Notícias

I Encontro de Corais da Região Noroeste de São Paulo

Evento contou com a participação de oito corais das unidades educacionais da região

Publicado em: 07/12/2017 14h35 | Atualizado em: 30/11/2020

corais_noroeste_kauffmann_740_x_430.jpg

Por professor Rildo Nedson e Imprensa Jovem Voz do Kauffmann

O I Encontro de Corais da Região Noroeste de São Paulo aconteceu no dia 24 de novembro no CEU Parque Anhanguera e contou com a participação de oito corais das unidades educacionais da região mostrando seus projetos, processos e produtos.

A atividade, de acordo com os organizadores, representa um trabalho sonhado por um grupo de educadores, estudantes e colaboradores da educação pública municipal da macrorregião Noroeste da capital paulista. O público, além dos membros dos coros que foram apresentar seus trabalhos musicais, contou com a presença de alunos daquela instituição escolar.

A mestre de cerimônias Guinever Santos abriu o festival, resumindo o repertório a ser apresentado por cada escola nos seguintes termos: a EMEF Dr. José Kauffmann, sob a regência de Davi Nolácio, apresentou a música de “Janeiro a Janeiro”, cheia de compromisso e dedicação. Um lindo trabalho, certeiro e veloz como um “Trem bala”. O projeto desenha a arte do “É preciso saber viver” com respeito à diversidade, as relações étnicas, de gênero, que se perfazem “Sutilmente” no espaço escolar.

O coro da EMEF Paulo Prado, coordenado por Sarah Cazzela, traz uma “Aquarela” cheia de matizes, fazeres pedagógicos e humanos, mostrando a capacidade dos jovens e crianças de traçarem um castelo com apenas cinco ou seis retas. Revelando a possibilidade de cruzar de uma América à outra num segundo, no mesmo “Trem”. Já a EMEF Jardim Monte Belo, com Edina Silva na batuta, vem “One all away” nesta “Ligação à distância” para dizer que “Do lado de cá” é possível traduzir a arte, a poesia, a música os cantos em muitos saberes. E “I see the light” – “Eu vejo a luz” – que se formou todos aqueles dias perseguindo e objetivos que hoje brilham à luz das estrelas.

Educar é como o pulsar de um “Ventre materno”, o primeiro registro sonoro que o Coral Canto Esquerdo vem percutir em suas vozes, cores e tambores. “A estrada” é íngreme, sinuosa e às vezes de difícil acesso, mas a EMEF Victor Civita, liderada pelo regente Thiago Mena, decidiu que não “Vamos fugir” ao debate, à luta, à arte, pois, estamos inspirados por “One Love” – “Um só amor” – então seguiremos juntos e ficaremos bem.

O conjunto musical do CIEJA Perus I, orientados por Guiniver Santos e Madalena Scavassa, mostrou a oralidade, tradição e cultura brasileira com os toques do seu “Baianá”, dos cantos de trabalho e deixar fluido o “Caminho das águas”, pois, todo sertanejo, todo nordestino precisa dar “Asa branca” ao seu canto, ao seu lamento e sua força motriz geradora de fartas raízes de nossa terra.

O coro dos anfitriões da EMEF CEU Parque Anhanguera, orientados por Gabriela Vilhagra, vêm dizer “Cheguei!” E chegaram, chegando, bagunçando a zorra toda. Pedem em “Oração” que o laço de amizade, companheirismo e ideologia produtiva, seja “Indestrutível” e que sejamos sempre o elo forte dessa resistência que agora se firma. A EMEF Estação Jaraguá e a regente Juliana Freire, com requintes de “Era uma vez” quer em “Flor” e “Beija-flor” salpicar de sorte e “Trevo (Tu)” esse festival de cantos e encantos, traduzindo hoje em “Dia especial”.

