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Imprensa Jovem da EMEF Mario Fittipaldi entrevista Daniel Munduruku

Alunos-repórteres participam de evento no Sesc Campo Limpo

Publicado em: 10/05/2016 13h10 | Atualizado em: 30/11/2020

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Matéria produzida pela equipe de Imprensa Jovem da EMEF Mario Fittipaldi

Na quarta, dia 20 de abril, os alunos da imprensa jovem da EMEF Mario Fittipaldi, da Diretoria Regional de Educação (DRE) Campo Limpo. foram para o Sesc Campo Limpo participar de uma palestra com o escritor indígena Daniel Munduruku.

No Sesc Campo Limpo entrevistamos vários indígenas que nos contaram um pouco de suas dificuldades. Tinham muitos índios jogando xadrez, dançando, tocando violão, violino e fumando cachimbo. Eles falaram que o Brasil não reconhece os indígenas. Também falaram sobre o preconceito que eles sofrem nas ruas, nos ônibus e metrô.

Em sua palestra, Daniel contou o que acontece em sua vida cotidiana entre outros índios. No finalzinho da palestra, aconteceu uma dança indígena onde todos os índios dançaram três músicas indígenas e, no final, só os homens indígenas cantaram um rap.

Os alunos da Imprensa Jovem fizeram algumas perguntas a Daniel Munduruku para poder saber sobre as suas vivências:

1. Aluna Repórter Tamires: De onde você tira ideias para fazer seus livros?
Daniel: Minhas ideias nascem em qualquer lugar, em qualquer situação, de acordo com minhas observações, um evento como esse me permite ter ideias novas.

2. Aluna Repórter Mirela: Ouve algum tipo de preconceito no início da sua carreira?
Daniel: Eu não sei se houve preconceito, eu acho que as pessoas estranham muito os indígenas. Eu não achava que as pessoas ficavam assustadas, mas as pessoas estranhavam, porque eu era do jeito que eu era, eu sou do jeito que sou, e talvez seja por isso que eu comecei a escrever, para que as pessoas vejam que somos diferentes, mas não somos ET.

3. Aluno Repórter Augusto: O que levou você a morar na cidade grande?
Daniel: Eu era muito curioso e a curiosidade foi me levando a querer saber mais, aprender mais, tinha pessoas da cidade grande que iam a minha tribo e me deixavam mais curioso, querendo saber mais. Isso me levou a querer estudar, fazer faculdade, subir os degraus do conhecimento. Talvez isso não fosse possível, eu estar aqui, se eu tivesse me acomodado àquela vida.

Foi uma experiência gratificante poder entrevistar Daniel Munduruku, escutar suas ideias e saber que mesmo no século XXI muitas pessoas continuam sofrendo preconceito. Devemos lutar para conseguir mudar e um bom jeito para isso é ter eventos como esse.

Repórteres Mirins: Laura, Larissa, João Vitor, Evellyn, Cynthia, Vanessa, Mirela, Augusto e Tamires.

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