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Carolina Maria de Jesus e a Rede Municipal de Ensino
Reverberações e conexões da escritora com as escolas municipais paulistanas
Publicado em: 18/03/2019 17h22 | Atualizado em: 04/05/2021
A escritora Carolina Maria de Jesus completaria, em 14 de março, 105 anos. Negra, pobre e com grande talento para escrever, faleceu em 1977, deixando um importante legado na literatura. Reverberações do seu trabalho e vida também podem ser encontradas na história da Rede Municipal de Ensino.
A escritora é um dos principais nomes da literatura do Brasil. Sua primeira obra, Quarto de Despejo, lançado em 1960, vendeu cerca de 10 mil cópias em uma semana e foi traduzida para mais de 20 idiomas. Carolina morou boa parte da sua vida na favela do Canindé, na zona norte de São Paulo. Em um de seus livros ela cita a construção de duas escolas municipais nas redondezas da sua casa, a Escola Municipal de Educação Infantil (EMEI) Casper Líbero e a Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Infante Dom Henrique.
Há três anos, educadores, estudantes e comunidade da EMEF Infante Dom Henrique, no bairro do Canindé, reivindicam à Câmara dos Vereadores de São Paulo a mudança de denominação da instituição para o nome da escritora. O pedido leva em consideração a importância de exaltar a mulher negra e escritora proveniente da comunidade escolar e tenta fazer uma correção histórica para a população negra – Infante Dom Henrique foi um dos navegadores portugueses que iniciou o tráfico negreiro de africanos para regiões da Europa.
Além de uma ligação histórica e geográfica da escritora com estas duas escolas da RME, o município possui em seu quadro de educadores uma das filhas de Carolina, Vera Eunice de Jesus, que possui o cargo de Professora de Educação Infantil e Ensino Fundamental em uma escola de Educação Infantil no extremo Sul paulistano.
Inspiração- O legado de Carolina também inspira ações em escolas e move estudantes e professores das mais diversas formas. No centenário de seu nascimento, em 2014, foram promovidos eventos literários nos Centros Educacionais Unificados (CEUs) e nas unidades educacionais que amplificaram ainda mais as suas obras nos diferentes bairros da cidade.
A Biblioteca do CEU Parelheiros leva o nome da escritora. Carolina Maria de Jesus também é a denominação de uma Escola Municipal de Educação Infantil, na Vila Dalva, região do Butantã, e de dois Centros de Educação Infantil parceiros, nas Diretorias Regionais de Educação (DRE) de Jaçanã/Tremembé e Capela do Socorro.
O trabalho literário de Carolina também inspira e dá nome a seis Academias Estudantis de Letras (AEL) – projeto no qual alunos e alunas do ensino fundamental estudam literatura e formam uma academia inspirada na Academia Brasileira de Letras (instituição literária brasileira fundada na cidade do Rio de Janeiro em 1897).
Dez educadores da RME, membros da Academia de Letras dos Professores da Cidade de São Paulo, já tomaram posse da cadeira número 8, que presta homenagem à escritora, após concluírem o curso Viver Literatura.
Uma das professoras do Centro Integrado de Educação de Jovens e Adultos (CIEJA) Itaquera, a Sirlene Barbosa, é coautora da HQ “Carolina” (Ed. Veneta, 2016) – obra que narra parte da história da escritora Carolina Maria de Jesus (1914-1977). A obra foi indicada ao prêmio HQ-MIX (considerado o Óscar dos quadrinhos brasileiros), ao 58° Prêmio Jabuti, na categoria História em Quadrinhos e premiada no Festival de Quadrinhos de Angoulême, o principal evento dedicado às HQs na Europa.
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