Os coros das escolas Enzo Silvestrin e Ítalo Betarello (liderados por Ana Paula) trouxeram músicas de raízes africanas para firmar o respeito à diversidade étnica. Na “Oh Freeedom”, canção de resistência: não seremos escravos, lutaremos e seremos livres! “Nkosi Sikelel’África”, som de libertação ao sul do Grande Continente, berço ancestral da humanidade. “Ukuthula”, Aleluia, paz… que todo canto exala e reverbera. Da tradição congolesa “Banaha”, misteriosa canção que atravessa o tempo e a memória. E o que fizemos? E o que ainda faremos? Se traduz em “Senzenina”.

A apresentadora termina dizendo que este marco é um “levante de docentes e estudantes diferentes, que são às vezes o incômodo, a pedra no sapato…. Que este seja o primeiro de muitos encontros de música e arte na nossa região para agregar mais e mais sonhadores. Saudamos a todos com Ubuntu! (Eu sou porque todos nós somos). Sawabona (Nós os respeitamos , nós os valorizamos, vocês são importantes para nós!). ”Shikoba!” (Nós existimos para vocês)”.

Para a gestora da escola anfitriã, Adriana Rodrigues, “receber esse encontro de corais é uma felicidade, pois é um movimento que partiu dos próprios professores e que trouxe encanto ao ambiente escolar ao mostrar tantas crianças envolvidas com música”.

O idealizador do festival, professor Thiago Mena, docente na EMEF Victor Civita, nos falou que trabalha com aula de música com outros professores de lá e estes sonhavam com um encontro musical com outras unidades para ampliar o leque de ideias e experiências. Iniciou contato com o grupo de Coordenadores Pedagógicos da região para verificar o interesse e três escolas se manifestaram favoráveis. Depois, o grupo cresceu e para oito unidades, que acreditaram e se engajaram em equipes pelas redes sociais para o acontecimento do festival.

Para Thiago, a arte pode transformar e educar. “Ela ajuda a desenvolver um olhar mais humano para o mundo. É um elemento curricular que articula outros conhecimentos e ao mesmo tempo sensibiliza”, finaliza.

A orientadora do Coral do CEU Parque Anhanguera nos contou sobre a sua experiência com as crianças. “O trabalho com música faz muita diferença para a realidade dos professores, das crianças e no trabalho que se faz no dia a dia. Esse encontro com outros corais é fantástico porque você consegue ver o trabalho de outros colegas e as crianças veem outras coisas que outros grupos musicais estão fazendo em outras realidades”, observa Gabriela.

Quanto ao repertório popular atual apresentado com músicas de Ludmilla e Pablo Vittar, a regente Gabriela Vilhagra disse que tentou trabalhar outras coisas com eles, mas houve resistência. “As crianças têm suas vontades e preferências. O projeto é para elas! Então, o nosso repertório veio de coisas que elas gostam, que são atrativas e que traduzem o que são as nossas oficinas de canto: muita brincadeira e muita diversão. São músicas que refletem toda essa caminhada que a gente teve nesse ano e um pouco dessa ousadia que eles já têm naturalmente”, conclui.

Veja mais imagens clicando aqui.

Notícias Mais Recentes

Relacionadas

Três crianças sentadas em bancos lendo livro, ao fundo, um grupo de adultos conversa em pé

Organização internacional The Elders visita CEU Casa Blanca

Publicado em: 28/05/2024 4h25 - em Secretaria Municipal de Educação

Censo 1 Certo

EMEF Professor Nelson Pimentel Queiroz faz projeto de Censo Étnico-Racial

Publicado em: 27/05/2024 5h26 - em Diretoria Regional de Educação Santo Amaro

Fotografia de seis pessoas adultas atrás de uma mesa. Elas olham para câmera sorrindo e seguram documentos em suas mãos.
Fotografia com fundo azul e vermelho onde se lê

Estudantes e professores da Rede Municipal de Ensino participam exclusivamente do Jr. NBA Day

Publicado em: 24/05/2024 3h40 - em Secretaria Municipal de Educação

Cartaz do III Seminário Multidisciplinar (1)
1 26 27 28 29 30 1.479