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Educação Integral para uma escola integradora

EMEF da zona norte garante aos estudantes atividades que ampliam o tempo de permanência na escola em ambiente educativos

Publicado em: 15/05/2019 17h54 | Atualizado em: 30/11/2020

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Educadores da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Ary Gomes, da Diretoria Regional de Educação (DRE) Jaçanã Tremembé, estão engajados em proporcionar Educação Integral em tempo integral para os seus 864 alunos. A unidade oferece turmas de projetos para que todos os seus estudantes permaneçam em tempo estendido em atividades que contribuem para a melhoria das relações e das aprendizagens.

Atualmente, sem exceção, todas as crianças e adolescentes, do 1º ao 9º ano, estão inseridos em algum programa de indução à educação integral em tempo integral na EMEF. Cerca de 300 participam do Programa São Paulo Integral e mais de 500 do Programa Mais Educação São Paulo.

O Programa São Paulo Integral envolve três turmas de 1º ano e duas de 2º ano, 5º ano e 9º ano. Os estudantes permanecem sete horas em ambiente escolar e, além das aulas dos diferentes componentes curriculares, participam de diversos projetos. As crianças dos 1º e 2ºs anos fazem atividades de música, artes plásticas, diversidade cultural, horta, circo, leitura e informática. Os dos 5ºs anos participam de grupos de cidadania e participação (cartografia), cultura popular, circo, artes visuais, leitura e informática. Os estudantes dos 9ºs anos participam de projetos de robótica, cidadania e participação com foco em textos científicos, saúde, esporte, leitura e produção de textos, produção de texto através do Instagram e apoio pedagógico.

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Estudantes em projeto de horta pedagógica

Os demais estudantes também permanecem por sete horas na escola e estão inseridos no Programa Mais Educação Federal. Para eles também são oferecidos diversos projetos e cada estudante pode escolher com qual se identifica mais. Alguns exemplos das aulas que acontecem na extensão da jornada são: empoderamento feminino, horta pedagógica, cartografia social, Imprensa Jovem, Circo, Mancala Awelê, robótica, cultura de paz, contação de histórias, xadrez, horta escolar, clube de jornalismo, Academia Estudantil de Letras, Grêmio, Manifestações Artísticas (violão e artes corporais).

Cristiane Albuquerque, diretora da escola, diz que o processo de planejamento dos projetos acontece com bastante antecedência. Em meados do segundo semestre, o grupo de professores e gestores iniciam a avaliação dos projetos em andamento e passam a planejar os que serão oferecidos no próximo ano. Democraticamente os educadores fazem as escolhas dos projetos que possuem interesse em desenvolver como complementação de jornada.

Para os alunos o processo também parecido, são planejadas aulas experimentais que oportunizam aos estudantes a vivência de projetos com temáticas diversas e a escolha das que mais se identifica.

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Estudantes em projeto de Mancala Awaê

Cristiane avalia que a oportunizar a todos os estudantes educação integral em tempo integral contribui de diversas formas para o desenvolvimento das habilidades e facilita o aprendizado, além de melhorar as relações pessoais na unidade e fora dela. “Nossa comunidade é carente de equipamentos públicos de lazer, cultura e esporte, a na escola que a maior parte das crianças e adolescentes possuem contato com as linguagens artísticas e com o esporte.

“Nosso trabalho é lhes oferecer oportunidades diferentes para a formação de um cidadão completo, em todas as suas potencialidades. Nosso trabalho vai ao encontro das necessidades de nossas meninas e meninos”, comenta a diretora.

Sobre a escola – a EMEF Ary Gomes está localizada no bairro Jardim Andaraí, próximo à Vila Maria. Mesmo estando a apenas oito quilômetros de distância da Praça da Sé, marco zero da capital, o seu entorno revela a alta vulnerabilidade social que atinge os seus estudantes. Grandes galpões de transportadoras, estacionamentos de ônibus rodoviários e duas vias expressas – Marginal Tietê e Dutra – estão nas cercanias da EMEF. A área não possui equipamentos públicos de lazer, cultura e esporte.

Cerca de 70% dos estudantes são moradores de terreno ocupado por um movimento de luta por moradia, a Ocupação Douglas Rodrigues. Na área vivem aproximadamente 1.500 famílias.

Formação continuada em educação integral – a escola promove diversos movimentos formativos com o tema da Educação Integral. Reuniões pedagógicas e encontros coletivos com outras unidades da DRE para troca de experiências, além de formação com estudiosos na área. Pilar Lacerda e Amaral Barbosa, que são pesquisadores referência no assunto, já estiveram presentes nas reuniões de formação.

“Acreditamos que as reuniões pedagógicas devem ser enriquecedoras, assim sempre procuramos trazer pessoas que tenham a contribuir com a formação e com um novo olhar para nossa equipe. Claro que os temas e as falas nem sempre agradam a todos, mas é uma maneira de iniciar novos diálogos, propiciar discussões e contribuir para reflexões”, ressalta a Cristiane.

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