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Como levar o projeto Imprensa Jovem às escolas públicas?

Na Campus Party, Imprensa Jovem da EMEF Roberto Mange acompanha palestra de Carlos Lima, coordenador do Núcleo de Educom da SME

Publicado em: 21/02/2019 16h55 | Atualizado em: 30/11/2020

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Matéria produzida pela equipe de Imprensa Jovem da EMEF Roberto Mange

Presente nas 12 edições da Campus Party Brasil, a Imprensa Jovem da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Roberto Mange, da Diretoria Regional de Educação (DRE) Butantã, acompanhou a palestra do professor Carlos Lima, coordenador do Núcleo de Educomunicação (EDUCOM) da Secretaria Municipal de Educação (SME). No maior evento de tecnologia da América Latina, ele deu uma esclarecedora aula sobre como implantar, de forma simples e barata, o projeto Imprensa Jovem em escolas públicas.

Carlos Lima está à frente do projeto de educomunicação que, em 2019, completa dezoito anos na rede municipal. A iniciativa está presente em várias escolas da rede do município de São Paulo, inclusive no Roberto Mange, atualmente estruturado como agências de notícias. Ela começou como rádio escolar e teve sua atuação ampliada com a imprensa jovem, jornal impresso, jornal mural, vídeo, história em quadrinhos (HQ), fanzine, site, blog, redes sociais e mestre de cerimônia. É muita história, inclusive com a criação de legislação: Lei Educom 13.941/04, Portaria Imprensa Jovem 7991/16 e Programa São Paulo Integral – Instrução Normativa SME 13. No projeto, o estudante tem a possibilidade de expressar-se e comunicar suas ideias. Então, aprender se torna uma tarefa bem mais agradável.

Estamos vivendo a era tecnológica. Os estudantes atuais estão sempre conectados, especialmente pelo celular, onde tudo se torna próximo: música, vídeo, pesquisa, redes sociais, notícias verdadeiras e falsas, enfim, o mundo se torna pequeno. É impossível que a escola ignore as ferramentas advindas da tecnologia na tarefa de ensinar. E quando isso acontece, os conflitos são inevitáveis: por um lado, os estudantes alegam que os profissionais da educação não entendem seu “mundo” e não consideram seus saberes e, por outro, os profissionais da educação dizem que os estudantes usam inadequadamente as ferramentas tecnológicas.

Em sua palestra/aula, Carlos Lima ensinou, de forma clara, como levar o projeto Imprensa Jovem às escolas públicas, não só da cidade de São Paulo, onde já está presente e consolidado como política pública, mas de todo o Brasil. As estratégias do projeto, apresentadas por Carlos Lima, se mostram simples e práticas, possíveis de serem implantadas em qualquer escola, em qualquer sala de aula.

O coordenador do Núcleo de Educomunicação apresentou pesquisas que mostraram o interesse dos estudantes no projeto Imprensa Jovem como forma de comunicação e de uso da internet e tecnologia dentro das escolas. Ele também mostrou que, ao contrário de câmeras extremamente caras e sofisticadas que são comuns quando pensamos em jornalismo, os alunos podem usar os tablets disponibilizados pela própria escola e os celulares de cada um.

Dessa forma, com materiais simples e mais um computador e internet, os laboratórios de informática das instituições escolares podem se tornar centros de comunicação. Segundo Carlos Lima, “o maior problema das escolas públicas não é a violência, e sim a falta de comunicação”. Sendo assim, o projeto Imprensa Jovem pode impulsionar uma agência de notícias nas escolas, fazendo circular a comunicação entre os envolvidos como forma de construir aliados em torno do tripé: estudantes, profissionais e ferramentas tecnológicas, com o objetivo de promover comunicação, convivência e aprendizagem.

Ainda para o coordenador, é mais que essencial que os alunos tenham conhecimento para saberem usar a comunicação como expressão da verdade e das ideias, evitando as “fake news”. Carlos ainda ressaltou a importância da participação do professor no desenvolvimento do projeto. “É ele quem faz de fato o projeto deslanchar, com incentivo, proposta de aula, mediação e suporte para que a iniciativa ganhe corpo. Ele também é responsável por contagiar os demais colegas e gestão com os princípios pedagógicos da educomunicação e os benefícios para a democracia na escola e para a aprendizagem dos estudantes”, contou Carlos.

E, para isso, a formação do profissional é fundamental. Segundo Carlos, é necessário que o professor conheça um pouco sobre comunicação para poder articular e mediar o trabalho com os alunos. “Há a possibilidade de fazer a formação presencial ou à distância. Na internet, há vários vídeos com dicas de como fazer um vídeo, um jornal, um podcast, entre outros. O importante é entender que o aluno precisa estar com o professor mediando todo o trabalho, o apoiando e orientando”, observou o coordenador.

Os alunos são a razão da escola existir. É preciso que eles tenham espaço de voz. Na Campus Party, aprendemos que os avanços na tecnologia começam com as ideias simples. A educomunicação é um grande espaço de voz dos alunos e pode ser simples como usar um celular, mas nada acontece sem a organização das ideias. E, para isso, precisamos da escola e dos professores. Aprender assim é bem mais interessante.

Por Erik de Jesus, Felipe Silva, Miguel Silva, Natále Andrade, Renzo de Jesus, Yan Carlos Estevam e Vilma Nardes

EMEF. Professor Roberto Mange – Butantã

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