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Estudantes da EJA transformam muro da escola em tela com grafites

Ação aconteceu na EMEF Hipólito José da Costa com 250 estudantes da EJA

Publicado em: 24/04/2019 10h11 | Atualizado em: 30/11/2020

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Cerca de 250 estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA), na Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Hipólito José da Costa, zona norte da capital, registraram mensagens em forma de desenhos nos muro da escola.

A ação iniciada em 2017 pelo Professor de Arte Rodrigo Pignatari teve por objetivo ocupar outros espaços da escola para que os estudantes pudessem vivenciar a experiência de grafitar e pensar o desenho como ferramenta de expressão do simbólico na arte.

No início do trabalho, o Professor lançou a seguinte pergunta aos estudantes: O que você deixaria registrado em um muro para a humanidade?

A primeira etapa trouxe o entendimento sobre o contexto da comunicação do desenho por meio da Arte na história da humanidade, como resultado, os estudantes fizeram uma linha do tempo com as pinturas rupestres da serra da capivara, murais egípcios, muralismo mexicano e o grafite.

Em seguida, os estudantes entregaram as atividades e decidiram com o professor onde seria feito o recorte no desenho, no formato do stencil (máscara). Com o desenho vazado (recortado), o stencil já estava pronto para ser utilizado no muro da escola.

O espaço do muro foi pensado nas aulas de modo que todos tivessem um espaço para fazer o seu grafite. A ação final aconteceu no mural do corredor de entrada e saída dos estudantes.

A prática do grafite foi realizada em abril de 2019, no muro da escola, e gerou um momento de emoção e alegria aos estudantes, revela o Professor Rodrigo, a turma ficou sem jeito de pegar no spray para registrar os seus desenhos. “Ao ver os estudantes grafitando no muro suas marcas, histórias, vozes e visões de mundo, percebi o quanto eles se sentiram protagonistas”, observa Rodrigo.

A proposta teve o apoio da gestão escolar com a compra de materiais e os demais educadores também ajudaram na logística para que o projeto acontecesse no muro da rampa de entrada da escola.

Para a estudante Miriã Vitória, esta ação foi interessante porque nas escolas onde estudou não teve a possibilidade de vivenciar esta experiência, “foi interessante deixar marcas no muro do que era importante pra gente e para as pessoas verem, ainda mais pelo significado de cada grafite”, argumenta Miriã.

O estudante Kevem Fonseca comentou sobre este projeto, “como é o nosso último ano na escola, é bom deixar uma marca, porém, é difícil escolher o que deixar, já que ficará exposto para crianças do período da manhã e da tarde”, observa Kevem.

A Senhora Marione Campos, de 58 anos, também participou das atividades do projeto e expôs a sua opinião, “eu achei maravilhoso o desenho que a gente grafitou no muro, foi a primeira vez que eu fiz algo desse tipo na escola”, observa Marione.

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