos 90 dias deve entregar um aplicativo que possibilitará que a gente faça todo o controle social e o acompanhamento do cardápio da alimentação escolar na cidade de São Paulo”, comentou o Secretário.

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Schneider destacou que a intenção da Mapatona é analisar a situação do transporte escolar, uma questão também sensível na cidade de São Paulo. “O transporte escolar é um serviço muito importante para a cidade e para os nossos alunos. A ideia é que a gente tenha um aplicativo ou um software que nos possibilite fazer o melhor endereçamento dos estudantes”, declarou o Secretário.

Em seguida, Karen Andrade, Coordenadora da Coordenadoria de Gestão e Organização Educacional (COGED) da SME, falou sobre a grandiosidade do sistema de transporte escolar na Rede Municipal de Ensino e da importância de adequar os instrumentos técnicos para melhor atendimento dos estudantes que necessitam. “Nós damos a oportunidade de acesso para todas as crianças que possuem direito e apresentam a necessidade. O nosso objetivo é não ter fila de espera, é atender todas as crianças que precisam. O programa é voltado pra o cumprimento de um dos maiores desafios da educação, que é o acesso e a permanência na escola. Pois não basta você oferecer uma vaga pública, essa vaga precisa ser possível de ser frequentada pelas crianças ou jovens que necessitarem”, enfatizou Karen.

Fátima Abrão, Diretora no Núcleo de Transporte Escolar, e Marcelo Cabral, Coordenador do Centro de Informações Educacionais (CIEDU) da SME, apresentaram as informações gerais e os desafios da secretaria para a garantia do acesso ao TEG a todos os estudantes. Os presentes puderam participar também de uma oficina sobre edição de mapas com Vitor George, colaborador da plataforma Open Street Map – base de dados geoespaciais. Foram apresentadas as possibilidades de interação com o mapa colaborativo, sendo uma possível ferramenta para a construção do software do TEG.

Mão na massa – Em seguida, houve o momento mão na massa, no qual todos os participantes refletiram sobre soluções que permitam mapear as barreiras físicas da cidade que prejudicam o acesso seguro dos estudantes à escola e, com isso, também pensar em ideias para um aplicativo de acompanhamento do TEG pelos pais e unidades escolares.

Gloria Cortez, diretora da EMEF Professor José Ferraz de Campos, da Diretoria Regional de Educação Pirituba/Jaraguá, esteve presente na Mapatona e pode fazer suas observações sobre as dificuldades das unidades escolares, principalmente as periféricas, de atender adequadamente os estudantes. “Eu acho muito importante essa oportunidade de participar de um encontro onde você pode encontrar vários segmentos – diretores de escola, comunidade, pais de alunos e condutores. É uma oportunidade de trocarmos experiências entre pessoas que são técnicas em informática e com gente que está na linha de frente com a comunidade. Esse encontro possibilitou conhecer melhor como é a realidade de cada parte envolvida neste processo”, disse a diretora.

Desde 2002 como condutora de transporte escolar na região de Campo Limpo, Simone Penha da Mata considera que umas das principais dificuldades enfrentadas pelos condutores é a da identificação e validação, por parte das Diretorias Regionais de Educação, das barreiras físicas encontradas pelos carros de grande porte durante os trajetos traçados pelos software de trânsito. “Eu acho que essa iniciativa do Mapatona é uma excelente oportunidade para ajudar os usuários e os condutores da cidade”, comemorou Simone.

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