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EMEBS propõe que estudantes recontem história em Libras
Mediação ocorre na Sala de Leitura e aborda elementos da cultura surda
Publicado em: 26/09/2023 15h05 | Atualizado em: 26/09/2023
Na Escola Municipal Bilíngue para Surdos (EMEBS) Professora Neusa Bassetto, da DRE Penha, os estudantes surdos do 5º ao 9º ano participam de mediações de leituras que os colocam como protagonistas e coautores das histórias.
Nesta ação, realizada pela Professora Orientadora da Sala de Leitura (POSL) Márcia Matos, elenca elementos da cultura surda e do cotidiano dos estudantes com as histórias que são trabalhadas.
Uma das mediações foi feita a partir do livro “Nunca acontece nada na minha rua”, de Ellen Raskin, escolhido por sua narrativa muito visual e por fazer parte do acervo da escola e dos livros do Programa Minha Biblioteca. Inicialmente, foram projetadas as imagens das páginas e os estudantes interpretaram a história em Libras. Em seguida foi proposta a escolha de um sinal para representar o personagem da história.
Foi feita uma votação entre as turmas participantes e, quando foi determinado o sinal, cada turma escolheu uma forma de recontar a história, envolvendo outras linguagens artísticas como fotografia, desenhos e dramatização em Libras.
Nas mediações são priorizadas a utilização das Libras, já que, para esses estudantes, é a primeira língua no processo de comunicação e a língua portuguesa é utilizada como segunda língua, na modalidade escrita.
Trabalhando esse livro, os estudantes levantaram diversas hipóteses. “Quando um surdo tem contato com qualquer livro literário, para ele tem a possibilidade dos personagens serem surdos. Eles traziam suas hipóteses de acordo com as figuras do personagem, dele ser surdo, ser autista, outros achavam que ele era ouvinte”, disse Márcia Matos, POSL da EMEBS.

Projetando a história no bairro
Visto que em sua maioria os estudantes da EMEBS não moram no mesmo bairro em que a escola se localiza, Márcia propôs em seguida que as famílias enviassem fotos deles em suas casas ou em seus bairros reproduzindo cenas do personagem da obra. Os resultados foram expostos no Dia da Família realizado na escola.
“Boa parte do acervo da Sala de Leitura foi escrito por ouvintes. Quando dentro da escola damos oportunidade desses alunos serem protagonistas das obras, enfatizamos que eles também podem produzir e se colocar nesse lugar. Trabalhamos eles como protagonistas, como autor e coautor das histórias e isso potencializa a capacidade de no futuro ele ser um autor”, disse Márcia.
Essa mediação durou três meses e contou com a participação de estudantes do 5º ao 9º ano. Agora eles estão finalizando um livro sobre o Agosto Indígena e será iniciada uma nova mediação sobre o Setembro Surdo, onde serão trabalhados produções literárias da comunidade surda.
“A escolha do livro é algo que pauta muito as mediações na Sala de Leitura. Muitos alunos chegam na EMEBS sem conhecer Libras, aqui eles conseguem estabelecer uma comunicação mais assertiva, tem contato com essa língua. Porque, muitas vezes, em casa só utilizam gestos caseiros”, mencionou a professora.
Apesar de trabalhar na EMEBS Profª Neusa Bassetto há bastante tempo, Márcia está como POSL desde o ano passado. Ela diz que a Sala de Leitura já existia na escola e foi se renovando para que os estudantes fossem protagonistas das ações realizadas. No final do ano passado em um Trabalho Colaborativo de Autoria (TCA), foi feita uma história em quadrinhos.
“Quando oportunizamos esse contato com a literatura, o surdo tem outra perspectiva, ficam nos holofotes. E isso com certeza faz diferença para futuramente eles participarem da comunidade surda. Além disso, meu perfil de professora é assim, eu não me contento só com a leitura, gosto de outras propostas, gosto de envolver outras linguagens artísticas como desenhos, foto. Gosto de trabalhar a literatura com analogias às outras linguagens artísticas”, finalizou Márcia.
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